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Os números positivos da safra de algodão e as expectativas para o mercado de flores

O cenário favorável deve proporcionar crescimento de 15% na produção de algodão. Já a venda de flores pode aumentar 12% com a retomada dos eventos. Confira essas e mais notícias do agro18 de julho de 2022 /// 3 minutos de leitura

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) trouxe atualizações para o setor de algodão, indicando que a área plantada de algodão deve crescer 12,1% neste ciclo, superando 1,5 milhão de hectares. Como consequência, a produção também deve ser maior, chegando aos 2,7 milhões de toneladas de pluma, alta de 15% em comparação com o ciclo passado.

Alguns dos fatores que explicam o aumento no cultivo do algodão incluem os preços favoráveis da pluma no mercado externo, a cotação do dólar em patamares elevados e as condições meteorológicas favoráveis para a cultura.

Com este cenário, a primeira estimativa de valor bruto da produção do algodão em 2022, divulgada nesta semana pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), indica uma renda no campo de mais de 38 bilhões de reais, um crescimento de 35%.

No campo, as operações de plantio estão praticamente finalizadas. Até o dia 12 de fevereiro, a Conab indicou que 97,4% das áreas de algodão já haviam sido plantadas, um avanço de quase 7 pontos percentuais na comparação com a mesma data da safra passada.

O professor Marcos Fava Neves destaca que, além dos números positivos já mencionados, o USDA também indica que o consumo mundial de algodão será recorde, com 27,11 milhões de toneladas, ou seja, 20% a mais que nos anos de 2019 e 2020.

Além disso, por conta das melhores condições do clima e dos maiores investimentos no campo, a produtividade deve crescer e alguns produtores apostam em ganhos de eficiência de até 20% este ano.

Expectativas para o setor de flores são promissoras

Recentemente, o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) divulgou que prevê um crescimento de 12% nas vendas de flores em 2022, na comparação com o ano passado, por conta da retomada dos eventos presenciais como festas e casamentos. Ainda segundo o instituto, o desempenho já havia sido positivo em 2021, com crescimento de 15% com a retomada econômica.

O professor do Departamento de Produção Vegetal da Esalq/USP, Paulo Hercílio Viegas Rodrigues, fala sobre como o setor superou os impactos da pandemia. De acordo com ele, a floricultura teve que se reinventar com as vendas online. "A parte de logística e pós-colheita melhorou a qualidade e conseguiu atender a esses consumidores. Os supermercados também continuaram como uma via de acesso aos produtos", acrescenta o professor.

Para ele, as expectativas para 2022 são promissoras, já que existe uma demanda reprimida relacionada aos eventos. Agora, com a volta desses eventos, Paulo acredita que ocorrerá um aquecimento, principalmente para o mercado das flores de corte, o mais prejudicado durante a pandemia.

"A floricultura é uma das atividades da agricultura mais tecnificada e o produto é perecível. O Brasil, como um país continental, apresenta problemas de logística. Além disso, a floricultura convive com muitas pragas e doenças, e existe uma carência de produtos registrados. O Ministério da Agricultura tem feito um trabalho sério para tentar regulamentar novos produtos para o uso da floricultura, isso tem ajudado bastante a atividade a se regulamentar e a colocar produtos de qualidade no mercado", completa Paulo.

Top 3 de notícias do agro

As exportações do agronegócio bateram novo recorde em janeiro, com receitas de 8,8 bilhões de dólares. O desempenho é quase 60% maior que o registrado no mesmo mês do ano passado (fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

Além disso, as operações com os grãosseguem em ritmo acelerado. Até o dia 12 de fevereiro, a colheita da soja havia alcançado 25% das áreas, contra 10,1% na mesma data de 2021. O plantio do milho safrinha está em 35,1%; há um ano, era de 10,2% (fonte: Companhia Nacional de Abastecimento).

Já a produção de amendoim deverá ser 17,4% maior na safra 2021/22, com uma oferta de 700 mil toneladas do grão. O estado de São Paulo é o maior produtor e responde sozinho por quase 92% deste volume (fonte: Conab).

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Para a próxima semana, o DoutorAgro recomenda ficar de olho nos rendimentos na colheita da soja, na velocidade do plantio de milho, no impacto do clima, além da trinca entre insumos, câmbio e preços e, por fim, a tensão geopolítica entre Rússia e Ucrânia.

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