Controle o percevejo-barriga-verde no milho!
Descubra as melhores estratégias para combater o percevejo barriga-verde, uma praga que pode comprometer o desenvolvimento das plantas e gerar grandes prejuízos à lavoura de milho.As pragas iniciais merecem atenção especial em qualquer lavoura, pois podem reduzir o número de plantas por área e comprometer diretamente a produtividade. No caso do milho, entre os percevejos que atacam a cultura, o percevejo-barriga-verde é o que apresenta maior potencial de causar danos.
Embora o plantio direto traga inúmeros benefícios ao sistema de cultivo, ele também favorece a reprodução dessa praga.
“O percevejo barriga-verde no milho utiliza a palhada para se desenvolver e se proteger, aumentando sua sobrevivência no campo. Por isso, é preciso estar atento já na fase de dessecação e adotar medidas de controle para evitar populações elevadas no momento mais suscetível da cultura do milho, que é o seu desenvolvimento inicial”, explica Glauber Stürmer, pesquisador de entomologia da Cooperativa Central Gaúcha.
Danos causados pelo percevejo barriga-verde
O percevejo barriga-verde suga a seiva da base do colmo e injeta toxinas nas plantas. Ao serem atacadas, essas plantas emitem perfilhos e desenvolvem folhas deformadas e retorcidas. Esse processo pode provocar murchamento — conhecido como sintoma de “coração morto” — e o consequente secamento das folhas.
Durante a alimentação, o percevejo barriga-verde deixa rastros nas folhas, como perfurações arredondadas dispostas transversalmente às nervuras. Esses danos comprometem o crescimento da cultura, resultando em plantas menores, sombreadas e improdutivas, muitas vezes sem espigas ou com espigas muito pequenas.
“É fundamental proteger a lavoura de milho até a planta atingir 1,5 cm de diâmetro de colmo, período em que o percevejo-barriga-verde pode causar grandes prejuízos. A proteção deve começar já na primeira aplicação do palito, e a reinfestação precisa ser monitorada. Assim que a lavoura atingir a média de um percevejo por metro quadrado, é preciso realizar nova aplicação”, explica Anildo Betencourt, profissional do time de Marketing da área de Inseticidas da Bayer.
Como acabar com o percevejo barriga-verde? Monitoramento e manejo da praga
Para identificar a presença do percevejo barriga-verde na lavoura, é necessário observar atentamente suas características físicas.
O inseto mede em torno de 10 milímetros, possui abdômen verde e dorso marrom-claro, com um triângulo ao centro. Na parte superior do corpo, atrás da cabeça, observam-se espinhos laterais, e sua cabeça apresenta formato triangular. Quando adulto, conta com seis patas e pequenas asas que ficam parcialmente escondidas no dorso.
Como o percevejo barriga-verde ataca principalmente culturas jovens recém-germinadas, o tratamento de sementes é uma medida fortemente recomendada. O produtor deve manter atenção redobrada ao monitoramento durante e após a emergência das plantas, já que o período crítico da presença do percevejo barriga-verde no milho ocorre entre a emergência e o estádio V5, quando cinco folhas estão completamente expandidas.
“Indicamos um posicionamento de palito, que corresponde ao momento inicial de emergência da cultura, considerado o mais crítico. Nosso foco é sempre reduzir a população da praga e conter os danos que, muitas vezes, não são visíveis no início, mas que depois resultam em plantas raquíticas e com espigas pequenas ou improdutivas”, alerta o pesquisador de entomologia.
Percevejo barriga-verde: tática de manejo integrado no sistema soja-milho
No sistema soja-milho, o cuidado com o manejo deve começar ainda mais cedo, durante a fase final da soja, quando as populações do percevejo barriga-verde podem estar elevadas. Com o curto período de entressafra, esses insetos tendem a se abrigar na palhada ou em plantas daninhas hospedeiras, que funcionam como pontes verdes e favorecem sua sobrevivência até o estabelecimento da cultura seguinte.
Por isso, uma prática importante de manejo é a dessecação da área e o controle das plantas daninhas na entressafra, interrompendo esse ciclo de abrigo e reduzindo a pressão inicial sobre o milho.
Em regiões de alta pressão, o ataque do percevejo barriga-verde pode se prolongar além do estádio V4. Nesses casos, o monitoramento deve ser mantido até V6, com aplicações que utilizem inseticidas de efeito de choque e residual. Dessa forma, a planta permanece protegida por mais tempo e menos suscetível a novas infestações.
Para esse momento, a Bayer disponibiliza Curbix®, um inseticida de contato e ingestão à base de etiprole, molécula inédita para o milho. Trata-se de uma ferramenta valiosa no controle de percevejo barriga-verde, oferecendo efeito de choque imediato e proteção prolongada às culturas.
“Curbix® é reconhecido por sua residualidade, devido à alta persistência no tecido verde da planta. Quando o milho atinge de duas a três folhas, já possui tecido suficiente para acumular o princípio ativo em níveis letais ao percevejo. Por isso, aplicações nos estádios V2 e V3 são fundamentais, e Curbix® garante grande valor nesse período crítico”, explica um profissional da Bayer.
Além disso, outras estratégias complementares de manejo integrado do percevejo barriga-verde no milho incluem:
- Rotação de culturas;
- Plantio em épocas menos favoráveis à praga;
- Utilização de híbridos adaptados ao local;
- Fertilização compatível para aumentar a tolerância das plantas;
- Controle biológico com parasitóides e entomopatógenos, entre outras práticas.