Como será a produção do agro em 10 anos?

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou um relatório que mostra como deve ser o crescimento do agro nos próximos 10 anos. 

O destaque fica por conta das estimativas para o Brasil, com aumento na produção e participação nas vendas externas de commodities agrícolas.

Na soja, as exportações brasileiras devem aumentar quase 32% em 10 anos, atingindo 133 milhões de toneladas na safra 2033/2034. 

O market share deve passar de 57% para mais de 60%, fortalecendo a posição do país como o principal exportador mundial de soja.

Segundo a agência americana, a produção de soja continua sendo mais lucrativa do que outras culturas em grande parte das áreas do Brasil. É esperado que a taxa de crescimento da área plantada com a oleaginosa aumente constantemente nos próximos anos.

Produção de milho ganhará mais tração

Para o milho, as vendas externas devem aumentar mais de 30% até 2033/2034, alcançando mais de 77 milhões de toneladas. A participação do Brasil nas exportações mundiais deve passar de 30% para quase 33%. 

Enquanto isso, os Estados Unidos e a Argentina, segundo e terceiro maiores exportadores do cereal, devem crescer em ritmo mais lento no período, com 21,9% e 14,4% de aumento. 

De acordo com o estudo, o crescimento das exportações brasileiras continua associado à expansão de novas áreas na região Centro-Oeste do país. O timing da colheita da segunda safra de milho impulsiona as exportações, representando uma vantagem competitiva em relação aos países do Hemisfério Norte.

Exportações de algodão em alta

No algodão, as exportações devem atingir taxa de crescimento anual de 3,1%, resultando em mais de 3,2 milhões de toneladas na próxima década. 

O Brasil tornou-se o segundo maior exportador de algodão do mundo em 2018/19, ultrapassando a Índia, e deve permanecer em segundo lugar até 2033/2034, atrás apenas dos Estados Unidos.

Além das estimativas positivas para a soja, milho e algodão, o professor Marcos Fava Neves destaca a produção de carne bovina, que deve chegar a 28,9% no período; a de frango, com 40,7%; e a de suínos, com 18,5%. Esse crescimento também acaba puxando a produção de grãos.

"São números excelentes que vão representar muito investimento, desenvolvimento e inclusão social a partir da geração de empregos que toda essa produção vai trazer", comenta o Doutor Agro.

Giro de notícias

O plantio do milho safrinha alcançou 73% da área total estimada para a temporada 2023/2024 no Centro-Sul do país. Na semana anterior, o avanço era de 59% e, no mesmo período do ano anterior, o resultado era de 56%.

Os preços de insumos tiveram queda no Brasil. Os fertilizantes começaram o ano com preços até 40% mais baixos do que em 2023. Os preços das rações e suplementos também retraíram.

Além disso, houve queda no volume de laranja da temporada 2023/2024. As chuvas frequentes atrapalham as operações de colheita no campo, o que reforça a alta dos preços.

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