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Plantação de café: como controlar o bicho-mineiro?

Essa praga pode causar perdas de até 70% na produção, comprometendo a rentabilidade de uma plantação de café. Descubra as melhores estratégias para controlá-la e evitar esse prejuízo.
17 de dezembro de 2024 /// 8 minutos de leitura

O bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) é um dos principais desafios enfrentados pelos cafeicultores, devido aos prejuízos que pode causar na produtividade de uma plantação de café.

Quando a larva do inseto se alimenta das folhas do cafeeiro, provoca necrose, reduzindo a capacidade da planta de realizar fotossíntese.

Em casos de infestação severa, pode ocorrer um alto índice de desfolha, comprometendo não apenas a produção da safra atual, mas também o potencial produtivo das safras futuras.

O ataque acontece porque as larvas penetram no tecido foliar e criam galerias ou “minas” no mesófilo, que é a camada interna das folhas, característica que deu origem ao nome “bicho-mineiro”.

Além disso, é importante que o produtor fique atento à queda de folhas no terço médio e superior da planta, bem como à presença de lesões marrons com teias. Ao identificar esses sintomas, é provável que a praga já esteja comprometendo a plantação de café.


Condições que favorecem o ataque do bicho-mineiro na plantação de café

É importante estar atento aos fatores que podem favorecer a incidência do bicho-mineiro em uma plantação de café, tais como:

  • Regiões quentes e secas ou períodos prolongados de estiagem ao longo do ano;
  • Lavouras novas com maior espaçamento entre plantas, o que aumenta a insolação da lavoura e a maior circulação de vento;
  • Uso intenso de insecticidas cúpricos;
  • Adubações excessivas com nitrogênio;
  • Cultivos localizados no topo de morros;
  • Ausência de matas ou vegetação nativa próximas à lavoura, dentre outros fatores.

Importância do monitoramento das plantações de café

O monitoramento do bicho-mineiro é importante para preservar a produtividade e a sanidade de uma plantação de café. Esse acompanhamento deve ser feito por meio de inspeções regulares das folhas, buscando identificar a presença de ovos, mariposas e lesões nas folhas.

O uso de armadilhas de feromônio é uma estratégia eficaz para capturar machos e fornecer um indicativo da população adulta.

“O nível da infestação vai depender da região, a variedade e a época do ano. Em determinadas épocas, a presença de mariposas é um fator decisivo para iniciar o controle da praga”, alerta Luiz Donizette, engenheiro agrônomo e consultor especializado em plantação de café no Brasil.


Estratégias de manejo contra o bicho-mineiro

Para o manejo integrado do bicho-mineiro, o produtor de plantação de café pode adotar uma série de estratégias. Confira as principais:

  • Controle genético: embora limitado, o melhoramento genético tem avançado no desenvolvimento de cultivares mais resistentes ou tolerantes ao bicho-mineiro, o que pode se tornar uma ferramenta importante a longo prazo;
  • Controle cultural: pode ser realizado por meio de plantas mais adensadas, dificultando o desenvolvimento e a multiplicação da praga;
  • O plantio de cercas vivas ou quebra-ventos também contribui para conter as correntes de ar que transportam insetos adultos para outras áreas da plantação de café no Brasil;
  • Controle comportamental: inclui o uso de armadilhas de feromônio sexual, eficientes tanto para o monitoramento populacional quanto para auxiliar na tomada de decisão sobre o momento ideal de iniciar o controle;
  • Controle biológico: baseia-se na introdução de inimigos naturais, como parasitóides e fungos entomopatogênicos, capazes de manter a praga em níveis baixos;
  • Controle químico: deve ser iniciado quando forem identificadas cerca de 20% de folhas com minas ativas. Em cafezais novos, a aplicação deve começar a partir da ocorrência das primeiras minas. É importante rotacionar os princípios ativos para evitar a seleção de insetos resistentes.

“Em algumas épocas do ano, o controle deve começar de forma precoce, principalmente entre março e abril, quando as chuvas cessam e a pressão de pragas e doenças aumenta", comenta o engenheiro agrônomo Luiz Donizette.


Sivanto Prime: a solução contra o bicho-mineiro

Sivanto® Prime é a solução para o controle do bicho-mineiro, praga que ameaça a produtividade do cafezal. Com alta flexibilidade de aplicação, o produto pode ser usado tanto via foliar quanto via solo.

Sivanto® Prime é um inseticida de contato e ingestão, além de ser sistêmico e apresentar ação translaminar, o que promove rápida distribuição do ingrediente ativo, atingindo até os alvos mais protegidos”, destaca Márcio Raminelli, representante de vendas da Bayer.

O produto é seletivo, portanto, não afetando inimigos naturais das pragas nem os polinizadores. Isso se deve à sua molécula de formulação diferenciada, com ação emulsificante e rápida penetração da planta.

“Sem dúvida, ele deve compor o manejo do bicho-mineiro por sua alta eficiência e seletividade aos inimigos naturais. Trata-se de uma molécula nova, pertencente a um grupo químico inédito, ou seja, a praga ainda não tem resistência ao ativo. Além disso, Sivanto® Prime é pouco agressivo ao meio ambiente e extremamente seguro para o aplicador”, reforça Raminelli.

Para comprovar sua eficácia, a Bayer realizou um monitoramento, via software, em 48 áreas de plantação de café que somam aproximadamente 48 mil hectares, em regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Mogiana e Alto Paulista. O estudo apontou que Sivanto® Prime proporcionou quase 100% de redução das lagartas vivas nas lavouras.

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