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Brasil dá largada à colheita do milho safrinha!

Confira o andamento das operações e as condições das lavouras pelo país. Veja também as projeções globais do cereal e mais destaques do agro16 de junho de 2023 /// 8 minutos de leitura

A colheita da safrinha de milho no Brasil, do ciclo 2022/23, começou pontualmente no final de maio e progride em ritmo lento, apesar das boas expectativas de produtividade.

Até o dia 10 de junho, apenas 1,7% da área plantada havia sido colhida no país, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No mesmo período do ano passado, as operações já haviam alcançado quase 5%. Apesar do atraso, a oferta de milho para o próximo mês deve ser alta, já que quase 50% das lavouras estão em fase de maturação.

O estado mais adiantado na colheita de milho é o Mato Grosso, com progresso de 3,7%. Contudo, os produtores estão apreensivos com a desvalorização do grão. Em março, o preço da saca de 60 quilos, na média mensal, ficou em torno de R$ 85,00. Em junho, está abaixo dos R$ 54,00, redução de quase um terço em apenas 3 meses.


Como estão as projeções globais para o milho?

No cenário global, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou a previsão dos estoques de milho para a temporada 2023/24 para quase 314 milhões de toneladas. São 16,4 milhões de toneladas a mais em comparação com o previsto para 2022/23.

Ainda na avaliação do órgão americano, a produção global de milho deve saltar de 1,15 para 1,22 bilhão de toneladas na nova safra, ou seja, 6% maior.

O professor Marcos Fava Neves avalia esses números e explica como a elevação dos estoques afetam o mercado de milho. "Tem muito milho vindo aí. Segundo a Conab, serão 125,7 milhões de toneladas, sendo 96,3 milhões na segunda safra e 2,3 milhões na terceira safra. Isso é 11% a mais do que fizemos no ano passado, adicionando 12,5 milhões de toneladas. Os Estados Unidos também estão com uma produção muito grande. Com isso, o preço caiu mais de 40 reais a saca para o produtor, que ainda está com custo elevado. Por isso, para quem não vendeu antecipadamente, é um momento muito complicado."


Giro de notícias

De acordo com a Conab, a produção brasileira de grãos foi estimada em 315,8 milhões de toneladas para 2022/23. O volume é 43,2 milhões de toneladas maior em relação ao ciclo passado e, se confirmado, será um novo recorde.

As lavouras de grãos nos Estados Unidos foram impactadas pelo estresse hídrico. Mesmo com as condições positivas acima da média, a previsão é de tempo mais seco que o normal nos próximos dias.


Vem aí o Prêmio Mulheres do Agro!

Você, produtora rural, já se inscreveu no Prêmio Mulheres do Agro? A iniciativa é idealizada pela Bayer e reconhece o trabalho feminino no campo. O tema deste ano é ESG e destaca a gestão sustentável realizada nas propriedades. Podem participar gestoras de fazendas de todos os tamanhos, regiões e culturas do Brasil! O prazo para inscrições vai até 15 de agosto.


No que ficar de olho

Por fim, o Doutor Agro pontua os temas que devem ficar no radar dos produtores rurais na próxima semana:

  • Chuvas nos Estados Unidos;
  • Impactos da estimativa de grãos no mercado;
  • Impactos do El Niño;
  • Reforma tributária;
  • Reunião da Agência Ambiental Americana para definir a mistura de biocombustível no combustível.
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