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Colheita do milho safrinha segue a todo vapor!

Confira o avanço da segunda safra nos principais estados produtores. Veja, ainda, qual é o potencial de cogeração de energia no agro e outras notícias de destaque20 de março de 2023 /// 5 minutos de leitura

A colheita do milho safrinha no Brasil atingiu 60% das áreas, um avanço de 10,4 pontos percentuais em uma semana. O número está bem acima dos 41% registrados no mesmo período do ano passado. A estimativa para a segunda safra de milho foi divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a média refere-se aos nove estados brasileiros responsáveis por 92% de toda a área cultivada com o cereal no país.

No maior produtor de milho safrinha do Brasil, o Mato Grosso, 90% das áreas já foram colhidas, contra 71% há um ano. No Paraná, o progresso é de 30%, em comparação com 4% na mesma data do ciclo passado. No Mato Grosso do Sul, o ritmo também está acelerado, com 19% das áreas de milho safrinha colhidas, contra 8% no último ano. Em Goiás, 60% das lavouras já foram colhidas, 20 pontos percentuais acima na comparação anual. Por fim, no quinto maior produtor, Minas Gerais, o ritmo segue na mesma média de 2021, com 30% de progresso até o momento.

No início de julho, com o avanço na colheita e as boas perspectivas, a produtividade do milho segunda safra foi estimada em 5,4 toneladas por hectare. O número é 32% maior do que o rendimento da safra passada, de acordo com a Conab.

Lara Garcia, representante técnica de vendas da Bayer, conta que em Campo Verde, Mato Grosso, a segunda safra de milho está quase concluída, com cerca de 80% da área colhida. "Nos próximos 15 dias, a colheita aqui na região deve ser finalizada. O agricultor que conseguir conciliar uma boa genética com as melhores janelas de plantio tem grandes chances de ter uma colheita cheia", diz a profissional.

Cogeração de energia no agro

No mês passado, a cogeração de energia no Brasil superou 20 gigawatts de capacidade anual instalada, impulsionada principalmente pelo setor sucroenergético. Entre as principais fontes, o bagaço da cana se destaca com 60,5% de participação e com 3,5 vezes mais capacidade do que o segundo colocado, o licor negro.

Entre 2005 e 2022, a capacidade total de cogeração quase triplicou no Brasil, saltando de 7,4 para 20,1 gigawatts, um crescimento de 172%. Os dados são da Associação da Indústria da Cogeração de Energia (Cogen)

Ainda segundo a associação, esse valor pode dobrar nos próximos anos com o melhor aproveitamento do bagaço de cana e com o aumento da produção do biogás nas usinas do setor.

De acordo com o professor Marcos Fava Neves, o potencial do agro brasileiro na cogeração de energia é gigantesco e pode tornar o setor muito mais competitivo. "A expansão de projetos de etanol da cana e do milho, da bioeletricidade com a vinda da biomassa, além do biogás e do biometano, são uma verdadeira injeção de margem", comenta o Doutor Agro.

Top 3 de notícias

Os preços do etanol caíram em 24 estados e no Distrito Federal na última semana, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Na média nacional, o preço do litro nos postos ficou em R$ 4,32, ou seja, 2% a menos em 7 dias.

Já a fixação de preços do açúcar da safra 2023/24 segue acelerada. Até o momento, o setor estabeleceu o valor de 24% do volume que será exportado, de acordo com a Archer Consulting.

Nas exportações de frutas, os embarques brasileiros caíram 11% no primeiro semestre de 2022. O volume vendido totalizou 460,2 milhões de toneladas, segundo a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).

Agenda da semana

E a Bayer está realizando ações de treinamento e capacitação voltados ao uso correto e seguro de defensivos e boas práticas de manejo na cultura da soja. A iniciativa faz parte das ações de lançamento da plataforma Intacta 2 Xtend, com cursos nos formatos virtuais e presenciais, direcionados a produtores, técnicos agrícolas, operadores, cooperativas e outros. Um dos programas do projeto é o “I2X Acerte – Boas Práticas de Aplicação”, fruto de parceria da Bayer com o Senar, e que aborda temas como tecnologia de aplicação para redução de deriva, manejo inteligente , inspeções, de pulverizadores e outros. Com essa experiência, produtores têm conseguido aumentar ainda mais a eficiência no uso de produtos quimicos. Até o final da safra 2021/22 foram impactadas cerca de 30 mil pessoas com o programa. Para saber mais, é só acessar o site da Plataforma intacta2 Xtend!

Por fim, para a próxima semana, o Doutor Agro recomenda que os produtores fiquem de olho no clima, com atenção para a onda de calor na Europa e para as previsões de seca na região produtora dos Estados Unidos, além dos reflexos das medidas econômicas no Brasil.

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