Rotação de culturas: guia completo desta prática

22 de julho de 2022

O dia a dia de quem trabalha com o agronegócio envolve uma série de práticas que mesclam abordagens tradicionais e inovadoras. Mesmo diante de um cenário marcado pela tecnologia, há ações seculares que devem ser realizadas na lavoura.

Uma delas é a rotação de culturas. Ao contrário do que possa parecer, esta medida não se limita a, como o nome sugere, alternar cultivares. Mais do que isso, ela demanda conhecimento técnico e planejamento.

A seguir, você ficará por dentro de tudo o que o produtor deve saber para realizar uma rotação de culturas mais assertiva. Preparamos um guia completo com as principais orientações. Confira.

O que é rotação de culturas

Como já dissemos, a rotação de culturas é uma atividade que consiste em alternar o cultivo de produtos agrícolas em determinada área de plantio. A prática, basicamente, é o oposto da monocultura, que foca no cultivo de um único vegetal.

O problema da monocultura, no entanto, é que, ao longo do tempo, sua prática promove a degradação do solo. Isso acaba implicando na redução da produtividade e na vulnerabilidade ao surgimento de pragas, ervas daninhas e doenças.

Diante deste cenário, alternar o cultivo evita, entre outras coisas, que o solo perca os nutrientes de que necessita para promover o crescimento das plantas. Além disso, ela evita a degradação química, biológica e física da terra.

Por que ela é importante para a lavoura

Existem diversos motivos pelos quais você deve aderir ao sistema de rotação de culturas. Um deles, como dissemos, é a manutenção da saúde do solo, já que ele auxilia na preservação dos nutrientes e na redução do ataque de pragas e doenças.

Além disso, a prática contribui para a produção da palhada ou fitomassa, que forma uma cobertura do solo, criando uma camada de proteção contra agentes externos. Ela também auxilia na retenção de água e melhoria da fertilidade da terra .

E ainda podemos mencionar os seguintes benefícios: aumento dos índices de carbono e redução da emissão de gases nocivos ao ambiente e, consequentemente, diminuição do efeito estufa.

A rotação de culturas também contribui para a diversificação de produção, o que interfere na rentabilidade do agronegócio. O produtor rural também se beneficia da redução do uso de fertilizantes e do aumento da eficiência econômica.

Por fim, a prática contribui para o sistema de plantio direto, promove maior controle da erosão e otimiza o uso de maquinário, auxilia na reciclagem de nutrientes. Tudo isso reflete no aumento da eficiência econômica da lavoura.

Como implementar o sistema de rotação de culturas

Conhecer o histórico da região é o primeiro passo que você deve dar para colocar em prática o sistema de rotação de culturas. É importante avaliar clima, índice de erosão do solo, incidência de pragas e comportamento de cultivos anteriores.

Além disso, é fundamental contar com um bom planejamento. Com ele, você será capaz de conduzir a sequência de culturas mais adequada para a realidade do seu agronegócio.

Também é importante investir em medidas de manejo e controle de pragas, calagem e adubação do solo. Não se esqueça de adotar práticas de controle de plantas daninhas e doenças de acordo com cada cultivar que usar na rotação.

Com isso em mente, selecione plantas que se adaptam às condições climáticas e ambientais da região. Aposte em espécies de acordo com os objetivos da atividade, como cobrir a terra, promover adubação verde, entre outros.

Elas auxiliam na fixação de hidrogênio no solo . Neste caso, o ideal é investir nas que contêm raízes profundas e volumosas. Para manter o foco na produtividade, faça uso de plantas comerciais.

Use vegetais com sistemas radiculares diferentes e alterne o cultivo entre gramíneas e leguminosas, por exemplo. Os resíduos de cada espécie no solo auxiliarão na qualidade da cultura que será cultivada em seguida.

Também vale associar vegetais que geram quantidades relevantes de biomassa.

Exemplos de cultivares que podem ser alternados

Vamos imaginar uma área onde a cultura principal é a soja. Um bom sistema de rotação de culturas neste caso é o seguinte:

Cultura antecessora: Milho, trigo, cevada, aveia branca, aveia preta, nabo forrageiro.

Cultura principal: Soja

Cultura sucessora: Milho, trigo, cevada, aveia preta, aveia branca, girassol, canola e tremoços.

Se usarmos o milho como cultura principal, a rotação pode ser feita da seguinte maneira:

Cultura antecessora: Soja, guandu, mucunas, crotalárias, lablab, ervilhacas, nabo forrageiro, chícharo e girassol, aveia preta, aveia branca, trigo, tremoço.

Cultura principal: Milho

Cultura sucessora: Soja, aveia branca para grão e semente, aveia preta, girassol, trigo, canola, tremoços para semente e milho safrinha.

O que não pode faltar em um planejamento de rotação de culturas

Além de escolher as melhores culturas que atendam às necessidades do seu agronegócio, você deve usar seu conhecimento e, claro, a tecnologia a seu favor.

Na prática, isso implica investir em sementes de qualidade e devidamente tratadas, apostar em técnicas de controle de erosão e usar defensivos para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas.

Também é fundamental realizar o monitoramento da área em frequência pré-estabelecida. Todas essas medidas vão contribuir para o alcance máximo da eficiência das suas ações.

O resultado é a melhoria da capacidade produtiva da terra e minimização dos efeitos da degradação do solo.

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