Psilídeo: manejo na citricultura
Descubra a melhor forma de realizar o manejo do psilídeo na citricultura.Atualmente, o psilídeo (Diaphorina citri) é o principal vetor da bactéria que causa a pior doença da citricultura: o greening. A relação psilídeo greening representa a maior ameaça para os pomares.
Esse inseto é encontrado em todas as principais regiões produtoras do país, tornando o controle do psilídeo na laranja e em outros citros um desafio nacional.
A praga está presente no pomar o ano todo, mas os picos populacionais de psilídeos se concentram no final do inverno, primavera e verão, períodos de maior brotação. No entanto, em anos chuvosos, altas infestações também podem ocorrer no outono e inverno.
"O manejo do psilídeo tem se tornado mais difícil. Lidamos com a praga há 20 anos, muitas vezes utilizando os mesmos grupos químicos. Além disso, a escolha do inseticida para psilídeo é complexa, pois cada produto atua em uma fase específica: alguns controlam adultos, outros as ninfas, e outros inibem a eclosão dos ovos. Essa especificidade torna o rodízio e a sequência de aplicações um grande desafio", comenta o engenheiro agrônomo Danilo Franco.
Psilídeo: características e transmissão da doença
O psilídeo adulto mede de 2 a 3 mm e tem asas transparentes com bordas escuras. Alimenta-se preferencialmente das brotações, mas também pode ser visto em folhas maduras. As fêmeas depositam até 800 ovos nas brotações ou, com menor frequência, na face interior das folhas maduras.
As ninfas, por sua vez, são achatadas e de cor amarelo-alaranjada. Elas também se alimentam de brotos novos e excretam uma substância branca e cerosa, facilmente visível.
A transmissão da doença, que evidencia a relação psilídeo greening, ocorre quando o inseto se alimenta de uma planta contaminada. Ao fazer isso, ele adquire a bactéria e a transmite para plantas sadias ao se alimentar novamente. Por isso, a erradicação de plantas doentes, inclusive em pomares abandonados, é uma medida de controle fundamental.
Devido ao seu hábito migratório, a maior concentração de psilídeos ocorre nas bordas dos pomares, onde cerca de 70% dos insetos são encontrados. A presença do psilídeo diminui no centro do talhão, mas volta a crescer perto dos carreadores.
Psilídeo: como fazer o controle dessa praga?
O manejo químico do psilídeo deve ser guiado pelo monitoramento, com as aplicações de defensivos focadas entre o fim do inverno e o início da primavera, períodos que coincidem com os principais fluxos de brotação da planta.
Ao escolher o inseticida para psilídeo, é importante que o produto esteja na lista de Produção Integrada de Citros (PIC), que alinha as opções à legislação internacional. Para um bom controle do psilídeo, por exemplo, é preciso conhecer o histórico de pulverizações da área e rotacionar grupos químicos com diferentes modos de ação para evitar a resistência.
"É possível quebrar o ciclo do inseto ao focar o controle nas fases jovens (ninfas). A fase adulta é a mais perigosa para a disseminação do psilídeo greening, pois é o adulto alado que se movimenta entre as plantas. Portanto, controlar a praga antes que o adulto surja é o ideal. Mesmo que uma ninfa esteja contaminada, ela não tem a capacidade de voar e transmitir a doença para outras árvores", acrescenta o engenheiro agrônomo.
Soluções de manejo contra o greening
A Bayer pode ajudar nessa estratégia com Sivanto® Prime. Este inseticida para psilídeo atua em todos os estágios de vida do inseto (ovos, ninfas e adultos) por meio de um modo de ação diferenciado.
"As estratégias da Bayer para a citricultura se baseiam em quatro pilares: molhamento das plantas, sinergismo de ativos e rotação, transmissibilidade e a quebra de ciclo do psilídeo. Sivanto®, uma nova molécula do grupo butenolide, é um produto chave para a quebra de ciclo, pois viabiliza a rotação de ativos e tem excelente efeito no controle das fases jovens, como ovos e ninfas”, explica Leonardo Turco, Gerente de Field Marketing para Citros na Bayer.
A molécula é resultado de quase 15 anos de pesquisa e traz flexibilidade na aplicação. Além disso, sua associação com Bulldock®, um inseticida piretróide de contato e ingestão com rápido efeito inicial, pode oferecer ainda mais proteção no controle do psilídeo.
No manejo biológico, o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) utiliza a Tamarixia radiata, uma vespa que utiliza as ninfas do psilídeo, matando-as no processo. As liberações ocorrem em áreas sem controle químico (pomares abandonados, quintais, etc.), onde os psilídeos se reproduzem livremente.
"Para ter sucesso no controle do greening, é preciso reduzir a população da praga. Portanto, quebrar o ciclo do inseto, controlando suas fases jovens, é o que nos auxilia nesse processo", conclui o especialista da Bayer.