Daninhas no algodão: como evitar esse problema
Elas afetam a produção e interferem na qualidade das fibras do algodoeiro. Confira as melhores estratégias para fazer o controle dessas plantas invasorasO cultivo de algodão em larga escala só se tornou viável, entre outros motivos, por conta dos avanços tecnológicos no manejo de plantas daninhas. A introdução de variedades de algodoeiros resistentes a herbicidas trouxe uma transformação significativa para a cotonicultura no Brasil, oferecendo mais facilidade e opções no controle dessas plantas.
Por outro lado, o algodoeiro é uma das culturas mais vulneráveis à competição com plantas daninhas. "O algodoeiro tem um crescimento muito lento, por isso, a planta se preocupa em formar raízes e pouca parte aérea, tornando-se pouco competitiva. Assim, se as plantas daninhas não forem controladas, podem interferir em até 90% da produção do algodão", conta o engenheiro agrônomo Pedro Christoffoleti.
Essa interferência se dá principalmente pela disputa por água, luz e nutrientes, além da liberação de substâncias alelopáticas e do aumento na proliferação de pragas, doenças e nematóides.
Algumas plantas daninhas também podem dificultar a colheita do algodão com destaque para a corda-de-viola e apaga-fogo.
Outras espécies ainda podem desvalorizar a qualidade da fibra colhida, em decorrência da presença de impurezas e umidade que plantas daninhas como o carrapicho-de-carneiro, o picão-preto e o capim-carrapicho transmitem para a fibra do algodão.
Quando fazer o manejo das daninhas?
Durante a fase inicial de desenvolvimento do algodoeiro, as plantas daninhas podem comprometer significativamente o crescimento e o vigor das plantas, resultando em queda na produtividade. "É preciso manejar as plantas daninhas no algodoeiro durante um período de pelo menos 40 a 50 dias, o que exige medidas efetivas de controle e herbicidas de longo residual", acrescenta o engenheiro agrônomo.
Portanto, é crucial manter o algodoeiro livre da competição com essas plantas por pelo menos 20 a 50 dias após a emergência. Isso ocorre porque o algodão cresce lentamente no início, ao contrário das plantas daninhas que têm um crescimento rápido, com algumas espécies completando seu ciclo em apenas um mês após a germinação.
Dessa forma, um programa eficaz de manejo de plantas daninhas na cultura do algodão deve combinar diferentes estratégias, tanto para evitar a competição por recursos essenciais durante o período crítico de interferência, como para garantir que a colheita ocorra sem que essas plantas gerem problemas.
Técnicas para o manejo integrado no algodão
O manejo integrado de plantas daninhas, lançando mão de diversas técnicas, é essencial para alcançar bons resultados nas lavouras de algodão.
Os principais são:
1. Método preventivo: realizado a fim de evitar a entrada de plantas daninhas em áreas sem infestação, com uso de sementes certificadas e tratadas, limpeza de máquinas e implementos, bem como controle das invasoras na pós-colheita, evitando a formação do banco de sementes
2. Método cultural: manejo adequado do algodoeiro para fornecer condições favoráveis ao desenvolvimento da cultura, como:
Manejo pré-plantio;
Correção e adubação do solo;
Rotação de culturas que impossibilita o uso de diferentes mecanismos de ação de herbicidas;
Cobertura do solo com manutenção de palhada;
Plantio com espaçamento e densidade populacional adequados;
Uso de cultivares com alta tecnologia e semeadas na época adequada para diferentes regiões.
Sementes Deltapine: biotecnologia que preserva o potencial produtivo
As sementes Deltapine possuem a biotecnologia Bollgard 3 XtendFlex®, embarcada para preservar o seu potencial produtivo e que possibilitam a combinação com o manejo pré e pós-emergência de glifosato.
"É possível fazer a dessecação utilizando o Xtendicam® com Xtend® Protect 2, associado ao Roundup Transorb® R, durante o momento da dessecação. Isso é possível por causa da tolerância do algodão ao herbicida dicamba até o dia do plantio. Assim, não é preciso esperar nenhum intervalo para o plantio do algodão ao utilizar essa ferramenta para o manejo de folhas largas", explica Marcel Melo, Gerente de Desenvolvimento de Mercado para Herbicidas, na Bayer.
Além disso, a tecnologia traz mais flexibilidade no manejo de plantas daninhas com tolerância estendida aos principais herbicidas: , glifosato e glufosinato.
Bollgard 3 XtendfFlex® protege contra as principais lagartas do algodoeiro, incluindo a Helicoverpa armigera e o complexo Spodoptera.