Bicho-mineiro: como combater uma das maiores ameaças ao cafezal?
Descubra como o manejo integrado ajuda a proteger o cafezal contra o bicho-mineiro do café, permitindo uma lavoura mais produtiva e saudável.Se as plantas do seu cafezal apresentam queda intensa de folhas no terço médio e superior, além de lesões marrons com presença de teias, é hora de acender o alerta. Esses são os principais sinais do ataque do bicho-mineiro do cafeeiro (Leucoptera coffeella), uma das pragas mais destrutivas do setor.
Segundo dados da Embrapa, as perdas de produtividade causadas pelo bicho-mineiro no café podem chegar a 87%. "O bicho-mineiro causa uma desfolha muito grande, atingindo de 50% a 60% da propriedade. Então, se a expectativa era de 60 a 70 sacas, o produtor colhe em torno de 20 a 25. É um prejuízo muito grande", alerta Daniel Fontes, produtor rural e consultor do Alto do Paranaíba (MG).
As lagartas do bicho-mineiro do café se alimentam dos tecidos internos das folhas, enfraquecendo a planta e comprometendo a próxima safra. Alessandra Vacari, professora da Universidade de Franca, explica que o nível de controle é de apenas 3% de larvas vivas. Portanto, infestações superiores a essa já causam danos econômicos para o produtor de café.
Para proteger o cafezal, é indispensável adotar um manejo moderno e bem planejado. O manejo integrado é a chave para manter a produtividade das lavouras, e o monitoramento constante é o primeiro passo para um controle mais assertivo. O produtor deve vistoriar a plantação em busca de ovos, mariposas e lesões nas folhas. "O monitoramento deve ser realizado quando se observa a chegada desses insetos na lavoura", frisa Alessandra.
Como realizar o manejo integrado do bicho-mineiro?
O manejo integrado é essencial para proteger o cafezal e permitir alta produtividade mesmo em áreas com forte presença do bicho-mineiro do café. Entre as principais estratégias, o controle químico se destaca, especialmente em regiões de temperatura elevada e períodos de seca prolongados, onde a praga encontra condições ideais para se multiplicar.
O uso de inseticida para bicho-mineiro do café deve começar logo no primeiro ciclo da praga, reduzindo a infestação e evitando novos surtos durante as fases de colheita e pré-florada. Para maior eficiência, é importante ter atenção ao volume da calda no tanque, ao tipo de bicos de pulverização e à cobertura uniforme das folhas.
Nessa prática, o Sivanto® Prime se destaca pela alta flexibilidade de aplicação, podendo ser usado via foliar ou via solo. “É um produto bastante seletivo. Nós incentivamos o uso de soluções que preservem os inimigos naturais, e o Sivanto® tem mostrado em campo que mantém esse equilíbrio, atuando de forma específica contra o bicho-mineiro”, explica Daniel.
Por meio de um monitoramento realizado via software em 48 lavouras de café, totalizando 48 mil hectares em grandes regiões produtoras do país, o Sivanto® resultou na redução de quase 100% das lagartas vivas nos cafezais.
Além do controle químico, outras estratégias fortalecem o manejo integrado.
Controle biológico: aproveita inimigos naturais, como parasitóides e vespas predadoras, que ocorrem naturalmente e ajudam a reduzir a população do bicho-mineiro no café;
Controle cultural: consiste no adensamento das plantas, o que aumenta a umidade e diminui a luz e o vento no interior da lavoura, dificultando o desenvolvimento da praga;
Controle comportamental: utiliza armadilhas com feromônio sexual para monitorar a população do bicho-mineiro do cafeeiro e apoiar decisões de manejo. A recomendação é instalar uma armadilha por hectare, inspecionando-as a cada três dias.
A combinação dessas práticas — químicas, biológicas, culturais e comportamentais — garante maior produtividade, sustentabilidade, redução de custos e mais competitividade para o produtor. Um cafezal bem monitorado e protegido é a chave para colher com qualidade e enfrentar a ameaça do bicho-mineiro com segurança.