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Nova geração de algodão BT da Bayer amplia controle de lagartas Helicoverpa e Spodoptera e eleva produtividade

Eduardo Correa, que é líder de marketing de algodão da Bayer, explica em destalhes essa nova tecnologia que esteve presente no 13º Congresso Brasileiro de Algodão15 de janeiro de 2023

Ganhos de produtividade e redução de custos. É isso que o uso da biotecnologia por meio dos genes Bt (Bacillus thuringiensis) – bactéria que produz proteínas tóxicas às principais lagartas da cultura – tem gerado aos agricultores por meio de sementes de algodão, milho e soja transgênicas resistentes a lagartas.

A tecnologia Bollgard apresenta estes genes, e protege o algodão contra as principais lagartas da cultura, como a Curuquerê-do-algodoeiro (Alabama argillacea), Lagarta Rosada (Pectinophora gossypiella), Lagarta da Maçã (Chloridea virescens) e Falsa-Medideira (Chrysodeixis includens).

Além disso, ela tem proteção contra Helicoverpa spp. e Spodoptera spp, além de flexibilizar o manejo de plantas daninhas, por conta da resistência à aplicação do herbicida glifosato. Para saber mais sobre essa tecnologia, conversamos com o Eduardo Correa, que é líder de marketing de algodão da Bayer.

– O que a Bayer tem apresentado de novidades no algodão e por que investimento em tecnologia é tão importante?

EC: A Bayer é uma empresa que é líder em pesquisa e desenvolvimento (P&D) globalmente. A gente investe quase 2 bilhões de euros por ano. Pensando no algodão, lançamos a plataforma Bollgard III, que é a terceira geração da biotecnologia Bollgard, e que trouxe para o algodão um espectro de controle para a lagarta. Ela agrega uma nova proteína de controle da lagarta pensando especificamente nos grupos Spodoptera e Helicoverpa, abrangendo seis tipos.

– Vocês também lançaram recentemente uma tecnologia reguladora de crescimento para o algodão. Explica um pouco mais sobre ela?

EC: A gente lançou no 13º Congresso Brasileiro de Algodão o Aplic®. Ele é um produto muito demandado pelo cotonicultor que conta com dois espectros de ação. Então ele vem para agregar como mais uma ferramenta para ele conduzir o manejo adequado da sua cultura.

– Em relação às sementes também há novidades?

EC: Claro. Também levamos ao Congresso deste ano o Delta Pioneer 1949, um cultivar novo com a biotecnologia B3RF. Ele tem se mostrado extremamente estável e produtivo quando a gente compara com outros do mercado. Estamos bem animados.

– Quando falamos em termos da plataforma Bollgard III, como está a adesão?

EC: Hoje nós somos líderes de mercado a título de biotecnologia e a gente vem promovendo a transição da plataforma Bollgard II para a III. Como ela foi lançada no ano passado, a gente tem o lançamento dos materiais acontecendo e estamos acompanhando o aumento de penetração dessa nova plataforma. A expectativa é que a gente consiga transitar bem da plataforma antiga para essa nova, muito pensando nos diferenciais que eu já comentei.

– Apesar de todas essas ferramentas, é válido também destacar a importância do refúgio?

EC: Com certeza, o refúgio é uma ferramenta que a gente sempre traz como uma boa prática a ser implementada pelo agricultor. Nós temos tanto o nosso portfólio próprio, quanto de licenciados, com uma variedade de refúgios e o produtor usando essa ferramenta ele garante que as proteínas presentes na biotecnologia continuarão a fazer seu trabalho ao longo do tempo até a gente ter novas proteínas disponíveis no mercado. O refúgio não é só plantar o algodão não BT. Existem duas premissas básicas, como a de 20% da área plantada com materiais não BT e uma distância máxima dos materiais BT de 800 metros. Seguindo essas duas premissas, é uma ferramenta que nos consegue dar continuidade nesse espectro de proteção da biotecnologia.

– Uma das grandes dúvidas quando surgiu a tecnologia BT era se seria possível encontrar variedades tão produtivas quanto elas para se fazer o refúgio. Esse problema foi solucionado?

EC: Quando a gente olha hoje para plataforma Bollgard 3RF, a gente vê um incremento de produtividade, em média, de seis arrobas acima do que tem no mercado. Além do aumento de produtividade, a gente também vem trabalhando numa perspectiva de manter e melhorar ainda mais a qualidade da fibra do algodão.

– Para onde a pesquisa em algodão na Bayer está indo agora? Vem mais novidades por aí?

EC: Com certeza. A Bayer é pioneira em inovação e muito em breve a gente vai ter uma nova plataforma biotecnológica chegando, ampliando esse espectro de proteção. Ela já está no forno e em breve a gente vai ter novidades.

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