Bicudo-do-algodão: vazio sanitário no manejo dessa praga!
Entenda por que essa técnica é essencial no combate ao bicudo-do-algodão e conheça as inovações Bayer para elevar a produtividade da sua lavouraO bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) é considerado o principal inimigo das lavouras de algodão, razão pela qual o vazio sanitário se tornou uma prática importante para a cotonicultura.
Essa técnica consiste em um período de 60 a 90 dias em que é proibida a presença de plantas de algodão no campo, justamente para evitar a proliferação de pragas e doenças durante a entressafra. Isso significa que deve ocorrer a destruição completa dos restos culturais e também das plantas voluntárias de algodão — conhecidas como tigueras — presentes nas áreas de cultivo.
“A partir do momento em que não há mais hospedeiros para o bicudo-do-algodão, os insetos remanescentes sobrevivem, em média, por 45 dias. Mas, sem alimento disponível e, principalmente, sem a presença do algodão para sua multiplicação, o bicudo-do-algodão não gera mais descendentes e a população cai drasticamente”, explica Fábio Aquino de Albuquerque, pesquisador da Embrapa.
Por se tratar de uma ação que exige coordenação em todo o território nacional, o vazio sanitário do algodão é previsto por lei e regulamentado pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC), com calendário específico definido de acordo com a dinâmica do bicudo-do-algodão em cada estado.
Por que o controle do bicudo-do-algodão é tão difícil?
O bicudo-do-algodão ataca diretamente os botões florais do algodoeiro, impedindo que a planta produza fibra e, consequentemente, reduzindo a produtividade da lavoura. Além disso, essa praga apresenta uma alta capacidade de reprodução: uma única fêmea pode gerar até 150 ovos em apenas 40 dias. Isso significa que o crescimento populacional do bicudo-do-algodão é acelerado, tornando a detecção precoce da infestação crucial para o controle.
Para que o vazio sanitário do algodão seja realmente eficaz, é indispensável realizar a destruição das soqueiras. “Existem dois métodos que normalmente são utilizados em conjunto: o mecânico, que consiste na destruição com roçadeira ou outros equipamentos, e o químico. Em grandes áreas, a combinação dos dois sistemas garante maior eficiência”, explica o pesquisador.
O processo se inicia com a destruição mecânica das soqueiras, por meio de arado ou grade em toda a área. Após essa etapa, é preciso aguardar alguns dias para observar a ocorrência de rebrota. Caso haja novas plantas, deve-se aplicar herbicidas dessecantes, garantindo a eliminação total das plantas vivas e, consequentemente, dificultando a sobrevivência do bicudo-do-algodão.
Bicudo-do-algodão: mais técnicas para combater essa praga
Além do vazio sanitário, o produtor precisa adotar outras práticas integradas para combater o bicudo-do-algodão. Entre as principais estratégias, destacam-se:
- Monitoramento do inseto por meio de armadilhas de feromônio, que permitem identificar os pontos da lavoura com maior concentração de entrada e saída do bicudo-do-algodão;
- Identificação dos pontos de nova infestação logo após o plantio da nova safra;
- Manejo químico direcionado, com foco nas áreas de maior infestação, garantindo um controle de bordadura mais eficiente.
Essas medidas permitem atingir a praga em seu período mais vulnerável: quando o bicudo-do-algodão precisa se alimentar do pólen para reativar seu sistema reprodutivo e dar início a um novo ciclo populacional.
Soluções Bayer conferem proteção contra o bicudo-do-algodão e alto teto produtivo às lavouras
A tecnologia Curbix® chega como uma excelente opção no manejo do bicudo-do-algodão. Diferente dos inseticidas disponíveis no mercado, o produto apresenta um modo de ação inovador, garantindo efeito de choque real e um longo período de controle, auxiliando produtores de diversas regiões do Brasil no combate ao bicudo-do-algodão.
Outro ponto importante para alcançar melhores resultados ao longo de toda a safra é a utilização de sementes de algodão de alta qualidade e tecnologia. Deltapine®, marca da Bayer, conta com o maior banco de germoplasma do mundo e se consolidou como uma das mais tradicionais da cotonicultura.
“O uso de semente certificada é fundamental para o sucesso da lavoura, pois ela concentra todo o potencial produtivo da planta e representa o principal insumo da cultura. Por isso, o produtor deve sempre priorizar sementes com qualidade genética e fisiológica comprovada”, destaca Luana Bonamigo, Gerente de Produto de Algodão na Bayer.
Esse legado foi construído ao longo de anos de pesquisa e desenvolvimento, visando oferecer variedades adaptadas a diferentes ambientes, com alto teto produtivo e excelente qualidade de fibra.
As sementes Deltapine® trazem importantes diferenciais, como tolerância às principais doenças da cotonicultura e a tecnologia de proteção Bollgard® 3 RRFlex, desenvolvida pela Bayer exclusivamente para o algodão. Além disso, seus germoplasmas proporcionam maior segurança e assertividade no manejo, oferecendo flexibilidade no planejamento da safra, com variedades de ciclo médio-precoce, médio-tardio e tardio.
Lançamentos Deltapine
A Deltapine® apresenta dois lançamentos para os produtores de algodão: DP2077 B3RF e DP2176 B3RF.
“A DP2176 é a primeira variedade de ciclo médio-tardio, além de ser um material de alto teto produtivo que apresenta alta tolerância à ramulária e resistência ao nematoide-das-galhas. Já a DP2077 tem ciclo tardio e se destaca pela excelente qualidade de fibra, especialmente no comprimento, característica que chamamos de qualidade de fibra plus”, explica a profissional da Bayer.
Nos ensaios de faixas e mini faixas realizados na Bahia, a variedade DP2077 obteve um ganho médio de 54 quilos de pluma. Na mesma rede de ensaios, a DP2176 apresentou um ganho de 147 quilos de fibra, sendo considerada a campeã geral entre todas as variedades avaliadas pela Bayer.
Além do alto teto produtivo e da estabilidade comprovada, as novas variedades também oferecem maior segurança ao produtor, ajudando no enfrentamento de pragas e desafios comuns da cotonicultura, como o bicudo-do-algodão, que continua sendo uma das maiores ameaças às lavouras no Brasil.