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Safra de soja começa com alerta para ferrugem asiática

24 de janeiro de 2024

Imagem da Ferrugem Asiática

A ferrugem asiática, que é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é a doença que mais afeta a produção de soja no Brasil. Plantas infeccionadas pelo fungo sofrem desfolha precoce e redução na capacidade fotossintética. Como consequência destes sintomas, a produtividade da lavoura de soja é comprometida, e os grãos produzidos geralmente apresentam baixa qualidade.

Por ser um importante limitante de produtividade da cultura da soja, a ferrugem asiática também afeta diretamente os agricultores. Além de impactar na rentabilidade pela redução na produtividade das lavouras, os sojicultores enfrentam alto custo de produção por conta dos gastos com o manejo necessário para mitigar os impactos da doença.

Para reduzir as perdas causadas pela ferrugem asiática, produtores, governo, e instituições públicas e privadas que atuam no agronegócio, buscam todos os anos por alternativas para manejar a doença de forma eficiente e sustentável. No entanto, apesar dos esforços, a pressão da ferrugem asiática varia de acordo com as condições climáticas predominantes em cada safra.

Na safra de soja 2023/24, por exemplo, já foi registrado aumento na pressão de ferrugem asiática em relação à safra 2022/23. De acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), obtidos por meio do Consórcio Antiferrugem, enquanto no dia 9 de janeiro de 2023 haviam sido identificados 46 casos da doença no país, na mesma data em 2024, existem mais de 140 focos de ferrugem asiática registados.

Ainda segundo a Embrapa, esta crescente de ocorrências já era esperada por conta do excesso de chuvas previsto para a época de cultivo da soja, principalmente na região sul do país. A alta umidade intercalada por altas temperaturas favorecem o desenvolvimento do fungo causador da ferrugem asiática.


A ferrugem asiática da soja na safra 2023/24

A principal referência para captura e compartilhamento de dados sobre a ferrugem asiática no Brasil é o Consórcio Antiferrugem. Criado pela Embrapa em 2004, o consórcio integra redes de ensaios para testes de fungicidas, ensaios cooperativos, cerca de 100 laboratórios, e mais de 60 pesquisadores de instituições públicas e privadas.

O objetivo do Consórcio Antiferrugem, segundo a Embrapa, é atuar como parte da estratégia de transferência de tecnologia para a ferrugem asiática da soja. Para atingir esta meta, o consórcio monitora e gera informações atualizadas sobre a doença em tempo real, reúne dados de pesquisa, e compartilha gratuitamente orientações técnicas de manejo por meio de seu site.

Entre os dados mais recentes apresentados pelo consórcio, estão os impactos do efeito El Ninõ no sul do Brasil. Confirmando a previsão da Embrapa, o fenômeno climático causou maior volume de chuvas, com períodos mais longos de veranicos, e a consequência foi uma disparada nas ocorrências de ferrugem asiática na região.

Até o momento, os Estados com maior número de casos de ferrugem asiática registrados são Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Veja como as ocorrências estão distribuídas nos país no dia 9 de janeiro de 2024:

Gráfico
Fonte: Dados extraídos da fonte do banco do Consórcio Antiferrugem.

A plataforma do Consórcio Antiferrugem também apresenta as localidades em que as ocorrências foram registradas. Além disso, o recurso indica regiões com presença de soja voluntária (tiguera), esporos, e nível de pressão da doença baseando-se na quantidade de ocorrências de cada região produtora.

Gráfico
Mapa de ocorrências de ferrugem asiática do Consórcio Antiferrugem, gerado em 9 de janeiro de 2024.

O estádio fenológico das lavouras de soja em que as doenças são identificadas também é monitorado pelo consórcio. De acordo com os dados mais recentes, o maior número de registros de ferrugem asiática ocorreu quando a cultura se encontrava no estádio R5, conforme revela o gráfico a seguir.

Gráfico
Fonte: Dado reportado pelo Consórcio Antiferrugem em 9 de janeiro de 2024.

Manejo da ferrugem asiática da soja

Segundo informações compiladas pelo Consórcio Antiferrugem, agricultores gastam cerca de US$ 2 bilhões com o manejo da ferrugem asiática todos os anos. Para otimizar este valor, é muito importante adotar fungicidas eficientes, e realizar todas as boas práticas agronômicas recomendadas pelas referências técnicas brasileiras.

As principais práticas e ferramentas recomendadas para o manejo da ferrugem asiática da soja, são:

  • Monitoramento e identificação assertiva da doença.
  • Rotação de cultivos.
  • Adoção de cultivares resistentes ou tolerantes à doença.
  • Uso de fungicidas de alta eficácia.
  • Rotação de fungicidas.
  • Manejo Integrado de Doenças.
  • Respeitar o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC).
  • Adoção do Vazio Sanitário.

Entre todas as práticas, o vazio sanitário é uma das ações mais relevantes para o benefício de todos os produtores de soja. Regulado por lei, o vazio sanitário é o período em que não se pode cultivar soja em todo o território nacional, com o objetivo de restringir a fonte de inóculo da ferrugem asiática, e evitar o aumento da pressão da doença a cada safra.


Fungicidas Bayer se destacam no manejo da ferrugem asiática da soja

O manejo da ferrugem asiática com fungicidas envolve a adoção dos melhores produtos, e a execução de uma estratégia que considera as características da doença. Neste cenário, é fundamental se atentar ao momento da safra em que a ferrugem encontra condições favoráveis para se desenvolver, e o estádio fenológico que coincide com este período.

O objetivo principal desta estratégia é proteger todas as folhas das plantas. Por isso, a primeira aplicação de fungicida deve começar entre os estádios V2 e V3, e seguir até o final da safra, respeitando as doses e intervalos recomendados.

Considerando a necessidade dos agricultores, e a importância desta estratégia para o sucesso no controle da ferrugem asiática, a Bayer lançou o PROJETO 10X. O objetivo da iniciativa foi desenvolver e testar recomendações de manejo com seus fungicidas e de concorrentes nas últimas duas safras de soja.

Como resultado dos experimentos, foi constatado que o uso estratégico dos fungicidas NATIVO®, FOX® XPRO e FOX® SUPRA e SPHERE MAX pode proteger a lavoura de soja das injúrias causadas pela ferrugem asiática e outras doenças foliares de grande importância para a cultura. Além disso, os ensaios comprovaram que a recomendação Bayer de uso destes fungicidas também se mostrou mais eficiente do que a dos demais produtos do mercado.

Conheça a recomendação para o manejo da ferrugem asiática com fungicidas Bayer, desenvolvida a partir do PROJETO 10X:

  • Aplicação no pré-fechamento das entrelinhas
    O produto recomendado para esta aplicação é o FOX® XPRO, fungicida que possui três modos de ação e três ingredientes ativos.
  • Aplicação Pré Fechamento + 15 dias
    O fungicida FOX® SUPRA é o mais indicado para esta aplicação. A tecnologia apresenta ação fungicida sistêmica, e foi desenvolvida exclusivamente para a cultura da soja.
  • Aplicação Pré Fechamento + 30 dias
    SPHERE® MAX® é o produto Bayer recomendado para esta aplicação. Este fungicida apresenta período residual eficiente e amplo espectro de controle de doenças.
  • Aplicação Pré Fechamento + 45 dias
    De acordo com o PROJETO 10X, a última pulverização de fungicidas para proteger a cultura da soja pode ser realizada com uma segunda pulverização de SPHERE® MAX®.

Para saber mais sobre como o clima no início desta safra pode influenciar diferentes culturas, assista ao Boletim do Clima no canal da Agro Bayer no YouTube: