Como controlar nematoides na cultura do café
Entenda o impacto dos nematoides na cafeicultura e conheça práticas preventivas, para garantir uma lavoura mais saudável e produtivaOs nematoides representam um dos principais desafios para a produtividade dos cafezais no Brasil. Estima-se que a produção nacional de café poderia ser, em média, 20% maior se não fosse a ação desses microrganismos parasitas, que comprometem o desenvolvimento das plantas desde as raízes.
Os nematoides são organismos microscópicos que atacam as raízes das plantas, prejudicando a absorção de água e nutrientes. Com isso, a planta perde vigor e apresenta redução significativa no crescimento e na produção de frutos.
As principais espécies que atacam a cultura do café são:
• Nematoide das galhas (Meloidogyne spp.)
• Nematoide das lesões radiculares (Pratylenchus spp.)
Nematoide das galhas
Esse tipo de nematoide impede a absorção eficiente de nutrientes e água, resultando em plantas enfraquecidas, com crescimento desigual e formação de reboleiras. É comum observar folhas com coloração amarelada (clorose), o que pode ser confundido com deficiências nutricionais.
Nematoide das lesões radiculares
Já o nematoide das lesões radiculares penetra nas raízes e causa danos internos progressivos. Com o tempo, essas lesões servem como porta de entrada para fungos e bactérias patogênicas, agravando ainda mais a situação da planta. O sistema radicular perde eficiência, levando ao surgimento de plantas com parte aérea atrofiada, clorótica e até mesmo à morte da planta.
Diagnóstico correto é essencial
Nem sempre é possível identificar a presença de nematoides apenas pela observação dos sintomas visuais. Por isso, é fundamental realizar uma análise laboratorial do solo e das raízes para diagnosticar corretamente a espécie presente na área.
A partir dessa identificação, o manejo integrado de nematoides pode ser aplicado, combinando diferentes estratégias para o controle mais eficaz.
Manejo de nematoides no café: principais estratégias
1. Controle preventive
Uso de mudas livres de nematoides e plantio em áreas previamente analisadas (solo e raízes). A utilização de mudas certificadas, evitando a introdução e disseminação dos fitonematoides.
2. Controle genético
Escolha de variedades de café resistentes aos nematoides. A resistência genética impede a reprodução dos parasitas e reduz sua população no solo.
3. Controle cultural
Rotação de culturas com plantas que servem como adubo verde, consorciação com cafeeiros e aplicação de adubos orgânicos, como a torta de mamona, que favorecem a saúde do solo e dificultam o avanço dos nematoides.
4. Controle químico e biológico
A aplicação de nematicidas e bionematicidas é uma das práticas mais utilizadas para reduzir a população de nematoides nas lavouras.
Soluções da Bayer no controle de nematoides do café
Verango Prime é um nematicida e fungicida com ação prolongada contra o nematoide das galhas. Além do controle dos nematoides, o produto também atua de forma preventiva contra a ferrugem do café.
"Verango Prime garante um residual muito longo pelo seu perfil químico, com mais de 200 dias de meia-vida no solo. É um fungicida do grupo químico das carboxamidas, com excelente controle da ferrugem e dos principais nematoides do café", explica Marcello Vilela, Gerente de Marketing Café na Bayer.
A empresa também oferece Serenade , um fungicida, nematicida e bactericida biológico com múltiplos modos de ação. Sua cepa única e processo de fermentação exclusivo garantem alta estabilidade e eficácia. O produto atua diretamente no sistema radicular, formando um biofilme protetor que interfere na orientação dos nematoides, inibe a migração para as raízes, reduz o parasitismo e favorece o desenvolvimento saudável das plantas.
Proteja seu cafezal e aumente a produtividade
Adotar uma abordagem integrada no manejo dos nematoides na cafeicultura é essencial para garantir a sustentabilidade da produção e melhorar a rentabilidade do cultivo.
Com a combinação correta de estratégias — incluindo prevenção, controle genético, práticas culturais e soluções químicas ou biológicas — é possível reduzir significativamente o impacto desses parasitas e alcançar uma lavoura mais saudável e produtiva.