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Vassourinha-de-botão

Saiba mais sobre a vassourinha-de-botão, planta daninha que impacta a sojicultura e a pecuária.13 de outubro de 2022 /// 3 minutos de leitura

A vassourinha-de-botão (Spermacoce verticillata), da família Rubiacea, é uma Planta Daninha amplamente distribuída pelo Brasil, mas que ocorre em maior intensidade nas regiões central e norte do país.

De acordo com a Embrapa Milho E Sorgo (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a vassourinha-de-botão é uma planta que se reproduz por sementes de fácil dispersão e produzidas em grandes quantidades. A planta daninha é perene, florescendo de fevereiro a agosto.

Como identificar vassourinha-de-botão na lavoura?

Para identificar a vassourinha-de-botão na lavoura, é preciso se atentar para as seguintes características:

  • planta de hábito semi-prostrado ou ereto;
  • pode atingir de 30 a 80 cm de altura;
  • muitas ramificações;
  • folhas simples, sem pecíolos, distribuídas nos vários nós;
  • folhas de cor verde intensa;
  • flores brancas;
  • raiz pivotante.

A vassourinha-de-botão é uma planta rústica, que cresce em solos ácidos e alcalinos, tanto em locais iluminados, quanto de iluminação difusa. (Embrapa Milho e Sorgo)

Impactos negativos da vassourinha-de-botão

A relevância da vassourinha-de-botão vem aumentando em lavouras de Soja por conta de sua alta reprodução e dispersão, sua tolerância ao herbicida glifosato e sua capacidade de sobrevivência em condições adversas, como o estresse hídrico.

Segundo a Fundação MT (Fundação Mato Grosso), o principal impacto da vassourinha-de-botão em lavouras infestadas é a redução na produtividade de grãos. Dados compilados pela Fundação apontam que, dependendo da densidade de plantas por m², as perdas de produtividade podem chegar a 28% na Soja e 75% no sorgo em sucessão à soja.

Além disso, a planta também se destaca na produção de pastagem devido ao seu potencial de competição com culturas forrageiras, como Brachiaria spp.

A vassourinha-de-botão é uma espécie daninha que consegue formar grandes infestações em pastagens cultivadas em solos com baixa fertilidade. (Embrapa)

Em Circular Técnica, a Embrapa explica que plantas daninhas como a vassourinha-de-botão atrasam o desenvolvimento, reduzem o crescimento e afetam a qualidade nutricional das plantas forrageiras em função da competição por água, nutrientes e luz solar. O resultado desta interferência é a redução da capacidade de suporte das pastagens e o aumento dos custos de produção da atividade pecuária.

Manejo da vassourinha-de-botão

Assim como toda planta daninha de difícil controle, a vassourinha-de-botão exige uma integração de métodos de manejo para ser controlada.

Primeiramente, é preciso pensar no uso de Culturas De Cobertura Durante A Entressafra Para Evitar O Pousio. Isso ajuda a reduzir o banco de sementes e, consequentemente, a pressão da erva na cultura subsequente.

O manejo antecipado da vassourinha-de-botão também é recomendado. A operação pode ser realizada com a pulverização de herbicidas após a Colheita Da Soja, ou no início do período chuvoso, e em dessecação pré-semeadura em dois momentos.

Tanto no controle de banco de sementes quanto de plantas adultas, a estratégia de manejo com herbicidas para vassourinha-de-botão deve incluir a rotação de princípios ativos. O objetivo é obter bons resultados de eficiência de controle reduzindo o risco de desenvolvimento de resistência da planta a outras moléculas herbicidas.

Conheça algumas recomendações de manejo para vassourinha-de-botão difundidas por instituições de pesquisa:

  • Fundação MT: herbicidas inibidores da enzima PPO (protoporfirinogen oxidase), como saflufenacil, carfentrazone-ethyl e flumioxazin.
  • Embrapa Agrossilvipastoril: Combinação De Aplicação Em Pré E Pós-Emergência, com pendimethalin + fomesafen, pendimethalin + betanzon+imazamox ou pendimethalin + bentazon.
  • UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos): Herbicidas flumioxazin, cloransulam, saflufenacil, glifosato + 2,4-D, glifosato + saflufenacil e glyphosate + flumioxazin.

Para conhecer produtos registrados para manejo da vassourinha-de-botão na cultura da soja ou na produção de pastagem, procure um representante Bayer na sua região ou acesse um engenheiro agrônomo de confiança.

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