Agricultura Digital impulsiona a produtividade do milho

Com a colheita recorde de aproximadamente 128 milhões de toneladas na safra 2024/25, o Brasil consolida sua posição como um dos principais players globais na produção de milho. Em meio a esse cenário, o planejamento da safra 2025/26 exige ainda mais atenção e estratégia, com destaque para as vantagens que a agricultura digital proporciona em todas as etapas da lavoura. O tema foi destaque no episódio comemorativo de três anos do Impulso Cast, apresentado pela jornalista Kelly Godoy, e que contou com a participação de Igor Lima, Diretor de Marketing da Estratégia de Negócios de Milho da Bayer no Brasil, e Marlon Denez, Líder do Programa Bayer Valora Milho.

Desafios e oportunidades para a safra de milho 2025/26

Apesar do sucesso da safra de milho do ciclo anterior, os especialistas alertam que a próxima safra trará exigências adicionais ao produtor. "A safra 2025/26 demanda cautela. Tivemos uma colheita excepcional, mas é preciso estar atento à gestão de riscos, à trava de custos e ao mercado internacional", destaca Igor Lima. Segundo ele, o Brasil vive uma nova revolução agrícola impulsionada pela agricultura digital. “Depois do plantio direto, do melhoramento genético e da biotecnologia, a digitalização é o próximo fator para mais um salto de produtividade. Hoje, já vemos lavouras colhendo acima de 300 sacas de milho por hectare", afirma.

Cenário global e tendências para o milho brasileiro

Com estoques globais estimados em cerca de 270 milhões de toneladas, a demanda mundial por milho permanece elevada. Isso porque o grão é essencial para a alimentação humana, ração animal e até produção de energia (etanol). Igor destaca que o Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo e tem ampliado o seu consumo interno. De forma geral, o cenário global é positivo, e o país tende a se consolidar como fornecedor estratégico. O professor Marcos Fava Neves, especialista em agronegócio, também comentou sobre o futuro da cultura: "As perspectivas são excelentes: o milho será cada vez mais usado para carnes bovinas e suínas, alimentação humana, exportações e produção de etanol. Além disso, o Brasil ainda tem muito espaço para crescer em produtividade", analisa.

Bayer Valora Milho: tecnologia a serviço do produtor

A tecnologia no campo vai muito além de mapas e sensores. Para Marlon Denez, o papel da agricultura digital é fornecer inteligência e suporte na tomada de decisão do produtor. “Existe uma diferença entre banco de dados e bando de dados. A agricultura digital transforma informação em ciência para apoiar o agricultor.” Nesse sentido, o Bayer Valora Milho , considerado um dos maiores programas de agricultura digital do mundo, é um exemplo dessa transformação. “A recomendação é feita com base no ambiente de produção de cada talhão. Alinhamos o conhecimento de nossos híbridos de milho com dados captados e gerados pelo FieldView , para uma recomendação personalizada”, explica Marlon.

O papel da agricultura digital no planejamento de safra

Na opinião de Marlon, a antecipação é um dos diferenciais entre um planejamento eficiente e um excepcional. "Tomar decisões no calor do momento pode custar caro. Planejamento antecipado, revisão de máquinas, escolha correta de híbridos e o manejo adequado fazem toda a diferença para sair do resultado bom para o excelente", ressalta. O profissional da Bayer também enfatiza o papel do manejo inteligente, por meio de recomendações específicas de fungicidas para cada híbrido de milho, visando proteger o potencial produtivo ao máximo. Isso tudo é possível com auxílio de ferramentas digitais, conectando produtos e serviços. Para Igor, outra grande vantagem da agricultura digital é a possibilidade de correção em tempo real. "Com o monitoramento online da lavoura, conseguimos reduzir erros rapidamente, o que melhora a produtividade e a rentabilidade, utilizando os recursos de maneira inteligente e otimizada", completa.

Agricultura digital acessível para todos os tamanhos de propriedade

A Bayer oferece o Valora Milho gratuitamente para todos os produtores que adquirem sementes da empresa. A ferramenta proporciona recomendações de densidade de sementes, adubação, monitoramento via satélite e suporte técnico em campo. “O pequeno agricultor também pode e deve se beneficiar da digitalização. A tecnologia não é exclusiva para grandes propriedades. Existem níveis acessíveis que ajudam produtores de todos os portes a tomar decisões melhores”, conclui Marlon, sobre a importância de democratização dessas ferramentas para o avanço da agricultura brasileira.