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Cenário positivo para a soja! Os destaques nas estimativas da safra 2022/23

Saiba quais são os números previstos para as exportações, estoques e o balanço de oferta e demanda do grão. E mais: importações de milho pela China devem começar ainda este ano, entre outras notícias do agro20 de março de 2023 /// 3 minutos de leitura

Com estimativa de aumento na produção de soja, a safra 2022/23 no Brasil deve ser de 153 milhões de toneladas. A alta é de 20% na comparação com o ciclo anterior, quando a seca, principalmente no Sul do país, prejudicou as lavouras.

A projeção de crescimento na oferta, divulgada pela StoneX, também está relacionada ao aumento de quase 4% na área plantada, que deve alcançar 42,9 milhões de hectares na safra que se aproxima.

Considerando o volume a ser produzido no próximo ciclo, cerca de 17% já foi comercializado pelo agricultor de forma antecipada, de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Esse número é quase 6 pontos percentuais inferior ao que foi registrado na mesma data de 2021. Além disso, na média histórica para o período, a comercialização da soja já alcançava 21,5% de avanço. Os números demonstram que o agricultor está otimista em relação aos preços do grão para a safra 2022/23.

Outro ponto importante que ajuda o produtor a entender o comportamento do mercado são as perspectivas para exportações de soja. Para 2023, é esperado um aumento de 19% nos embarques brasileiros, que podem totalizar 91,5 milhões de toneladas. Mesmo com a alta nas vendas externas, o cenário positivo na oferta da oleaginosa deve resultar em um estoque final de 9,9 milhões de toneladas, quase 3 vezes e meia maior do que o do último ciclo.

Com estes destaques da soja, alguns produtores estão migrando para o cultivo do grão, como conta Carlos Augusto Folleto, representante técnico de vendas da Bayer, de Alegrete, Rio Grande do Sul. "Hoje, os produtores de arroz já estão ingressando na soja. Neste caso, as principais recomendações são a rotação de culturas, diversificando com milho, já que temos altas produtividades aqui na região, além do uso de fertilizantes e tratos culturais necessários para o grão", destaca o profissional.

China: importações de milho devem começar este ano

A China voltou atrás e informou que vai importar o milho brasileiro ainda em 2022. Segundo o país asiático, as empresas credenciadas junto ao Ministério da Agricultura estarão autorizadas a exportar o milho, enquanto a obrigatoriedade no cumprimento de protocolos sanitários, com o monitoramento da safra para evitar a entrada de pragas e doenças no país, deve ficar apenas para 2023. Com a continuidade de problemas no contexto geopolítico global, a China vê o Brasil como importante parceiro para suprir a demanda de milho no país.

Na opinião do professor Marcos Fava Neves, trata-se de uma boa notícia para o agronegócio brasileiro. "Isso vai permitir uma expansão da produção na próxima safra de milho que começa em setembro. Além disso, o preço não deve cair muito se tivermos uma demanda grande da China", analisa o Doutor Agro.

Operação da Bayer fomenta atividades do setor sucroenergético

A Bayer está lançando o “Barter em Energia”, operação que visa fomentar as atividades do setor sucroenergético, contribuindo para mitigar riscos e garantir insumos necessários para as usinas do setor. A iniciativa também favorece o aumento da participação das energias renováveis na matriz energética brasileira. A operação de barter, que consiste na compra de insumos por meio da permuta, é mais conhecida em culturas como a soja, o milho e o café. Mas agora, com o projeto da Bayer, também pode ser realizada com a energia produzida pelas usinas de cana. A primeira operação foi concluída em novembro de 2021, em parceria com a Umoe Bioenergy.

Novidades da Bayer no Congresso Brasileiro do Algodão

Durante o 13° Congresso Brasileiro do Algodão, que acontece na próxima semana, em Salvador (BA), o time Climate Fieldview™ leva até você, produtor, o Fieldview Shop, com ofertas especiais e desconto de 25% para resgates na plataforma Orbia.

Notícias de destaque no agro

O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) caiu quase 9% em julho. Os maiores recuos foram nos preços dos óleos vegetais e cereais, mesmo estando 13% superiores ao mesmo mês de 2021.

Outro destaque é o estudo da Embrapa que apontou o impacto da seca na soja, em 2021/22, que chegou a 72 bilhões de reais. O órgão de pesquisa está focado em melhorar a resistência da cultura a variações climáticas extremas.

Por fim, o volume contratado de crédito rural caiu 1% em julho, totalizando 25,8 bilhões de reais, segundo o Ministério da Agricultura. Por outro lado, na contratação de custeios, o comportamento foi de alta de 38%.

Já para a próxima semana, o Doutor Agro destaca 3 pontos que os produtores devem ficar de olho: os impactos das novas estimativas da Conab e do USDA, o clima e a safra nos Estados Unidos, além da economia brasileira.

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