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Quando e como monitorar bicho-mineiro no café?

Aplicar inseticidas no momento certo pode aumentar a eficiência de controle e reduzir custos30 de agosto de 2019

O monitoramento do cafeeiro é uma etapa importante no planejamento fitossanitário da cultura. A essência do monitoramento é tornar o controle mais assertivo e eficaz e reduzir custos, mão de obra e desgaste de máquinas com aplicações desnecessárias. O monitoramento é tarefa que deve ser rotineira independentemente do tamanho da área e da região de cultivo.

Muitos produtores comentam que é complicado e demorado monitorar as lavouras. Para reverter essa ideia e tornar o monitoramento mais fácil e executável, é importantíssimo que se tenha um plano de amostragem bem elaborado. Para isso é preciso estar atento a alguns pontos.

Primeiros passos do plano de amostragem

A área precisa ser dividida em talhões homogêneos. Talhões pequenos de até 5 mil plantas são mais indicados. A divisão dos talhões deve respeitar fatores como topografia, considerando o relevo de áreas mais baixas e mais úmidas e de áreas mais altas e mais secas, bem como os cultivares utilizadas e idade da lavoura.

Após isso é importante ter controle desses talhões numerando-os ou nomeando-os, montando uma espécie de mapa da propriedade. O controle de todas as atividades de manejo, incluindo o controle de pragas deverá ser feito por talhão. Da mesma forma, dependendo do tipo de praga, o monitoramento deverá ser iniciado em alguns talhões anteriormente a outros.

Talhões novos em formação com plantas de até 3 anos de idade devem ser prioridade no monitoramento. Nos demais talhões em áreas altas, com temperaturas mais quentes e mais secas são mais suscetíveis a terem infestação antecipada.

Quando iniciar as amostragens?

O bicho-mineiro pode ocorrer durante praticamente o ano todo, mas devido às condições de clima e as diferentes regiões de cultivo, flutuações populacionais podem ocorrer. Geralmente os primeiros ciclos de desenvolvimento da praga iniciam-se entre os meses de fevereiro e abril, que é quando há um primeiro pico de infestação de adultos. Esse é um primeiro período onde o monitoramento deve ser criterioso. Após esse período, um novo pico populacional tende a se estabelecer no período próximo a florada principal, que acontece entre os meses de setembro e outubro. Nessa fase também é fundamental monitorar, porque se o controle nos primeiros ciclos foi ineficiente, a praga poderá ter novos surtos, exigindo manejo mais intenso.

  Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
Temperaturas
amenas - Ex.: Sul de Minas
        Monitoramento
Temperaturas
altas - Ex.: Cerrado mineiro
Monitoramento

Como realizar as amostragens?

As amostragens devem ser realizadas separadamente pelos talhões pré-definidos. O resultado da amostragem de um talhão não deve ser extrapolado para toda a área.

  • Seleção de plantas: Recomenda-se que a escolha de plantas seja totalmente ao acaso. Com o mapa do talhão em mãos, sugere-se um caminhamento em ziguezague ao longo do talhão, selecionando plantas de diferentes linhas (Figura 1).
  • Número de plantas/talhão: para bicho-mineiro são amostradas folhas para análise. Nesse caso, um número médio de 20 a 30 plantas por talhão tem gerado uma boa amostragem.
  • Número de folhas/planta: Recomenda-se um número médio de 10 folhas/planta, sendo cinco de cada lado da planta. Totaliza 200 a 300 folhas amostradas por talhão.
  • Quais folhas avaliar? Deve-se avaliar folhas do terço médio e superior das plantas. Escolher cinco ramos laterais ao acaso de cada lado da planta. Em cada ramo, avaliar uma folha aleatória do 3° ou 4° par de folhas do ramo.

O que avaliar nas folhas?

Deve-se contar o número de folhas com minas ativas, ou seja, com presença de larvas vivas nas minas (NFCMA). O número de folhas com minas ativas é utilizado para o cálculo da porcentagem de infestação.

Deve-se contar o número de folhas com minas ativas, ou seja, com presença de larvas vivas nas minas (NFCMA). O número de folhas com minas ativas é utilizado para o cálculo da porcentagem de infestação.

A porcentagem de infestação por bicho-mineiro (IBM%) pode ser determinada utilizando a equação abaixo:

Tomada de decisão para controle

Em geral, o nível de controle adotado é de 3% de folhas atacadas com presença de larvas vivas. Se estiver abaixo do nível de controle, repetir a amostragem 15 dias após.

Em lavouras novas em formação, de até três anos de idade, o controle químico deve ser realizado sem a necessidade de determinação da porcentagem de infestação, ou seja, assim que as primeiras minas ou lesões forem constatadas nos cafeeiros.

Para o controle do bicho-mineiro, o produtor pode contar com o inseticida Sivanto da Bayer. Sua formulação diferenciada permite rápida penetração e flexibilidade de aplicação na lavoura. Saiba mais sobre o produto, clicando no botão abaixo:

Caso queira ler outros artigos sobre controle de pragas na cultura do café, bem como outras estratégias de manejo, basta acessar a seção de notícias do site da Bayer.

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