Consumo global de café em alta e as perspectivas para a cultura

Um estudo divulgado pelo Rabobank mostrou que o consumo global de café na safra 2020/21 cresceu 1,2% em relação ao ciclo anterior, totalizando 164,6 milhões de sacas. De acordo com o banco, a alta no consumo, mesmo diante do contexto de pandemia da Covid-19, se deu porque o uso nas residências foi intensificado, além de transformações na forma como o produto é comercializado, como modelos de venda online e de delivery. Para o ciclo 2021/22, o relatório projeta novo crescimento na demanda global de 2,4%, o que deve totalizar 168,6 milhões de sacas.

No Brasil, o Rabobank estima uma produção de 63,5 milhões de sacas em 2022/23, o que deve representar crescimento de 12% em relação ao ciclo passado. Vale lembrar que a alta na produção, além das melhores condições no campo, é também resultado de ano de bienalidade positiva do café.

O Analista Sênior do Departamento de Pesquisa e Análise Setorial do Rabobank Brasil, Guilherme Morya, fala sobre as perspectivas para a cultura no próximo ano. Ele contextualiza que além da seca, houve um episódio de geada que também atingiu os cafezais no Brasil. Há ainda o aumento nos custos de produção e os gargalos logísticos que estão impactando as exportações brasileiras. Tudo isso faz com que o preço do café se valorize. "Para o próximo ano, estamos estimando a safra brasileira em cerca de 63,5 milhões de sacas, ou seja, 12% maior em relação ao último ciclo, mas 12% menor em relação ao último ciclo de alta", acrescenta.

O café realmente foi uma cultura muito prejudicada em 2021, principalmente por conta de problemas climáticos como a seca e as geadas. Por conta disso, muitos produtores ainda estão indecisos em relação aos investimentos para o próximo ano.

Paulo Cesar Idalgo Donadoni, Líder de Desenvolvimento de Mercado Cana da Bayer no Brasil e América Latina explica que optar pela proteção da lavoura sempre é uma boa escolha.

Ele alerta que a lavoura precisa estar preparada para responder aos efeitos do ambiente. “A evolução das tecnologias de proteção de cultivos evita perda de potencial produtivo agrícola e melhoram os índices de rentabilidade do produtor. E o produtor cada vez mais atento, com acesso a informações mais precisas quanto ao seu negócio, vem percebendo o impacto positivo dessas soluções e, com isso, agregando mais valor ao resultado da sua safra", completa Donadoni.

Produção de grãos promete crescimento de quase 15%

Na última semana, a Conab divulgou uma nova estimativa para a safra brasileira degrãos no ciclo 2021/22. Segundo o órgão, a produção deve atingir quase 290 milhões de toneladas, um incrível crescimento de 14,8% em comparação com a safra passada.

Para as três principais culturas, o cenário é o seguinte: na soja, a produção deve ser de 142 milhões de toneladas, crescimento de 3,4%; no milho, serão 116,7 milhões de toneladas, alta de 15,7%, sendo que deste total, 24,5% serão produzidos na 1ª safra e os outros 75,5% na 2ª ou 3ª safras do cereal; e por fim, no algodão em pluma, a produção deve alcançar 2,65 milhões de toneladas, crescimento de 12,6%.

O professor Marcos Fava Neves comenta esses números e explica que o Brasil está adicionando praticamente 3 milhões de hectares de grãos em um ano, algo nunca visto. Por outro lado, há preocupação por conta do custo elevado e porque essa produção pode derrubar os preços. "A expectativa é de preços ligeiramente menores, aliás, o USDA também está sinalizando estoques maiores e produções maiores em outros países. Portanto, minha recomendação tem sido vender um pouco da produção antecipadamente", sugere o DoutorAgro.

Exportações, plantio da safra verão e mais destaques

As exportações do agro alcançaram US$ 8,8 bilhões em outubro, novo recorde para o mês e alta de 10% em comparação com outubro de 2020. Entre os produtos exportados, o complexo soja segue na liderança, com quase US$ 2,5 bilhões (Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

O plantio da safra verão no Brasil caminha para sua conclusão. Na soja, 78% das áreas já foram semeadas, enquanto no milho o progresso é de 85%. Nas duas culturas, os avanços estão à frente do ritmo do ciclo passado (Fonte: Consultoria AgRural). Além disso, o Ministério da Agricultura estima Valor Bruto da Produção agropecuária de 2022 em quase R$ 1,2 trilhão. Se confirmado, será o maior valor da história e 4,4% superior ao VPB estimado para 2021 (Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

E como está sua programação para semana que vem, produtor? Entre segunda e sexta-feira da próxima semana, dias 22 a 26 de novembro, acontece a Agro Week. Serão 5 dias com diversos benefícios e descontos para quem é cliente Bayer. Para abrir a programação, no dia 22 de novembro, às 07h30 (horário de Brasília), será realizada da Live Commerce Impulso Bayer, com várias oportunidades para impulsionar sua lavoura nos pilares de produtividade, inovação, riscos e negócios. Para participar, acesse o site Agro Bayer.

Além disso, não deixe de acessar o Espaço Bayer para ver o desafio da semana, clicando no botão “Desafios Premiados”, que aparece na tela inicial da plataforma. Você cumpre o desafio e ganha na hora pontos para resgatar em serviços e impulsionar sua lavoura. Aproveite!

De olho na próxima semana, o DoutorAgro destaca: as previsões para o clima, lembrando que NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos) alertou sobre 90% de chances de ocorrência da La Niña no Brasil, no final deste ano; os custos de produção e investimentos; a crise logística e disponibilidade de insumos; os dados da economia nacional para tomar as melhores decisões de compra e venda: e o andamento da safra brasileira de grãos.