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Exportação de grãos continua em alt

Confira as novas estimativas para o cenário de vendas externas e as previsões para o segundo semestre. Veja também: importações de milho pela China devem começar apenas em 2023 e outras notícias do agro20 de março de 2023 /// 3 minutos de leitura

Na última semana, foram divulgadas novas estimativas para as exportações brasileiras de grãos no mês de julho. Para a soja, a previsão é de que o Brasil embarque 7,8 milhões de toneladas, 2% a menos na comparação com o volume de julho de 2021. No caso do farelo de soja, serão exportadas aproximadamente 2,2 milhões de toneladas, 26% a mais do que no mesmo mês de 2021. Já o milho deve embarcar quase 6 milhões de toneladas, 95% superior a julho passado. Finalmente, para o trigo, as estimativas indicam exportação de 109 mil toneladas - em julho do último ano, o Brasil praticamente não exportou o grão. Os dados são da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

Entre janeiro e junho de 2022, as exportações de soja somaram mais de 55 milhões de toneladas, 9% a menos do que foi exportado no ano passado. No caso do farelo de soja, os embarques totalizaram 10,4 milhões de toneladas, diante de 8,3 de toneladas no mesmo período do último ano, ou seja, 25% a mais. Já o milho, registra 6,4 milhões de toneladas esse ano, 120% a mais do que o acumulado entre janeiro e junho de 2021.

O Diretor Geral da Anec, Sérgio Mendes, comenta também quais são as perspectivas para os próximos seis meses e o desempenho das exportações de grãos em 2022. "No caso da soja, em vez de uma exportação de, aproximadamente, 90 milhões de toneladas, vamos ter 74 milhões. Para o milho, a exportação girava em torno de 30 milhões e devemos chegar a 40 milhões de toneladas neste ano. O farelo é um produto extremamente regular, vamos exportar em torno de 18 milhões de toneladas", avalia.

Importação de milho pela China

Recentemente, China e Brasil fecharam um acordo para possibilitar as vendas de milho para o país asiático, notícia que foi destaque em diversos canais de mídia do setor.

No entanto, nesta semana, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou que os embarques do cereal para a China só poderão começar a partir de 2023. Isso porque o Brasil deve concluir os termos do acordo de quarentena, seguindo alguns protocolos sanitários. Segundo o Mapa, os produtores que quiserem exportar milho para a China deverão fazer um relatório com as condições das lavouras e todos os defensivos e produtos utilizados na cultura.

Na análise do professor Marcos Fava Neves, essa abertura é muito importante para o agro brasileiro. Por outro lado, não significa necessariamente um amplo crescimento nas exportações de milho. "Hoje, a China está originando esse milho de outros lugares, então, haverá troca de fornecedores. Porém, não deixa de ser um canal importante para o Brasil se consolidar e, quem sabe, almejar a liderança nas importações chinesas de milho ao longo do tempo."

Mais destaques do agro

As exportações de café alcançaram recorde na safra 2021/22, entre julho de 2021 e junho deste ano. No total, o setor registrou receita de 8,1 bilhões de dólares, crescimento de 39%, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

Já a comercialização de soja na safra 2021/22 atingiu 76,7% do volume total. A previsão é de que quase 97 milhões de toneladas tenham sido vendidas até o momento, divulgou a consultoria Datagro.

No algodão, a área plantada deve cair em 2022/23 no Brasil, sendo 35 mil hectares menor no próximo ciclo. Ao todo, o cultivo da pluma deve atingir 1,6 milhão de hectares, conforme dados da Safras & Mercado.

Por fim, para a próxima semana, o Doutor Agro recomenda que os produtores fiquem de olho nas movimentações políticas internacionais, no clima no Brasil e na expectativa de plantio para a segunda safra, além das movimentações nacionais.

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