Manejo da lavoura na pós-colheita do milho
Essa prática é fundamental para garantir o sucesso do próximo cultivo. Saiba quais são as principais estratégias e como executá-las!Por que devemos ficar atentos no pós-colheita de milho?
O manejo de daninhas na pós-colheita do milho é a ponte entre a safra que terminou e a que vai começar. O objetivo é deixar a área "no limpo" para o próximo plantio de milho (ou soja). Isso significa que não deve haver resíduos vegetais que possam competir futuramente por água, nutrientes e luz solar, ou até mesmo servir como hospedeiros para o desenvolvimento de pragas e doenças na lavoura.
"Quando chegar esse momento de pós-colheita, o produtor precisa ter, primeiramente, o planejamento do que será feito na área. Se for implementar uma cultura, ele pode fazer o manejo químico, cultural ou mecânico para que essa planta não vá ter uma competição inicial com a cultura", esclarece Décio Karam, pesquisador da Embrapa.
Sem o manejo adequado, a produtividade das futuras safras de milho já começa comprometida, pois a nova lavoura enfrentará uma competição desnecessária.
Etapas essenciais do pós-colheita do milho
Com o fim do tempo de colheita do milho da safra de milho 2025 (safrinha), o trabalho na lavoura continua. O período de pós-colheita é decisivo para o sucesso do próximo cultivo, seja ele um novo plantio de milho ou outra cultura como a soja. As principais estratégias de manejo nesse período se concentram em dois grandes desafios: pragas remanescentes e, principalmente, as plantas daninhas.
- Controle de pragas: após a colheita do milho, a palhada pode abrigar insetos que sobreviveram à safra do milho e que podem atacar a próxima cultura em seus estágios iniciais;
- Controle do banco de sementes: ele pode ser liberado no solo antes mesmo da colheita do milho verão. Essas sementes podem originar plantas invasoras que vão competir com a próxima cultura por luz, água e nutrientes;
- Controle de Tiguera: alguns grãos perdidos durante a colheita podem germinar, dando origem ao milho tiguera. Essas plantas voluntárias devem ser eliminadas, pois funcionam como uma "ponte verde", permitindo que pragas e doenças continuem seus ciclos na área;
- Manejo de plantas daninhas: a rotação de herbicidas para realizar a dessecação é a melhor forma de controlar espécies resistentes de plantas daninhas. No entanto, não é possível realizar essa estratégia durante a safra do milho por conta do uso de herbicidas não seletivos ao milho.
É preciso ter atenção especial às espécies de difícil controle, que se disseminam com extrema facilidade. Uma única planta de buva, por exemplo, pode produzir 200 mil sementes, enquanto o capim-amargoso e o picão-preto também apresentam alta capacidade de infestação.
Como realizar o manejo químico no pós-colheita?
É fundamental ressaltar a importância do monitoramento das plantas daninhas, o que garante a aplicação correta dos produtos no momento certo.
Após identificar as espécies presentes na área, consulte um engenheiro agrônomo de confiança para receber orientações sobre a rotação adequada de herbicidas, inseticidas e fungicidas. No manejo de pós-colheita do milho, os produtos à base de glifosato são os mais utilizados.
Roundup® é a marca pioneira na síntese do glifosato e possui uma linha completa para o controle de plantas daninhas. Seu desenvolvimento foi o que viabilizou a implantação do plantio direto, uma técnica de imenso valor para a agricultura.
"Na agricultura brasileira, todo o sucesso do plantio direto não seria possível sem o Roundup®", comenta Sebastião Rodovalho, sócio-proprietário da Trisolo, de Catalão (GO).
Para uma aplicação eficaz de herbicidas, é necessário considerar as condições ideais de temperatura e umidade relativa do ar. Sob baixa umidade, por exemplo, o tempo de absorção do produto diminui, reduzindo sua eficiência.