Safra de algodão: como se preparar para negociações comerciais

25 de julho de 2022


O Brasil abriga uma das principais cadeias produtivas de algodão. A atividade, além de apresentar dados de alta rentabilidade, é responsável por empregar milhões de pessoas e movimentar os setores de moda e vestuário, decoração, entre outros.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), atualmente, no país, são cultivados mais de 800 mil hectares de algodão. Isso faz com que a gente esteja entre os 5 maiores produtores do mundo.

Diante desse cenário, é natural que os produtores se questionem a respeito do que esperar da safra de algodão a cada ano. Você sabe como se preparar para as negociações comerciais em 2021?

Continue a leitura para acompanhar as novidades do setor e avaliar os melhores cenários de comercialização desse importante produto agrícola.


Cenário atual

De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA), a safra 2020/21 conta com os seguintes dados:

Área plantada: 1.378,50 ha x 1.000
Produção Pluma: 2.441,90 toneladas
Produção Algodão Caroço: 5.999,50 toneladas

Em relação à colheita, de acordo com a ABRAPA, até o dia 10 de junho de 2021, os dados obtidos foram os seguintes: MG (5%), MS (3%), SP (60%) e PR (70%). O total de algodão colhido no país corresponde, até o momento, 0,4%.

No quesito exportação, nós também temos avançado de forma considerável, sendo o segundo maior exportador do mundo. Segundo a Associação, foram exportadas 100.612 toneladas de algodão em pluma em junho, 77% acima do mesmo mês de 2020.

O volume embarcado em toda safra 20/21 chegue a um novo recorde de 2,4 milhões de toneladas. Em valor, a safra atual já soma U$ 3,67 bi.

Como já mencionamos, o Brasil é o segundo maior exportador e um dos principais produtores de algodão e, atualmente, ocupa o quinto lugar. Estamos ao lado dos Estados Unidos, Paquistão, China e Índia.

Vale dizer que, no quesito sequeiro, ocupamos o primeiro lugar no pódio. Isso sem contar que temos papel de extrema importância quando o assunto é exportação. Tudo isso faz com que as expectativas da safra de algodão sejam promissoras.


Parceria com a China


A China, que lidera o ranking de produção de algodão, tem lidado com dificuldades para suprir a demanda interna. Esse fato coloca o Brasil em um cenário favorável e vamos explicar o porquê.

O país oriental necessita importar a fibra de outros países, já que o algodão é matéria-prima para a confecção de uma série de produtos de fabricação chinesa. Segundo a ABRAPA, a China espera 8,6 milhões de toneladas em 2021.

Esse montante é maior do que a produção interna, que contabiliza 6,4 milhões de toneladas. É justamente para complementar a demanda que o Brasil entra em cena.

Ao que tudo indica, a parceria com a CNCE (China National Cotton Exchange), instituição que representa 5000 compradores de algodão na China, aquecerá ainda mais o mercado de algodão produzido aqui.

Vale lembrar que o Brasil já era parceiro comercial da China e é identificado como o segundo maior fornecedor do insumo para o país asiático. Portanto, as expectativas são positivas e servem como estímulo à ampliação do cultivo.


Elementos que determinam bons cenários de negociação comercial


Atualmente, o Brasil é o segundo maior fornecedor da China. O memorando de entendimento firmado na última quarta-feira (2) prevê a realização conjunta de eventos binacionais e, principalmente, a construção de um ambiente inteligente de negócios.


Sustentabilidade

As atividades agrícolas que compõem a produção de algodão no Brasil estão na lista das medidas mais sustentáveis do país. Isso é resultado da preocupação dos produtores com boas práticas socioambientais.


Custo de produção

Mesmo diante de um contexto de competição com as fibras sintéticas, o algodão mantém seu lugar de relevância. Isso pode ser comprovado pelo crescimento de área plantada e produtividade.

Em 2020, mesmo com a pandemia, o país atingiu o recorde da exportação de pluma. Para 2021, espera-se o aumento de 12,8% em relação ao ano passado. Com o estreitamento das relações comerciais com a China, o número pode ser ainda maior.


Condições ambientais e climáticas favoráveis

Com o clima mais seco, as atividades de colheita de algodão em diversas regiões do país estão sendo desenvolvidas de acordo com o previsto no planejamento de safra.

Em Minas Gerais e Espírito Santo, mesmo com a previsão de chuva, as atividades não serão prejudicadas. Em linhas gerais, o tempo favorecerá toda a gama produtora.

A boa notícia é que, de acordo com a ABRAPA, as primeiras análises da colheita indicam algodão de qualidade premium. Esse fator é mais um ponto positivo para o produtor, que tende a comercializar o produto com foco em lucros ainda maiores.

E você, está preparado para rentabilizar nesta safra de algodão? Conte com as soluções da Agro Bayer para manter a qualidade da sua cultura.