Blog do Agro

Quebra de safra no Brasil: como gerenciar as perdas

Confira a situação crítica de algumas regiões do país, além de recomendações para lidar com os impactos do clima no campo16 de fevereiro de 2024 /// 10 minutos de leitura

As adversidades climáticas nas lavouras podem resultar em dificuldades financeiras para os produtores ao término da safra 2023/2024.

Em Mato Grosso, o maior estado produtor de soja, as temperaturas elevadas e a escassez de chuvas levaram mais de 30 municípios a decretar estado de emergência. Além disso, em várias regiões do estado, os produtores estão relatando que a produtividade ficará abaixo dos custos de produção.

O cenário não é diferente em São Paulo: o Sindicato Rural de Paranapanema estima uma quebra de safra de 30%, com produtividade média de 30 a 40 sacas de soja por hectare. Até as propriedades com irrigação estão sendo penalizadas e há casos de agricultores que já perderam talhões inteiros. Mas apesar da quebra de safra, as perdas ainda precisam ser dimensionadas, uma vez que outros estados foram beneficiados com maiores volumes de chuvas. Um exemplo é o Rio Grande do Sul, que deve aumentar a produção de soja. A Argentina deve também colher cerca de 20 milhões de toneladas a mais neste ciclo.


Medidas para lidar com as perdas no campo

Diante desse cenário, a Aprosoja Mato Grosso recomenda aos produtores algumas medidas para registrar as perdas por conta das condições climáticas, como:

  • Obtenção de laudos agronômicos periódicos;
  • Comparação de produtividade entre safras;
  • Obtenção de atas notariais;
  • Elaboração de relatórios fotográficos georreferenciados e outros documentos que possam esclarecer ou ilustrar a situação enfrentada na propriedade.

O professor Marcos Fava Neves comenta a situação da quebra de safra no Brasil e fala sobre suas perspectivas para o mercado de grãos.

"Na última semana, a Conab e o USDA derrubaram as estimativas para a soja. No entanto, mesmo com essa queda no Brasil, a Argentina deve ter uma produção de 52 milhões de toneladas. O fato é que tem bastante soja no mercado e a perspectiva, na minha leitura, é a manutenção dos preços até o momento do plantio nos Estados Unidos. "No caso do milho, as estimativas também indicam uma queda no Brasil. "A situação do milho é mais difícil de observar. Acredito que ainda teremos alguma reação dos preços, mas os mercados estão em efervescência em virtude do clima, da colheita e uma série de operações em andamento no Brasil", acrescenta o Doutor Agro.


Giro de notícias

Foram identificados 258 focos de ferrugem asiática no Brasil, até o início de fevereiro. No Rio Grande do Sul, as lavouras têm apresentado incidência precoce da doença pelo excesso de chuvas.

O aumento na mistura de biodiesel ao diesel deve impulsionar em 28% a demanda por soja para processamento de óleo em 2024. A ampliação da mistura deve ser de 14% a partir de março.

Os atrasos de navios no Porto de Santos chegaram a 85% em janeiro. Esse é o maior índice já registrado, o que afetou os embarques de café. Além do prazo de carregamento menor, os pátios estão lotados.


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