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ConfiraAs primeiras ocorrências de ferrugem-asiática (também conhecida como ferrugem-da-soja) no Brasil ocorreram na safra 2001/2002. A partir daí essa doença se tornou um dos problemas mais desafiadores aos produtores de soja devido ao seu potencial de dano.
A ferrugem é uma doença causada por um fungo (Phakopsora pachirhizi) que pode ser encontrado em todas as regiões produtoras de soja do Brasil. Devido a facilidade de dispersão dos esporos do fungo, essa doença não respeita fronteira agrícola, ou seja, regiões que tem a epidemia ocorrendo mais cedo podem influenciar regiões que cultivam soja mais tarde.
Países vizinhos do Brasil como Bolívia e Paraguai que cultivam soja em épocas anteriores ao Brasil, possuem grande efeito na disseminação de esporos via correntes aéreas, visto que quando a soja está sendo colhida lá, estamos na metade do ciclo aqui.
Atenção!
Variável entre regiões, safras e cultivares. O dano máximo reportado para ocorrência de ferrugem pode superar os 80%. Na média de perdas das últimas 10 safras, os danos ficam entre 20 a 50 kg a cada 1% de severidade da ferrugem.
Períodos chuvosos, de elevada umidade do ar e prolongado molhamento foliar (acima de 6 h) são altamente favoráveis. Temperaturas entre 18 e 28 °C, especialmente a noite, quando ocorre a infecção, são altamente favoráveis. Temperaturas amenas à noite abaixo de 16°C pode desfavorecer a infecção.
A presença de ferrugem na região é um bom indicativo para o alerta de risco. Ficar atento a esses relatos de ocorrência e a dados de coleta de esporos disponíveis por entidades de pesquisa.
Existem significativas variações quanto à suscetibilidade das cultivares à ferrugem. Quanto mais suscetível a cultivar, maior o risco com a doença e mais rápida a evolução. Existem no mercado cultivares com resistência à ferrugem, chamadas de cultivares Inox. Tais cultivares apresentem respostas que reduzem a eficiência das infecções e reduzem à taxa de progresso da ferrugem no campo. Atualmente a tecnologia Inox está estritamente presente em cultivares da Tropical Melhoramento Genético (TMG).
Geralmente os sintomas iniciam a partir da floração (início dos estádios reprodutivo). Porém o monitoramento deve iniciar antes disso, ainda no vegetativo, pois é uma variável importante para tomadas de decisões.
Após os primeiros sintomas, o fechamento da entrelinha favorece para formação de microclima no baixeiro, o que favorece para evolução da doença no campo. Pelo menos uma aplicação de fungicida deverá ter sido feita antes do fechamento da entrelinha.
Esta fase é bastante crítica, sendo que a produtividade é altamente dependente de uma boa sanidade de plantas nesse estádio. Desfolha precoce induzida pela doença é altamente danosa.
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