Milho Agroceres: genética e manejo elevam a produtividade

Em um cenário em que a rentabilidade depende cada vez mais da eficiência, a cultura do milho exige do produtor rural planejamento, conhecimento técnico e decisões assertivas desde o início da safra de milho.

Em comemoração aos 80 anos das Sementes Agroceres, marca histórica do agronegócio brasileiro, especialistas destacam os fatores que transformam potencial produtivo em resultados reais no campo.

Para Roberto Favaretto, representante de Desenvolvimento de Mercado da Bayer, o plantio é o momento mais decisivo da lavoura de milho: “É o dia mais importante da cultura do milho”, destaca. Segundo ele, cada detalhe do manejo impacta diretamente a produtividade, especialmente nos estágios iniciais. “É essencial que a área esteja bem dessecada e que o plantio ocorra com a umidade adequada. Um solo muito úmido favorece doenças, já o solo seco dificulta a emergência das plantas.”

Favaretto reforça ainda que a profundidade e a uniformidade na distribuição das sementes são determinantes para o sucesso das lavouras de milho, assim como o controle inicial de pragas e a atenção preventiva às doenças que podem comprometer o desempenho em todas as safras de milho.

A importância da genética e do ambiente de cultivo

A escolha correta do híbrido de milho é um dos pontos-chave para alcançar altos rendimentos em cada safra de milho. Para Tales Pezzini, engenheiro agrônomo e produtor rural do Rio Grande do Sul, o segredo está em conhecer profundamente as características da propriedade: “O melhor híbrido é aquele que se adapta à sua realidade. Se o solo tem baixa fertilidade, ou se a área é irrigada ou de sequeiro, entre outros fatores que influenciam na decisão.”

Roberto Favaretto complementa que a genética vai além do potencial produtivo, reunindo características de resistência a pragas e doenças e permitindo o manejo da população de plantas conforme o estresse hídrico ou outros fatores adversos. Com uma oferta ampla no mercado, a Semente Agroceres se destaca por oferecer híbridos de milho adaptados a diferentes zonas de manejo, com populações recomendadas de acordo com cada ambiente de cultivo.

Tales reforça a importância de preparar bem o solo para obter sucesso na safra de milho: “A rotação de culturas, o uso de mix de plantas de cobertura e a criação de um ambiente favorável permitem que a planta expresse todo seu potencial. Com isso, mesmo em anos difíceis, a perda é minimizada.”

Ele também destaca que o uso de zonas de manejo e taxas variáveis de população tem trazido excelentes resultados em sua propriedade, otimizando custos e ampliando a produtividade das lavouras de milho. “Nós, produtores, buscamos alta produtividade e rentabilidade. Isso só é possível quando conhecemos bem a propriedade, os materiais utilizados e identificamos os melhores híbridos para cada plantio”, conclui Tales.

Perspectivas para o mercado de milho

Quando o assunto é o mercado de commodities, Marcos Fava Neves, especialista em agronegócio, projeta um cenário otimista para o milho: “O Brasil deve colher cerca de 137 milhões de toneladas nesta safra de milho, com crescimento próximo de 19% em relação ao ciclo anterior. A expansão do uso do grão na produção de etanol e a forte demanda do setor por proteínas animais trazem excelentes perspectivas para o mercado.”

Além disso, ele destaca que contratos prévios e vendas antecipadas podem ser estratégias importantes para garantir margens de lucro aos produtores, especialmente em momentos de alta volatilidade.

Tecnologia e conhecimento: a nova fronteira da rentabilidade

“Cada ano é um desafio diferente com o clima. Por isso, o planejamento e o conhecimento técnico são fundamentais para minimizar riscos”, avalia Tales. Ele destaca que as decisões mais importantes da lavoura de milho começam antes mesmo do plantio, como a escolha do híbrido, a correção e cobertura do solo, a adubação de base e a definição do manejo.

Favaretto reforça: “O agricultor é um executor nato, mas a atividade exige cada vez mais planejamento. É preciso se antecipar aos desafios da safra de milho.”

A parceria entre a indústria e o produtor rural também é apontada como essencial para a disseminação de conhecimento e o desenvolvimento de soluções adaptadas à realidade brasileira. De acordo com Favaretto, essa interação é estratégica para o sucesso das lavouras de milho.

Tales complementa que a cultura do milho exige altos investimentos, mas responde muito bem em produtividade: “É possível colher de 12 a 15 toneladas por hectare, mas é preciso investimento para isso. Como as margens na agricultura vêm nos desafiando ano após ano, não há espaço para erros. Por isso, essa parceria com a indústria é fundamental e nos auxilia muito na tomada de decisão.”

Agroceres: 80 anos lado a lado com o agricultor

Comemorando oito décadas de história, a Sementes Agroceres reforça seu compromisso com a inovação e com o produtor rural. Fundada em 1945 por Antônio Secundino de São José, a empresa foi pioneira no desenvolvimento de híbridos de milho no Brasil e continua sendo referência no setor.

“A Sementes Agroceres sempre foi inovadora. Trouxe os primeiros híbridos superprecoces e, hoje, oferece genética de ponta com apoio técnico constante”, destaca Favaretto.

Tales, produtor parceiro da marca há mais de 30 anos, vê na parceria um dos pilares de suas altas produtividades em diferentes safras de milho: “Atualmente, colhemos 280 sacos por hectare graças à evolução genética e ao suporte técnico que recebemos. As recomendações são personalizadas e confiáveis, o que faz toda diferença na hora de tomar decisões para a lavoura de milho.”

O futuro do milho e novas tecnologias

A Bayer, que atualmente detém a marca Sementes Agroceres, segue investindo fortemente em inovação para impulsionar a produtividade das próximas safras de milho. Entre as novidades em estudo estão uma nova tecnologia Bt para ampliar a proteção contra pragas e o desenvolvimento de híbridos de milho de baixa estatura, que devem facilitar o manejo e otimizar o aproveitamento da área.

“O nosso propósito é estar sempre ao lado do produtor, oferecendo não apenas sementes, mas soluções completas e suporte técnico para que ele tome as melhores decisões na lavoura de milho”, finaliza Favaretto.