Blog do Agro

Mancha-alvo no algodão: como fazer o controle?

Saiba como evitar as doenças foliares mancha-alvo e a ramulária no seu algodoeiro.
31 de dezembro de 2024 /// 11 minutos de leitura

A mancha de ramulária (Ramularia areola) é uma das principais doenças que afetam o cultivo do algodão. Também conhecida como míldio, falso oídio ou mancha branca, essa doença é causada por um fungo presente em todas as regiões produtoras de algodão no mundo.

Em áreas de alta umidade, como o Cerrado brasileiro, que concentra quase a totalidade da produção nacional de algodão, as condições climáticas favorecem ainda mais o desenvolvimento do patógeno.

Além disso, a doença era geralmente observada apenas no final do ciclo da planta, causando danos econômicos limitados. No entanto, a mancha de ramulária passou a representar uma das principais ameaças fitopatológicas à cultura do algodão no Brasil, podendo reduzir a produtividade da lavoura em até 35%.


Sintomas da mancha ramulária para ficar de olho!


Os sintomas da mancha de ramulária aparecem em ambas as faces das folhas, começando com lesões de formato angular ou irregular, delimitadas pelas nervuras. Essas lesões apresentam coloração esbranquiçada e aspecto pulverulento, resultado da esporulação do fungo, especialmente visível na face inferior da folha. A atividade do patógeno provoca necrose no tecido logo abaixo da cama de esporos.

A propagação do inóculo nas áreas infectadas pode ser intensificada pelo vento, que transporta os esporos a partir de lesões em folhas mais velhas, bem como pelo trânsito de máquinas agrícolas na lavoura.

Em casos mais severos, a doença pode causar desfolha precoce nas plantas. Quando essa perda de folhas ocorre durante a fase de formação das maçãs, compromete a produção do terço superior da planta, reduzindo o desenvolvimento das estruturas reprodutivas já formadas e induzindo a abertura antecipada dos capulhos. O resultado são perdas significativas na produtividade e prejuízos na qualidade da fibra.


Como a mancha-alvo ataca o algodão?


A mancha-alvo (Corynespora cassiicola) é outro problema relevante no cultivo do algodão. Esse fungo possui amplo espectro de hospedeiros, infectando mais de 500 espécies de plantas, como soja, mamão, tomate, feijão, crotalária e diversas plantas daninhas. Sua capacidade de sobrevivência nos restos culturais e de transitar entre diferentes culturas durante o período de entressafra agrava o desafio do seu controle.

Os primeiros sintomas da infecção se manifestam como pequenas manchas circulares nas folhas, com um halo amarelado ao redor e um ponto preto central. À medida que a lesão evolui, passa a apresentar a aparência típica de um alvo, característica que dá nome à doença.

Condições de alta precipitação e umidade relativa do ar acima de 80% criam um ambiente ideal para o aparecimento das primeiras lesões da mancha alvo no algodão. Além disso, lavouras com alta densidade de plantas de algodão e menor espaçamento entre elas tornam-se mais suscetíveis ao avanço da doença.


Mantenha a lavoura livre da mancha-alvo no algodão


Diversas ações podem ser adotadas pelos produtores para proteger a lavoura contra o ataque de patógenos, como os causadores da mancha-alvo no algodão e da ramulária.

Entre as principais estratégias recomendadas, destacam-se:


  • Realizar o monitoramento contínuo da lavoura, especialmente em períodos de alta umidade e muitas chuvas;
  • Praticar a rotação de culturas com plantas não hospedeiras;
  • Controlar e/ou eliminar a soqueira ao final do ciclo, evitando que ela se torne fonte de inóculo para a próxima safra;
  • Utilizar cultivares resistentes, principalmente em regiões com clima favorável ao desenvolvimento da mancha-alvo em algodão e com histórico da doença;
  • Planejar uma lavoura mais aerada, adotando reguladores de crescimento e práticas de manejo que favoreçam a ventilação entre as plantas;
  • Reduzir a densidade populacional, com menor número de plantas por hectare e maior espaçamento entrelinhas;
  • Aplicar fungicidas de forma eficaz, com início das pulverizações logo após o surgimento dos primeiros sintomas da mancha-alvo algodão.

Fox Xpro: o aliado contra doenças fúngicas no algodão


Fox® Xpro é o parceiro ideal no manejo de doenças fúngicas, como a mancha-alvo no algodão e a mancha ramulária. Com três modos de ação e três ingredientes ativos, o produto atua em diferentes fases do ciclo de vida dos fungos, promovendo sanidade e proteção às plantas de algodão ao longo do ciclo da cultura.

Fox® Xpro contém três moléculas: protioconazol, que revolucionou o manejo de doenças e apresenta uma concentração ideal para aplicações nas doses recomendadas pela Bayer; bixafen, a carboxamida exclusiva de Fox® Xpro; e, para complementar, a trifloxistrobina. Ou seja, são 3 mecanismos de ação em doses suficientes para o controle dessas doenças”, explica Felipe Stefaroli, Gerente de Culturas de Algodão, Feijão e Soja na Bayer.

Além disso, Fox® Xpro conta com a tecnologia Leafshield, que proporciona flexibilidade ao produtor no momento da aplicação, mesmo em condições climáticas adversas. Essa tecnologia garante a absorção de 80% do produto em até uma hora, aumentando a eficiência da aplicação e tornando-se um importante componente dentro de uma estratégia de controle da mancha-alvo no algodão.

exclusivo para usuários logadosArtigos com seus temas de interesseRealize seu login para escolher os temas de seu maior interesse. Você poderá acessá-los a qualquer momento, sem perder de vista nenhum conteúdo de relevância pra você.