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Mancha-alvo no algodão: como identificar e controlar a doença?

Descubra como proteger sua lavoura contra doenças foliares e adote estratégias de manejo integradas para evitar prejuízos e manter a produtividade em alta.
15 de maio de 2025 /// 3 minutos de leitura

Sintomas e causas da mancha-alvo


As manchas foliares têm se tornado um desafio crescente para a cultura do algodão, pois comprometem tanto a produtividade quanto a qualidade da fibra. Entre as principais ameaças estão a mancha-alvo no algodão (Corynespora cassiicola), a mancha de ramulária (Ramularia areola) e a mancha-de-mirotécio (Myrothecium roridum). A seguir, conheça os sintomas e os causas de cada uma:

Mancha-alvo no algodão

Os primeiros sintomas aparecem como pequenos pontos marrons ou arroxeados nas folhas, que evoluem para lesões irregulares com anéis concêntricos escuros e bordas cloróticas. Em estágios avançados, as lesões se fundem, provocando necrose e desfolha prematura. Essa condição reduz a área fotossintética e prejudica o aproveitamento de nutrientes pela planta.

Mancha de ramulária

Também conhecida como falso oídio ou mancha branca, manifesta-se inicialmente como manchas branco-azuladas na face inferior das folhas mais velhas. Com a evolução, surgem lesões angulares, acompanhadas de esporulação branca do patógeno. Em casos graves, ocorre necrose total, queda das folhas, redução do tamanho dos capulhos e perdas significativas na produção.

Mancha-de-mirotécio

Caracteriza-se por lesões circulares com centro escuro e margens avermelhadas ou vinho, frequentemente com pontos pretos. Essa doença afeta folhas, hastes e maçãs, podendo provocar desfolha intensa, apodrecimento de maçãs e queda da qualidade da fibra. A ocorrência de alta severidade está geralmente associada a períodos de estresse durante o ciclo da cultura do algodão.


Estratégias de controle da mancha-alvo no algodão


O plantio sucessivo de soja e algodão favorece a incidência da mancha-alvo no algodão, tornando o patógeno cada vez mais difícil de controlar. “A mancha-alvo é hoje uma das doenças foliares mais importantes para a cultura do algodoeiro. A mancha de ramulária também está presente, por isso é essencial adotar medidas adequadas para o controle dessas doenças”, alerta Luiz Gonzaga Chitarra, chefe-adjunto de Pesquisa da Embrapa Algodão.

Para manter as doenças foliares abaixo do nível de dano econômico, recomenda-se implementar estratégias de manejo integrado, combinando práticas culturais, químicas e biológicas, como:

  • Rotação de culturas com espécies não-hospedeiras, favorecendo a reprodução de microrganismos antagônicos aos patógenos e reduzindo o inóculo do fungo no solo;
  • Uso de variedades resistentes, que dificultam a contaminação e apresentam resposta imunológica mais rápida;
  • Planejamento de uma lavoura mais arejada, com reguladores de crescimento, menor densidade de plantas por hectare e maior espaçamento entre linhas;
  • Controle eficiente de plantas daninhas, que podem servir como fonte de inóculo e devem ser controladas antes, durante e após a safra;
  • Utilização de sementes certificadas e tratadas com fungicidas, garantindo a sanidade inicial da lavoura;
  • Monitoramento contínuo da área, principalmente em períodos de alta umidade e chuvas, para impedir o desenvolvimento do fungo na área e proteger as plantas de algodão durante os períodos críticos;
  • Controle biológico com biofungicidas, com a ressalva de que seu uso isolado pode ser limitante, ou seja, uma maior abrangência de controle requer o uso combinado do biológico com o químico;
  • Manejo químico estratégico, alternando diferentes princípios ativos e iniciando as aplicações assim que surgirem os primeiros sintomas na lavoura. É preciso ter muita atenção nesse momento porque qualquer atraso na primeira aplicação compromete a eficiência do controle da mancha-alvo no algodão.

“Eu acho muito importante a tecnologia de aplicação porque o produto tem que chegar no alvo de maneira eficaz e com uma dosagem correta”, reforça Chitarra.

 As manchas foliares têm se tornado um desafio crescente para a cultura do algodão, com impactos significativos na produtividade.

Soluções Bayer para o manejo sustentável da mancha-alvo no algodão


Quando o assunto é tecnologia, Fox Xpro se destaca como um dos maiores aliados no controle das doenças foliares do algodão. Com três modos de ação distintos e três ingredientes ativos em sua formulação, Fox Xpro atua de forma estratégica em diferentes fases do desenvolvimento dos fungos, garantindo um controle abrangente e elevando a sanidade das plantas.

O produto conta com a carboxamida exclusiva da Bayer, a bixafen, que proporciona proteção prolongada e cria uma barreira eficaz contra novas infecções. Além disso, a tecnologia Leafshield, presente na formulação de Fox Xpro, proporciona maior estabilidade dos ativos, tornando-os mais resistentes a intempéries, como a lavagem pela chuva.

“Essa tecnologia potencializa o desempenho do fungicida, garantindo níveis superiores de controle e maior segurança para o produtor de algodão”, destaca Daniel Hernandez, Gerente de Marketing de Algodão na Bayer.

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