Blog do Agro

Como aproveitar o período de entressafra?

Confira dicas sobre plantio e manejo nas culturas de inverno para manter sua lavoura produtiva
17 de julho de 2022 /// 7 minutos de leitura

As culturas de inverno são alternativas sustentáveis e economicamente viáveis para os produtores de grãos que desejam manter a lavoura ativa durante o período de entressafra. Além de ocuparem áreas que ficariam ociosas, essas culturas trazem inúmeros benefícios para o plantio de verão, como a redução na infestação de pragas e plantas daninhas, contribuindo para o equilíbrio do sistema produtivo e maior rentabilidade da propriedade.

Para aproveitar ao máximo a capacidade produtiva do solo na entressafra, o planejamento da rotação de culturas deve priorizar plantas que produzam grandes quantidades de biomassa e apresentem rápido desenvolvimento. Espécies forrageiras, gramíneas e leguminosas são ideais para essa finalidade.

Além disso, recomenda-se dar preferência a plantas fixadoras de nitrogênio, com sistema radicular profundo e abundante, favorecendo a reciclagem de nutrientes e a estruturação do solo — princípios também aplicáveis ao plantio direto.

As boas práticas agrícolas, antes mesmo do plantio, são fundamentais para o estabelecimento inicial da cultura.

Na pré-semeadura de culturas de inverno, como o trigo, é importante evitar áreas mal drenadas, seguir o programa de rotação de culturas, ajustar corretamente a densidade de semeadura e monitorar a umidade do solo. Também é essencial respeitar o zoneamento agrícola definido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), escolher cultivares adaptadas à região e utilizar sementes de qualidade em fatores de pureza e vigor.

O Cropstar®, tratamento de sementes da Bayer, é uma solução tecnológica que protege o investimento do produtor desde o início do ciclo, combatendo um amplo espectro de pragas e promovendo maior vigor e uniformidade de estande.

"A importância do tratamento de sementes para as culturas de inverno, como trigo, cevada, entre outras, é muito importante sob diversos aspectos. Primeiro, temos que considerar a assepsia da semente, ou seja, uma doença que eventualmente é transferida a ela. E o segundo ponto é retardar o início das doenças e o ataque de pragas que vão ocorrer nessa fase inicial", explica Lucas Santos, gerente de operações do SeedGrowth.

O tratamento pode ser feito de duas maneiras: industrial, com processos mecanizados de alta tecnologia, ou On Farm, realizado diretamente na fazenda.

A OTM, parceira da Bayer, oferece a opção profissional de tratamento On Farm, disponível para resgate por meio do Impulso Bayer, com assistência técnica completa, dosagem, tratamento, retirada de amostras e monitoramento das máquinas da qualidade da semente tratada. "Seja um tratamento de sementes feito na fazenda pelo agricultor, ou um tratamento de sementes feito em máquinas industriais, o objetivo é o mesmo: proteger essa semente para ter plantas sadias, vigorosas e produtivas", acrescenta Lucas.

Como realizar a rotatividade entre culturas?


A rotatividade de culturas é uma prática essencial para manter a lavoura equilibrada e produtiva, trazendo impactos positivos diretos ao sistema de produção. Quando o solo é ocupado por apenas um tipo de cultura por longos períodos, ocorre a deficiência de determinados nutrientes, comprometendo o desempenho da safra seguinte e reduzindo a rentabilidade.

Durante o período de entressafra, a diversificação e o uso de culturas de cobertura se destacam como estratégias sustentáveis para melhorar a fertilidade do solo e preparar o terreno para o próximo plantio. Entre as principais culturas de inverno estão o trigo, sorgo, aveia, feijão, girassol, centeio e muitas outras.

Não existe planta ideal que irá atender a todos os quesitos, e cada uma agrega diversos benefícios. Porém, segundo a Embrapa, o trigo deve continuar sendo a opção mais atrativa após alcançar a maior produção dos últimos 20 anos. Além de tudo essa cultura é comercial, portanto, também gera receita.

"As plantas de cobertura proporcionam muitos benefícios ao solo. Pelo sistema radicular, elas incorporam carbono ao solo, alteram para melhor a dinâmica da água e, por fim, deixam uma cobertura que é fundamental na sustentabilidade do plantio direto. Portanto, são fundamentais na sustentabilidade do sistema de produção", conta Osmar Conte, pesquisador da Embrapa.

Práticas sustentáveis no entressafra


Dentro das boas práticas agrícolas, o PRO Carbono é uma iniciativa da Bayer que busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa nas lavouras, promovendo uma agricultura mais sustentável e eficiente.

A produtora rural Maíra Lelis, de Guaíra (SP), aderiu ao programa e compartilhou sua experiência: "A iniciativa da Bayer veio ao encontro das nossas práticas de agricultura sustentável, como sequestro de carbono. Tudo o que a gente faz dentro da agricultura vem da natureza, então temos uma política de sustentabilidade para devolver tudo aquilo que a natureza nos oferece."

O PRO carbono é um programa que se consolida como referência em termos de análise qualitativa de dados para manejo sustentável no campo. É uma grande oportunidade para o produtor agregar mais valor à produção de grãos no Brasil.

"Tivemos uma redução de 50% no uso de herbicidas na safra de soja 2021/22. Isso nos mostra que as boas práticas trazem benefícios ambientais, econômicos e produtivos, afinal, nosso maior patrimônio é o solo", acrescenta Maíra.

As técnicas de rotação de culturas, plantio direto e melhores práticas no controle de pragas, doenças e plantas daninhas contribuem para a fixação de carbono no solo. Além disso, aumentam a eficiência produtiva com economia de insumos e, consequentemente, maximizam a performance das máquinas agrícolas, fazendo com que as emissões de gases do efeito estufa sejam menores.

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