Bicudo do Algodoeiro: como controlar na lavoura?
O bicudo do algodoeiro é uma das pragas mais destrutivas da cultura do algodão, podendo comprometer até 70% da produção da fibra. Saiba como evitar esse prejuízo no seu algodoeiro!O bicudo do algodoeiro é considerado a praga de maior incidência e com o maior potencial de danos nas lavouras de algodão no Brasil.
O ataque está diretamente relacionado à fase reprodutiva do algodoeiro, sendo o período crítico compreendido entre o aparecimento do primeiro botão floral e o surgimento do primeiro capulho.
O inseto normalmente entra na propriedade pelas bordaduras e, em seguida, se espalha pelos algodoeiros até o momento da colheita. “Ao controlar o bicudo desde o início, antes do estágio V1 ou do primeiro botão, com pulverizações direcionadas às bordaduras, permite eliminar um número significativo de adultos antes que eles se instalem no restante da lavoura ou iniciem a reprodução”, explica Geraldo Papa, professor da Unesp de Ilha Solteira.
Como identificar o ataque e sintomas do bicudo do algodoeiro
As temperaturas cada vez mais altas favorecem o desenvolvimento e a reprodução do bicudo do algodoeiro, tornando o controle dessa praga ainda mais desafiador para os produtores.
Os insetos adultos apresentam coloração cinza ou marrom, medem cerca de 7 milímetros de comprimento e possuem um bico alongado, chamado rosto, que pode atingir até metade do tamanho do restante do corpo. Outro traço distintivo é a presença de um par de espinhos nas pernas dianteiras.
As fêmeas, logo após emergirem, alimentam-se do pólen por 3 a 5 dias e, em seguida, iniciam a postura nos botões florais, flores e maçãs do algodoeiro. Como consequência, os botões perfurados ficam abertos e podem chegar a cair. Já as flores demonstram o aspecto de “balão”, enquanto as fibras e sementes são destruídas. As maçãs do algodoeiro apresentam abertura anormal e perfurações externas, prejudicando seriamente a produção.
Como realizar o manejo do bicudo do algodoeiro?
Para evitar prejuízos significativos, o manejo integrado do bicudo do algodoeiro deve ser planejado de forma regionalizada e não apenas pontual. Ou seja, é essencial que os agricultores da mesma região adotem ações conjuntas para que os resultados não sejam comprometidos.
“O manejo químico continua sendo a principal arma do produtor para controlar o bicudo, devendo estar associado ao manejo adequado da safra e da entressafra”.
Quando o assunto é o controle do bicudo do algodoeiro, Curbix® é a melhor opção para o momento. “Curbix® é um fenilpirazol, inseticida pertencente do grupo 2B, que age tanto por contato quanto por ingestão. Esse é um de seus grandes diferenciais, já que a maioria dos outros produtos atua apenas por contato. Essa característica aumenta consideravelmente a eficiência no controle dessa praga”, explica Daniel Hernandez, Gerente de Marketing Algodão Brasil.
Com Curbix®, os produtores obtêm um efeito de choque aliado a um longo período de controle. “Por apresentar uma ação muito consistente contra o bicudo, ao ser contaminado, o inseto é rapidamente controlado em um curto espaço de tempo, o que é fundamental no manejo de uma praga tão agressiva nos algodoeiros”, complementa o profissional da Bayer.
Outras dicas para o controle do bicudo do algodoeiro
Uma dica importante para o manejo do bicudo é a destruição das soqueiras após a colheita. O uso de herbicidas dessecantes no pós-colheita ajuda a evitar o surgimento de tigueras de algodão ou de “pontes verdes”, que poderiam servir de alimento e abrigo para o bicudo do algodoeiro.
Além disso, o cumprimento do vazio sanitário deve ser respeitado nas propriedades, visando reduzir a pressão da praga na safra seguinte. Durante esse período, que varia entre 60 e 90 dias, é proibida a presença de plantas de algodão no campo, impedindo a reprodução do bicudo durante a entressafra e protegendo os algodoeiros da próxima temporada.