Como começar o ano com o pé direito na colheita da soja

Você sabia que, segundo a Embrapa, as perdas médias de grãos na etapa de colheita chegam a cerca de 2 sacas por hectare, resultando em perda de aproximadamente 4,3 bilhões de reais?

Para minimizar os riscos e começar o ano com o pé direito na colheita da sua lavoura de soja, é necessário seguir algumas recomendações no campo.

Um ponto importante a ser observado é o teor de umidade dos grãos. Esse passo é essencial para garantir boas condições de armazenagem da soja, já que grãos com umidade elevada podem favorecer o desenvolvimento de doenças e comprometer todo o lote.

O ideal é que o teor de umidade esteja entre 13% e 15%, como recomenda Rodrigo Singh, Especialista em Proteção de Cultivos da Bayer. Ele alerta que, se a armazenagem é feita nos silos, é fundamental que eles estejam preparados para receber os grãos. "As colheitas em algumas regiões do Brasil ocorrem em situações adversas de clima, como por exemplo no Mato Grosso, onde é comum colher com muita chuva. Por isso, o agricultor precisa se atentar para a umidade desse grão ao chegar no silo e, às vezes, precisa fazer pelo menos uma secagem para a melhor armazenagem", afirma o especialista.

Verificadas as condições de umidade dos grãos, é hora de checar se as plantas estão com as características adequadas para operação mecanizada. É importante que as folhas tenham caído ou estejam completamente secas. Folhas verdes apresentam resistência maior e podem acarretar problemas de superlotação da plataforma colhedora, reduzindo a eficiência operacional e intensificando as perdas de grãos.

"Durante a colheita da soja, as principais formas de perdas estão relacionadas ao manejo e à colheita propriamente dita, na hora de entrar com o maquinário. Lembrando que, quando se trata de perdas ocasionadas pelo maquinário, isso está relacionado principalmente às regulagens e ao momento em que o agricultor entra na colheita", explica Singh.

Segundo ele, outro ponto de atenção é em relação ao manejo, quando o agricultor por exemplo, permite que a soja feche seu ciclo no meio de plantas daninhas. Isso dificulta a colheita, além de gerar perdas e contaminação.

Outra situação que merece atenção é quando o teor de umidade nos grãos já se encontra na faixa adequada para colheita, mas as plantas ainda apresentam folhas verdes. Neste caso, uma possível estratégia é a dessecação da soja por meio da aplicação de herbicida. Este processo, além de otimizar a colheita, garantindo a uniformidade da lavoura, também contribui para a eliminação de plantas daninhas, proporcionando ganhos até mesmo para o cultivo subsequente.

O gráfico abaixo com a fenologia da soja mostra as possibilidades de aplicação dos produtos ao longo do desenvolvimento da cultura, ilustrando potenciais momentos do uso do portfólio Bayer para a soja.

Para realizar a aplicação do dessecante, é fundamental que pelo menos 70% da sua lavoura esteja no estádio R7, quando a cultura entra no ponto de maturidade fisiológica. Desse modo, você evita que os grãos fiquem expostos às condições de clima, pragas e doenças, garantindo uma melhor qualidade no pós-colheita.

"Para começar o ano com o pé-direito, o agricultor deve analisar o mapa de plantio, olhar para suas variedades e como elas estão chegando no momento de colheita. Assim, pode organizar a marcha de colheita da melhor maneira, sempre atento aos materiais que ficam prontos primeiro. Quanto mais tempo esse material fica no campo depois de atingida a maturidade fisiológica, mais exposto está a intempéries climáticas e isso pode ocasionar grandes perdas", frisa o especialista da Bayer.

Tecnologias auxiliam na eficiência da colheita

O produtor rural Valmir Schneider, de Querência, MT, usa a plataforma Climate FieldView™ para ter uma colheita eficiente, com baixas perdas. Para ele, a ferramenta é a solução para a indicação de época ideal para dessecação e de áreas produtivas, onde os maquinários, quando calibrados de forma correta, indicam a umidade do grão que será colhido e a produtividade de cada talhão.

"O FieldView vem mostrar o resultado do que está acontecendo na área. A expectativa é comparar a colheita, principalmente com a agricultura de precisão, como está o solo e como se está produzindo naquela área para ter uma decisão futura mais assertiva na próxima safra", diz o produtor que, aliás, está otimista para os próximos ciclos. Segundo Valmir, com as correções feitas a partir das análises com o Climate FieldView™, ele consegue ter uma produtividade acima de 75 sacas de soja.

Já a plataforma Intacta2 Xtend®, da Bayer, oferece soluções integradas ao produtor e proporciona maior proteção contra as principais lagartas que atacam a soja: a falsa-medideira, a lagarta-da-soja, a broca-das-axilas, a lagarta-das-maçãs, a Helicoverpa armigera e a Spodoptera cosmioides.

Além de propiciar maior controle de plantas daninhas por apresentar a tecnologia de tolerância ao dicamba, o herbicida tem alta eficiência no manejo das principais daninhas de folhas largas e ao glifosato. Quem utiliza cultivares com as tecnologias Intacta pode ainda fazer a pré-certificação, como explica Rafael Vicentini, Líder de Negócios de Soja da Bayer. "Sabendo dos desafios operacionais dentro da propriedade, trazemos um processo de pré-certificação para que o agricultor possa misturar essas tecnologias. Além disso, ele pode entregar no ponto de recebimento sem qualquer burocracia extra", esclarece Vicentini.

A plataforma Intacta 2 Xtend® também conta com uma campanha de cashback voltada ao agricultor. "Estamos no final do primeiro plantio de área comercial desses agricultores. Os trabalhos prévios que fizemos junto a esses produtores nas safras passadas mostram uma produtividade incremental por hectare de 3,25 sacos", conta o líder de negócios da Bayer.

Para concluir, é importante lembrar também que as principais causas de perda pós-colheita estão relacionadas com o ataque de pragas aos grãos armazenados. Para evitar perdas nesta etapa, o monitoramento começa em campo, com o acompanhamento da colheita e a limpeza de possíveis impurezas do lote de grãos. Olhar para estes aspectos ao final do ciclo da cultura é essencial para o alcance dos resultados esperados. E não se esqueça que a correta armazenagem do grão possibilita uma maior comercialização futura.