Doenças no trigo: controle para não ter prejuízos!
Saiba quais são as principais doenças que atacam o trigo no Brasil e as melhores estratégias para proteger sua lavoura18 de junho de 2024 /// 13 minutos de leituraUma das principais causas de doenças no trigo são os microrganismos patogênicos, principalmente os fungos. Se esse patógeno encontrar um hospedeiro compatível em condições ambientais favoráveis para o seu desenvolvimento, o prejuízo na lavoura é uma certeza.
"Os fungos desenvolvem um processo infeccioso parasitário, nutrindo-se dos recursos da planta e afetando de maneira geral os grãos de trigo. Isso pode acontecer diretamente no grão ou em outras estruturas da planta, como as folhas, o que terá reflexo na produtividade", comenta João Leodato Nunes Maciel, pesquisador da Embrapa.
As doenças fúngicas podem, portanto, afetar tanto as folhas como as espigas e os grãos do trigo.
As principais delas são:
Ferrugem-da-folha
Das três diferentes ferrugens que podem ocorrer no cereal, a ferrugem-da-folha é a mais comum e que resulta em maiores perdas.
Em epidemias severas, se as cultivares forem suscetíveis à doença, o prejuízo pode ser superior a 60% da produção. Os sintomas são visíveis, principalmente nas folhas com formação de pústulas, ou seja, lesões de coloração marrom-alaranjada, o que dá o aspecto enferrujado para a planta.
Manchas foliares
Dentre as manchas foliares, a mancha amarela é a principal para o trigo no Brasil. Apesar de perdas em torno de 15% serem mais comuns, em épocas mais chuvosas, a quebra pode chegar até a 50%
Seus sintomas consistem em pontos marrom escuros envoltos de halos amarelos que tomam formas elípticas ao longo das folhas. Dessa forma, a doença reduz a área verde foliar e consequentemente o rendimento dos grãos.
Espigas e grãos
A giberela ou fusariose é a doença de maior importância quando os danos são nas espigas e grãos de trigo. Os sintomas iniciais podem ser vistos nas aristas que ficam desviadas do sentido das espiguetas saudáveis. Com o passar do tempo, as aristas e espiguetas ficam com coloração esbranquiçada ou palha, com isso, os grãos ficam chochos, enrugados e com cores branco-rosadas a pardo-claras.
Soluções para combater doenças no trigo
Para o especialista da Embrapa, para evitar as doenças fúngicas no trigo, é preciso olhar para a lavoura como um todo, considerando todos os aspectos do começo ao fim da safra. "Por exemplo, um produtor não pode fazer o tratamento de sementes com fungicidas, mas esquecer de fazer a rotação de culturas, ou fazer o controle químico, mas esquecer a adubação. Para isso, também é preciso levar em consideração o tamanho do nosso país, a incidência e a intensidade das doenças em cada região."
Algumas estratégias sugeridas para controlar as doenças do trigo são:
Rotação de culturas, visando eliminar ou reduzir o inóculo inicial.
Uso de sementes sadias para evitar a introdução de patógenos na área.
Tratamento de sementes para proteger o potencial inicial da lavoura.
Escolha da época de semeaduras e cultivares com ciclo definido, a fim de evitar período com condições favoráveis à doença.
Uso de cultivares resistentes que reduzem o impacto da infecção na planta.
Monitoramento da lavoura para manejo com fungicidas.
Nesse aspecto, a Bayer conta com Nativo® e Fox® Xpro para auxiliar na sua lavoura.
Nativo® tem dois modos de ação, efeito de vigor e impulsiona a velocidade de arranque e crescimento da planta, enquanto Fox® Xpro possui três modos de ação e três ingredientes ativos, entre eles bixafen e a carboxamida exclusiva da Bayer.
Ambos fungicidas são mesostêmicos e sistêmicos para controlar as principais doenças fúngicas que acometem o trigo.