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Ervas-daninhas no algodão: como evitar esse problema?

As ervas daninhas afetam a produção de algodão e comprometem a qualidade das fibras do algodoeiro. Confira as melhores estratégias para o controle eficiente dessas plantas invasoras.
29 de outubro de 2024 /// 8 minutos de leitura

O cultivo de algodão em larga escala só se tornou viável, entre outros motivos, graças aos avanços tecnológicos no manejo de plantas daninhas. A introdução de variedades de algodoeiro resistentes a herbicidas representou uma transformação significativa para a cotonicultura no Brasil, oferecendo mais facilidade e opções no controle das ervas daninhas indesejadas.

Por outro lado, o algodoeiro é uma das culturas mais vulneráveis à competição com ervas daninhas. “O algodoeiro apresenta crescimento inicial muito lento; a planta prioriza a formação de raízes e pouca parte aérea, tornando-se pouco competitiva. Assim, se as ervas daninhas não forem controladas, podem reduzir em até 90% a produção de algodão”, explica o engenheiro agrônomo Pedro Christoffoleti.

Essa interferência ocorre principalmente pela disputa por água, luz e nutrientes, pela liberação de substâncias alelopáticas e pelo favorecimento à proliferação de pragas, doenças e nematóides.

Algumas ervas daninhas, como a corda-de-viola e o apaga-fogo, também dificultam a colheita do algodão.

Outras espécies, como o carrapicho-de-carneiro, o picão-preto e o capim-carrapicho, comprometem a qualidade da fibra colhida, devido à presença de impurezas e à umidade que transferem para o algodão..


Quando fazer o manejo das ervas daninhas?


Durante a fase inicial de desenvolvimento do algodoeiro, a presença de ervas daninhas pode comprometer significativamente o crescimento e o vigor das plantas, resultando em queda na produtividade. “É preciso manejar as plantas daninhas no algodoeiro durante um período mínimo de 40 a 50 dias, utilizando medidas efetivas de controle e herbicidas de longo residual”, acrescenta o engenheiro agrônomo Pedro Christoffoleti.

Portanto, é crucial manter o algodoeiro livre da competição com erva daninha por, no mínimo, 20 a 50 dias após a emergência. Isso se deve ao fato de que o algodão cresce lentamente no início, enquanto muitas ervas daninhas apresentam crescimento acelerado, sendo que algumas espécies completam seu ciclo em apenas um mês após a germinação.

Por isso, compreender o que é erva daninha e o impacto que ela causa no algodoeiro é essencial. Um programa eficaz de manejo das plantas daninhas na cultura do algodão deve combinar diferentes estratégias, tanto para evitar a competição por recursos essenciais durante o período crítico de interferência, quanto para garantir que a colheita ocorra sem que essas espécies prejudiquem a qualidade da fibra ou dificultem a operação das máquinas..


Técnicas para o manejo integrado das ervas daninhas no algodão


O manejo integrado de ervas daninhas, que combina diferentes técnicas, é essencial para garantir bons resultados nas lavouras de algodão e preservar a qualidade da produção.

As principais abordagens são:

  1. Método preventivo: voltado para evitar a entrada de ervas daninhas em áreas ainda livres de infestação. Envolve o uso de sementes certificadas e tratadas, a limpeza de máquinas e implementos agrícolas, além do controle das plantas invasoras no período pós-colheita, prevenindo a formação do banco de sementes no solo.
  2. Método cultural: manejo adequado do algodoeiro para fornecer condições favoráveis ao desenvolvimento da cultura, reduzindo a competitividade das ervas daninhas. Entre as principais ações estão:
  • Manejo pré-plantio;
  • Correção e adubação do solo;
  • Rotação de culturas, que impossibilita o uso de diferentes mecanismos de ação de herbicidas;
  • Cobertura do solo e manutenção da palhada;Plantio com espaçamento e densidade populacional adequados;
  • Uso de cultivares de alta tecnologia, semeadas na época ideal para cada região..

Sementes Deltapine: biotecnologia que preserva o potencial produtivo


As sementes Deltapine contam com a biotecnologia Bollgard 3 XtendFlex®, desenvolvida para preservar o potencial produtivo do algodão e oferecer maior flexibilidade no manejo pré e pós-emergência de glifosato.

"É possível realizar a dessecação utilizando Xtendicam® com Xtend® Protect 2, associado ao Roundup Transorb® R, no momento da dessecação. Isso é possível graças à tolerância do algodão ao herbicida dicamba até o dia do plantio. Assim, não é preciso esperar nenhum intervalo para o plantio do algodão ao utilizar essa ferramenta para o manejo de folhas largas", explica Marcel Melo, gerente de Desenvolvimento de Mercado para Herbicidas da Bayer.

Além disso, a tecnologia traz mais flexibilidade no manejo de ervas daninhas com tolerância estendida aos principais herbicidas: , glifosato e glufosinato.

O Bollgard® 3 XtendFlex® também oferece proteção contra as principais lagartas do algodoeiro, incluindo Helicoverpa armigera e o complexo Spodoptera, ajudando a manter o equilíbrio produtivo mesmo em lavouras com alta pressão de pragas e ervas daninhas.

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