Blog do Agro

Os fatos que marcaram o agro em 2022

Dos desafios com clima a novos recordes no campo, relembre os assuntos mais importantes para o produtor rural ao longo deste ano14 de janeiro de 2023 /// 10 minutos de leitura

2022 foi um ano de acontecimentos marcantes no agronegócio: desafios climáticos, queda nas importações de defensivos e fertilizantes, além da alta nos custos de produção foram alguns fatores que impactaram a vida do agricultor e deixaram muitos aprendizados para 2023.

A crise no fornecimento de insumos agrícolas foi um dos motivos de maior preocupação para o produtor. O cenário global com tensões geopolíticas entre alguns países causou incertezas sobre disponibilidade e preços, especialmente dos fertilizantes.

Os efeitos do clima sobre as lavouras também tiraram o sono do agricultor. A seca causou muitos impactos no início da safra de soja 2021/22, principalmente no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Mas 2022 também foi um ano de muitas conquistas, com o agro brasileiro batendo recordes no campo. A safrinha de milho 21/22, por exemplo, foi muito positiva no comparativo com o ano anterior, tanto em termos de colheita mais avançada, como no que diz respeito à produtividade.

Destaques do cenário nacional e internacional

O novo Plano Safra 2022/23 é outro fato que marcou o ano, com algumas mudanças como o volume de recursos disponibilizado e os parâmetros para custeio, investimentos e taxas de juros.

No mercado global, o desempenho das exportações brasileiras de produtos agrícolas surpreendeu, com recordes nas receitas em todos os meses do ano. Em outubro, por exemplo, as exportações do agronegócio alcançaram 14,25 bilhões de dólares em receitas, uma alta de 61% em comparação com o mesmo mês de 2021.

Já para a safra 2022/23, que está em andamento em todo o país, as estimativas indicam que a produção de grãos - incluindo algodão, arroz, feijão, milho, soja e outras 11 culturas - deve alcançar 308,3 milhões de toneladas, contra 271,4 milhões no período anterior, ou seja, um crescimento de 14%.

"Tudo o que aconteceu neste ano em termos de câmbio, taxa de juros, questões econômicas e políticas deixaram o agronegócio mais preparado para momentos de grandes incertezas. Para 2023, tenho grande expectativa de que os custos de produção devem começar a cair antes dos preços", comenta o professor Marcos Fava Neves sobre suas previsões para o próximo ano.

Para concluir, o Doutor Agro também destaca os pontos que os produtores devem acompanhar na primeira semana de 2023: a performance das lavouras, o clima no Brasil, as variações no câmbio e a economia mundial.

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