Pragas de solo do feijoeiro

11 de outubro de 2022

As pragas constituem um dos fatores que mais impactam negativamente o desenvolvimento da Cultura do Feijão. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Arroz e Feijão, artrópodes e moluscos podem reduzir de 11% a 100% do rendimento do feijoeiro, dependendo da espécie de praga, da cultivar plantada e da época de plantio.

Podemos dividir as principais pragas que atacam a cultura do feijão em três grupos – pragas do solo, das folhas e das vagens. Conheça as pragas de cada categoria:

As principais pragas de solo do feijoeiro

Para colaborar com a proteção do rendimento da lavoura de feijão, preparamos este artigo sobre as três principais pragas do solo que atacam o feijoeiro.

Leia e conheça as características do dano de cada um dos insetos e dicas para manejá-los adequadamente.

Danos causados por pragas do solo no feijão. | Crédito: Embrapa Arroz e Feijão

Lagarta elasmo no feijoeiro

A lagarta elasmo é uma praga que ataca após a emergência da cultura do feijão.

O inseto causa danos com maior intensidade em solos de cerrado.

O impacto da lagarta elasmo ocorre quando o inseto abre galerias na região do colo da planta. Este hábito causa o secamento e morte de plantas novas.

Em períodos de estiagem após o plantio, é comum identificarmos redução do estande por danos causados por esta praga.

Medidas preventivas, como a aplicação de inseticidas no sulco de plantio e o tratamento de sementes, ajudam reduzir danos de lagarta elasmo no feijoeiro.

Danos de lagarta elasmo no feijoeiro. | Crédito: Embrapa Arroz e Feijão

Lagarta rosca no feijoeiro

O principal impacto da lagarta rosca na cultura do feijão é a redução de estande. Logo após a emergência das plantas, a lagarta pode cortar as plântulas, causando um dano irreversível.

Em altas infestações, os ataques desta praga podem exigir o replantio da lavoura.

Segundo a Embrapa, o manejo da lagarta rosca no feijoeiro deve ser realizado por meio de tratos culturais, como gradeação do solo, eliminação de tigueras e pulverização de inseticidas direcionados ao caule da planta de feijão.

Vaquinhas na cultura do feijão

Durante sua fase adulta, tanto as vaquinhas da espécie D. speciosa quanto da espécie C. arcuata causam desfolhamento durante todo o ciclo da cultura.

O hábito alimentar destes insetos pode causar danos severos no feijoeiro, especialmente quando ocorrem em altas populações durante a fase inicial de desenvolvimento das plantas. Possuem o hábito de consumir diferentes estruturas da planta e, em alta infestação, estas pragas podem migrar das folhas e danificar flores e vagens do feijão.

Além disso, a vaquinha C. arcuata é o principal vetor do vírus do mosaico-severo do feijão caupi.

Durante sua fase larval, ambas as espécies vivem no solo e alimentam de raízes, nódulos de fixação de nitrogênio, sementes e plântulas. O manejo das vaquinhas mais utilizado no feijoeiro é realizado com inseticidas químicos.

Manejo Integrado de Pragas no Feijoeiro

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) no feijoeiro integra diferentes ações. Entre as táticas mais eficientes para auxiliar o produtor na redução de danos causados pelas pragas de solo no feijoeiro, estão a identificação dos danos e pragas, amostragem das pragas, verificação do nível de infestação e controle de cada espécie, e tomada de decisão sobre qual tipo de manejo realizar.

Comportamento das pragas do solo do feijão

Especificamente as pragas de solo que atacam o feijão são favorecidas em lavouras sob sistema de plantio direto, em função da ausência de revolvimento do solo.

Além disso, plantas daninhas tendem a hospedar estas espécies, representando mais um fator de atenção no manejo das pragas do solo.

Neste cenário, o manejo correto de plantas daninhas utilizando herbicidas associados a inseticidas pode contribuir com a redução da população das lagartas rosca, elamos e vaquinhas.

Amostragem de pragas do feijão

Para realizar a amostragem das pragas do feijão, é necessário definir os pontos de amostragem na lavoura.

Cada ponto de amostragem corresponde a 2 metros lineares durante o período da emergência até o estágio de 3 a 4 folhas trifoliolares, e a 1 metro linear após o estágio de 3 a 4 folhas trifoliolares.

Segundo a Embrapa Arroz e Feijão, os pontos de amostragem podem ser organizados da seguinte forma:

  • Até 5 ha, 4 pontos de amostragem;
  • Até 10 ha, 5 pontos;
  • Até 30 ha, 6 pontos;
  • Até 50 ha, 8 pontos;
  • Até 100 ha, 10 pontos;
  • Áreas maiores dividir em talhões.

Ainda segundo material da Embrapa, o Nível de Controle (NC) das pragas de solo são:

  • Lagarta elasmo: 2 plantas murchas ou mortas/2 m lineares.
  • Lagarta rosca: 2 plantas danificadas ou cortadas/2 m lineares.
  • Vaquinhas: 20 insetos por pano de batida ou em 2 m lineares.

O número de amostragens deve ser proporcional ao nível de controle e infestação. Em situações de altas populações, recomenda-se monitorar a área com maior frequência (diariamente), com maior número de amostras.

Para conhecer os melhores produtos recomendados para pragas do solo da cultura do feijão, fale com um representante Bayer em sua região ou acesse um engenheiro agrônomo de confiança.