Plantas daninhas: como manejar na pós-colheita do milho?
Essa prática é fundamental para garantir o sucesso do próximo cultivo a ser implantado em sua lavoura. Saiba como executá-la corretamente!Por que realizar o manejo de plantas daninhas no pós-colheita?
O manejo de plantas daninhas na pós-colheita do milho é essencial para preparar o terreno para a próxima safra. O objetivo é que a cultura seguinte seja semeada "no limpo", ou seja, que não deve haver resíduos vegetais que possam competir futuramente por água, nutrientes e luz solar, ou até mesmo servir como hospedeiros para o desenvolvimento de pragas e doenças na lavoura.
O pesquisador da Embrapa Décio Karam explica que o planejamento é o primeiro passo para saber como acabar com plantas daninhas nesse período: "Quando chegar esse momento de pós-colheita, o produtor precisa planejar o que será feito. Se for implementar uma cultura, ele pode fazer o manejo químico, cultural ou mecânico para que essa planta daninha não tenha uma competição inicial."
Sem o manejo adequado das ervas daninhas, a cultura subsequente já começa em desvantagem, o que pode comprometer todo o potencial produtivo da safra.
Estratégias de manejo das plantas daninhas no milho
Após a colheita, diversas ações de manejo são cruciais para o sucesso da próxima cultura. As principais são:
- Controle de pragas remanescentes: insetos podem sobreviver na palhada do milho e migrar para a cultura seguinte, causando prejuízos nos estágios iniciais. O controle nesse momento é fundamental;
- Redução do banco de sementes: as plantas daninhas podem liberar sementes no solo antes mesmo da colheita. Controlar a germinação dessas sementes evita a competição por luz, água e nutrientes na próxima safra;
- Controle do milho tiguera (voluntário): grãos perdidos durante a colheita podem germinar e se tornar plantas voluntárias. Elas devem ser eliminadas, pois servem como "ponte verde" para pragas e doenças;
- Manejo de plantas daninhas resistentes: a pós-colheita é o momento ideal para rotacionar herbicidas e controlar espécies resistentes, prática inviável com a cultura do milho instalada devido à falta de seletividade de alguns produtos.
Após a colheita, sem nenhuma cultura na lavoura, essa prática é muito mais produtiva. E aqui vai um outro alerta: existem espécies de plantas daninhas de difícil controle, uma vez que produzem muitas sementes que podem ser facilmente espalhadas pelo vento.
Uma planta adulta de buva, por exemplo, pode produzir até 200 mil sementes, enquanto uma touceira de capim-amargoso, em um único fluxo, pode produzir cerca de 6 mil sementes por planta. O picão-preto, com apenas uma planta, pode produzir mais de 5 mil sementes.
Por isso, realizar essas técnicas são cruciais para aumentar a lucratividade e a sustentabilidade da agricultura, promovendo a economia de recursos financeiros e materiais.
Como realizar o manejo químico no pós-colheita?
É fundamental ressaltar a importância do monitoramento das plantas daninhas, o que garante a aplicação correta dos produtos no momento certo.
Após identificar as espécies presentes na área, consulte um engenheiro agrônomo de confiança para receber orientações sobre a rotação adequada de herbicidas, inseticidas e fungicidas. No manejo de pós-colheita do milho, os produtos à base de glifosato são os mais utilizados.
Roundup® é a marca pioneira na síntese do glifosato e possui uma linha completa para o controle de plantas daninhas. Seu desenvolvimento foi o que viabilizou a implantação do plantio direto, uma técnica de imenso valor para a agricultura.
"Na agricultura brasileira, todo o sucesso do plantio direto não seria possível sem o Roundup®", comenta Sebastião Rodovalho, sócio-proprietário da Trisolo, de Catalão (GO).
Para uma aplicação eficaz de herbicidas, é necessário considerar as condições ideais de temperatura e umidade relativa do ar. Sob baixa umidade, por exemplo, o tempo de absorção do produto diminui, reduzindo sua eficiência.