Aplicação de fungicida previne perdas massivas de produtividade em soja

07 de agosto de 2019

imagem de trator ao final da tarde em uma lavoura de soja ilustrando artigo sobre a importância da aplicação de fungicidas para ferrugem

O Brasil colheu 114,8 milhões de toneladas de soja em 2018/2019. A soja [Glycine max (L.) Merr.] destaca-se como a principal cultura de grãos do país, com uma área cultivada que triplicou nos últimos 20 anos, passando de 11,6 milhões de hectares em 1994/1995 para 35,8 milhões em 2018/2019 (Conab, 2018). São muitos os desafios que os produtores enfrentaram nesse período para conseguir alavancar a produção a esses patamares. Um deles, que ameaçou a sustentabilidade da cultura de soja no país, foi a ferrugem asiática, que exigiu um melhor planejamento na aplicação de fungicida e medidas mais adequadas de controle.

O fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática, iniciou suas epidemias no Brasil por volta de 2001/2002, e de lá pra cá são registradas perdas significativas de grãos em função do seu ataque. Trata-se de uma doença foliar, muito agressiva, de rápida evolução e com elevado potencial de dano. A alta densidade de lesões causa desfolha prematura e maturação precoce, resultando em perdas significativas de produtividade. Na ausência de medidas de controle, como a aplicação de fungicida para ferrugem, podem haver perdas variando de 20% até 90% na produtividade. Tais perdas variam entre safras e são influenciadas pela condição de clima que dita a intensidade das epidemias.

Nas primeiras safras após a chegada do fungo, os produtores desconheciam a sua existência, tinham dificuldade de identificar e não tinham fungicidas adequados para controlá-la, e por isso muitas perdas foram registradas nesse período. Desde então foi investido muito em pesquisa, houve o surgimento de novos fungicidas e melhorias na parte de manejo que tem ajudado o produtor a minimizar os danos dessa doença no campo. As perdas de produtividade diminuíram ao longo das safras, muito em função do uso de fungicidas eficazes, posicionados de maneira correta e em intervalos adequados.


Como atua a ferrugem-asiática?

O fungo causador da ferrugem é um patógeno do tipo biotrófico, ou seja, ele sobrevive apenas em plantas vivas, não sobrevive na palhada em restos culturais. Dessa forma, práticas como rotação de culturas não surtem efeito. A cada nova safra o fungo vem de fora da lavoura disseminado por correntes de ar, ou no caso de estar presente na área, a sobrevivência se dá em plantas de soja vivas remanescentes na lavoura. Para esse tipo de fungo, o uso de fungicidas é a principal estratégia de manejo e deve ser usada com muito embasamento técnico.

Atualmente contamos com um número em torno de 60 produtos registrados no MAPA para controle da ferrugem. Esse número já foi maior, mas devido a redução de eficácias, alguns registros foram cancelados. Dentre os principais fungicidas sistêmicos/mesostêmicos utilizados atualmente no controle da ferrugem estão as estrobilurinas, as carboxamidas e os triazóis/triazolintione. Os produtos são formulados com 2 ou 3 ativos diferentes, com diferentes mecanismos de ação, o que confere maior espectro de ação e menor risco de falha por problemas de resistência. Para reforço das aplicações tem sido muito utilizado e recomendado o uso de fungicidas multissítios protetores, que apresentam baixo risco para resistência e ajudam a incrementar no controle.

imagem de uma lavoura de soja

O produtor precisa estar atento para escolha correta dos fungicidas para ferrugem na hora de montar o seu programa de aplicações. É necessário escolher produtos eficazes e posicioná-los nos momentos adequados em relação ao ciclo da cultura e do patógeno. Alguns produtos são mais preventivos, funcionam bem em plantas sadias, livres de doenças, e dessa forma devem ser aplicados nas primeiras aplicações. Da mesma forma, para as últimas aplicações, podem ser utilizados produtos mais sistêmicos, com maior potencial curativo. O uso de reforços é de fundamental importância. Safra após safra temos visto excelentes resultados no campo, com incrementos produtivos devido ao melhor controle. Muitos produtores ainda temem a ferrugem, mas outros que conseguem juntar parâmetros técnicos, usam de bons produtos para montar um bom programa, aplicam na hora certa, nos intervalos adequados e usam reforços, já consideram essa doença fácil de controlar.

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