Blog do Agro

Os desafios com os custos de produção no campo

O custo de produção deve ser o principal desafio desta safra, e o programa de hoje traz dicas para lidar com a situação. Veja ainda como estão as operações nas lavouras, como a queda no comércio global pode favorecer as exportações e outras notícias do agro.18 de julho de 2022 /// 3 minutos de leitura

Um estudo recente divulgado pelo Rabobank mostrou que o custo de produção deve ser o principal desafio deste ciclo no campo. Nas estimativas do banco, o custo operacional no Mato Grosso, por exemplo, deve crescer mais de 20,0% na safra verão, e cerca de 15% para cultivos na safrinha. De acordo com o relatório, a elevação nos preços dos insumos, principalmente de fertilizantes e defensivos, é o que tem motivado a alta nos custos.

No caso dos fertilizantes, mesmo com o crescimento de 22% nas importações entre janeiro e outubro deste ano, o Rabobank indica que houve um aumento de 150% nos preços da Ureia, e de 206% para o Cloreto de Potássio no mesmo período. Apesar da alta nos custos, o banco projeta um cenário de preços atrativos para as principais commodities agrícolas, graças à retomada econômica e ao fato de os estoques globais ainda estarem limitados.

O diretor comercial da MPRADO Consultoria, João Paulo Prado, de Uberlândia, MG, explica que o aumento nos custos ocorre devido ao reajuste de todos os insumos, juntamente com o câmbio. Segundo ele, na safra anterior, vários produtores já haviam fechado o preço das commodities e feito suas compras, mas neste ano, com o reajuste, as commodities baixaram de preço, o que estreitou as margens do agro.

"Esse é um ponto que tem preocupado o produtor por causa do fator câmbio que também está incipiente para fazer uma previsão, então isso gera muitas dúvidas sobre quando fechar a safra, comprar e vender", explica o diretor comercial.

De acordo com Prado, três pontos são de grande importância para o produtor que deseja melhorar sua gestão. O primeiro é ter um controle acurado dos custos de combustível, fator que tem um peso grande dentro do negócio. O segundo é ter um fluxo de caixa, controlar as entradas e saídas. E o terceiro ponto é fazer um planejamento da safra.

Além deste panorama do cenário atual, para falar sobre as perspectivas para o agro em 2022 preparamos um programa com o professor Alexandre Mendonça de Barros. O programa vai ao ar à partir do dia 30 de novembro, às 19 horas, no canal Agro Bayer no Youtube.

Oportunidades para você, produtor

Nesta sexta-feira, 26 de novembro, é o último dia para aproveitar as vantagens da Agro Week Impulso Bayer. Lembrando que com o resgate de um ou mais serviços, que contabilizem a partir de 50 mil pontos, você garante outros 15 mil pontos na campanha Points Back. Aproveite essa oportunidade e impulsione os seus resultados no campo.

E por falar em pontos, o programa também lembra sobre os desafios semanais que estão acontecendo no Espaço Bayer. Ao cumprir os desafios, você recebe pontos para trocar em serviços no Impulso Bayer. Os vouchers podem ser usados na hora e o desafio desta semana vai até domingo, dia 28 de novembro.

Comércio global de mercadorias em queda e andamento das lavouras

Na última semana, a Organização Mundial do Comércio (OMC) indicou que o comércio global de mercadorias está desacelerando neste final de ano. De acordo com o órgão, o barômetro, que é o mecanismo que calcula a trajetória do comércio em tempo real, indica valores em 99,5 pontos, ou seja, um pouco abaixo da tendência esperada. Vale lembrar que, em agosto, o indicador estava em mais de 110 pontos.

O professor Marcos Fava Neves fala sobre os possíveis impactos dessa desaceleração para o agronegócio. De acordo com ele, essa desaceleração pode ser boa para o agro. Isso porque deve haver uma redução da demanda por contêineres, que vinha em elevado crescimento, além da redução de frete de navio, o que favorece as exportações.

"Tem preocupação na economia europeia com eventual volta da covid, a inflação mostrando sua cara, mas pode ser que essa desaceleração para quem precisa de frete, que é o agro brasileiro, seja algo importante tanto na importação de insumos, como na venda dos nossos produtos", acrescenta o DoutorAgro .

O programa também vai até Clevelândia, no Paraná, para conferir o andamento das lavouras. Por lá, Ari José Ceregato Júnior, gerente da fazenda Dom Fernando, mostra que a colheita do trigo está a todo vapor. Ele conta que já está com 80% da área de trigo colhida e esse trigo é destinado à produção de sementes. Na sequência, será feito o plantio da soja, também destinada à essa finalidade. Ceregato destaca ainda que a região favorece o plantio nessa época, o que influencia na boa qualidade das sementes.

Destaques da semana no agro

O giro de notícias destaca os empregos na citricultura, que tiveram alta de 8,6% no primeiro trimestre da safra 2021/2022. No período, foram gerados mais de 11 mil novos postos de trabalho, totalizando 185 mil vagas no setor. (Fonte: Ministério da Economia, Caged e CitrusBR).

Outro destaque é que o USDA divulgou nova projeção da produção global de açúcar neste ciclo, em 181 milhões de toneladas, 2,4% menor que a estimativa de maio. No Brasil, a produção deve ficar em 36 milhões de toneladas, redução de 14,4% em comparação com a safra passada (Fonte: USDA).

Além disso, a nova estimativa para a safra brasileira de cana-de-açúcar aponta uma queda de 13,2% na produção da cultura. Segundo a Conab, devem ser colhidas mais de 568 milhões de toneladas neste ciclo (Fonte: Conab). Veja ainda as cotações da soja, do milho, do café arábica e do açúcar cristal.

Para a próxima semana, o DoutorAgro recomenda ficar de olho no câmbio, nas previsões do clima e no comportamento dos produtores no uso de fertilizantes e defensivos para observar se haverá racionalização dos produtos.

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