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Greening: entenda o impacto da doença nos pomares de citros

Descubra o que é o greening dos citros, como ele afeta plantações de laranja e limão, e conheça as estratégias de manejo mais eficazes para controlar essa doença.
10 de julho de 2025 /// 2 minutos de leitura

Greening, do inglês "to green" (esverdear), é o nome atribuído à doença bacteriana que afeta as plantações de citros,causando maturação desigual dos frutos, que permanecem esverdeados em algumas partes, mesmo após o tempo normal de colheita.

Trata-se de uma das doenças mais graves da citricultura, uma vez que o greening dos citros ainda não possui cura e pode acometer todos os tipos de citros. Em plantas jovens, impede completamente a produção de frutos. Já em árvores adultas, os sintomas incluem amarelamento das folhas, queda prematura de frutos, deformações e, em estágios avançados, a morte da planta, resultando em grandes prejuízos econômicos e na redução da qualidade dos frutos.


Como o greening se espalha?


O greening dos citros é uma doença causada por bactérias transmitidas por um pequeno inseto chamado psilídeo, que mede entre 2 e 3 milímetros. Apesar de seu tamanho reduzido, ele é altamente eficiente na disseminação da bactéria e pode voar por longas distâncias, favorecendo a contaminação rápida, principalmente nas bordas dos pomares, onde geralmente se concentram as plantas mais jovens.

Uma única planta infectada pode originar milhares de psilídeos contaminados, o que transforma o controle do greening em um grande desafio. Por isso, entender como o greening se espalha é fundamental para desenvolver estratégias de manejo eficazes.

Psilídeo em uma folha verde, o inseto causa a doença laranja greening.
Psilídeo

Manejo do greening: como proteger seu pomar


O manejo do greening exige um conjunto de práticas integradas. A seguir, conheça as principais estratégias para controlar a doença e evitar sua disseminação:

1. Plantio com mudas sadias

Utilize exclusivamente mudas certificadas, produzidas em viveiros protegidos e fiscalizados. Isso garante que o pomar inicie livre da bactéria causadora do greening.

2. Estímulo ao crescimento saudável

Adote práticas que aceleram o desenvolvimento das plantas, fortalecendo sua resistência, como:

Adubação correta

Irrigação eficiente

Plantio adensado

• Uso de mudas com pernadas

• Tratos culturais regulares

3. Manejo intensificado nas bordas

Como cerca de 70% a 80% dos psilídeos se concentram nas bordas dos talhões, recomenda-se realizar pulverizações frequentes (a cada 7 a 14 dias) nessas áreas, prevenindo a entrada e disseminação do inseto.

4. Inspeção e erradicação de plantas doentes

A identificação dos sintomas do greening deve ser intensificada no período entre fevereiro e julho, quando os sinais se tornam mais evidentes. As plantas contaminadas devem ser removidas imediatamente, evitando a propagação da infecção para o restante do pomar.

5. Monitoramento contínuo do psilídeo

É essencial detectar o momento exato da chegada do inseto ao pomar, permitindo ajustar o cronograma de pulverizações, otimizando tempo, insumos e recursos.

6. Controle químico

A aplicação de inseticidas específicos é crucial para proteger plantas novas e reduzir o avanço do greening. Esse controle químico deve ser planejado e acompanhado por técnicos especializados, respeitando as recomendações agronômicas e ambientais.


Sivanto Prime: inovação no controle do psilídeo


A Bayer disponibiliza uma solução moderna e eficaz para o controle do psilídeo, principal inseto da doença de greening (greening of citrus): o Sivanto Prime. Com um modo de ação diferenciado, o produto atua diretamente no sistema nervoso da praga em diferentes estágios de vida, incluindo formas jovens e adultas.

De formulação líquida solúvel, o Sivanto Prime apresenta alta capacidade de absorção e excelente dispersão foliar. Pertencente ao grupo químico exclusivo dos butenolides, ele é especialmente indicado para o controle de ninfas, estágio inicial do psilídeo. “Além disso, o produto proporciona maior cobertura na aplicação, com flexibilidade de uso tanto foliar quanto no solo. Trata-se de uma solução segura para polinizadores e insetos benéficos, inclusive com possibilidade de aplicação aérea”, destaca Leonardo Turco, Líder de Marketing para Citros da Bayer.

O especialista reforça que o início das brotações é o momento ideal para a aplicação do Sivanto Prime, já que coincide com o surgimento das ninfas do psilídeo. Isso garante maior eficiência no controle populacional da praga, prevenindo o avanço do greening.

Com tecnologia desenvolvida ao longo de mais de 15 anos de pesquisa, o Sivanto Prime representa uma ferramenta poderosa na rotação de ativos no manejo do greening, fortalecendo as estratégias de combate à doença e protegendo o futuro da produção.


Manejo regional: o papel coletivo no combate ao greening


Além das ações implementadas dentro das propriedades, o manejo regional do greening é essencial para o controle efetivo da doença. A coordenação entre citricultores vizinhos é indispensável para evitar que o psilídeo migre de uma área contaminada para outra ainda saudável, comprometendo o controle local.

Recomenda-se a realização de um mapeamento detalhado das áreas infectadas, com estratégias de controle dos focos do vetor em um raio de até 5 km ao redor dos pomares, abrangendo diferentes propriedades e regiões produtoras.

O greening é uma das mais graves ameaças à citricultura. No entanto, com o uso de tecnologias inovadoras, aliadas a um manejo integrado e regionalizado, é possível conter sua disseminação, proteger os pomares e preservar a sustentabilidade da produção de citros no Brasil.

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