Blog do Agro

A evolução da safra verão no Brasil e os desafios com o clima no campo

Semeadura da soja e milho verão avançam em várias regiões do Brasil. De olho no clima, a ocorrência de La Niña preocupa e aumenta as chances de período de seca.21 de julho de 2022

Em várias regiões do Brasil, a semeadura de grãos, especialmente de soja e milho, está em ritmo acelerado. Os números já estão um pouco à frente do progresso registrado no mesmo período da safra anterior.

Na última semana, de acordo com a AgRural, 10% da área total de soja já havia sido plantada no país. Para o milho, o avanço é ainda maior, de mais de 44%, segundo a Consultoria Safras & Mercado. Vale lembrar que Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma área plantada de 39,9 milhões de hectares de soja, e de 20,8 milhões de hectares de milho, neste ciclo.

Mas enquanto em algumas regiões do Brasil o plantio está a todo vapor, em outras, os produtores seguem preparando suas áreas para a operação. Nesse período, é importante fazer o controle de plantas daninhas para reduzir seus possíveis impactos na produtividade.

O Representante Técnico de Vendas da Bayer, Pelerson Furlan Schiavuzzo, de Santa Cruz do Rio Pardo, no estado de São Paulo, mostra uma área pós-colheita de milho safrinha onde vai ser implantada uma soja INTACTA2 XTEND®, a nova plataforma de biotecnologia da Bayer, que vai promover o melhor controle de plantas de folhas largas para situações como esta, que foi intensificada devido à problemas como as geada e a seca. Ele explica que o manejo será complementado depois com a aplicação dos herbicidas Adengo e Atrazina.

Fenômeno La Niña no Brasil e as metas do país para a COP 26

O clima também tem sido decisivo para o início do plantio em algumas regiões, por isso alguns produtores aguardam as boas condições de umidade para iniciar as operações. A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, alertou para a chance atual de mais de 70% de ocorrência do fenômeno La Ninã no Brasil. As consequências podem ser mais períodos de seca nos próximos meses, nas principais regiões produtoras do Centro-Sul.

Para minimizar os impactos do clima seco na lavoura, o produtor Geovane Guareschi, proprietário da Fazenda Colorado em Buritis, Minas Gerais, conta que em algumas áreas adota a palhada, em outras uma correção de subsuperfície. Ele também ressalta que é importante testar variedades novas, mais resistentes à seca.

Ainda falando de clima, recentemente, ministros do Governo Federal anunciaram as metas brasileiras até 2030. Essas metas devem ser apresentadas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 26, que acontece em novembro, na Escócia. Entre elas, estão a redução de 43% nas emissões de gases poluentes; o reflorestamento de 12 milhões de hectares e a redução do desmatamento; a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas; e o alcance de 45% da energia elétrica produzida por fontes renováveis.

O professor Marcos Fava Neves comenta que a participação do país na COP 26 é muito importante para o setor agropecuário brasileiro: "é um palco para o Brasil reverter sua imagem na questão ambiental. Sabemos a potência que é o nosso país neste aspecto, com uso de energias renováveis, uso de biocombustíveis, preservação de áreas, baixa emissão per capita por ano, enfim, temos indicadores que são muito bons. O Brasil tem que ir para lá, forçar que esses indicadores sejam considerados e mostrar as metas extremamente arrojadas”, destaca.

Mais destaques do agro

Você sabia que no dia 16 de outubro é comemorado o Dia Mundial da Alimentação? A data foi criada em 1981 para conscientizar a população global sobre tópicos como nutrição e alimentação. O produtor brasileiro tem um papel muito importante nisso, afinal, ele contribui para a alimentação de mais de 800 milhões de pessoas no mundo, como mostra um estudo da Embrapa publicado neste ano.

Outro destaque do agro nesta semana é o crescimento da produção brasileira de algodão, que deve ser de 15,5% em 2021/2022, alcançando 2,75 milhões de toneladas de pluma. A área de cultivo deve ser 11,8% maior, superando 1,5 milhão de hectares (Fonte: Consultoria Safras e Mercado).

Já o consumo global de café na safra 2020/2021 cresceu 1,9% em comparação com o ciclo passado, totalizando mais de 167 milhões de sacas. A produção, por outro lado, registrou ritmo menor, de apenas 0,4%, totalizando 169,6 milhões de sacas (Fonte: Organização Internacional do Café).

As exportações brasileiras de carnes bovina e suína também foram notícia por baterem recorde em setembro, com crescimento de 31% e 29%, respectivamente. Para o frango, os embarques também fecharam em alta de 21,3% na comparação com setembro de 2020, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. Confira também as cotações da soja, do milho, do café arábica e do trigo.

Além disso, o DoutorAgro destaca alguns temas para ficar de olho nos próximos dias, como o andamento da colheita dos Estados Unidos; a crise energética na China, impactando a disponibilidade de fertilizantes e defensivos; e outros indicadores econômicos, como o câmbio.

Para finalizar, dois lembretes para os produtores. Entre os dias 19 e 21 de outubro, será realizado o Agrishow Experience 2021, evento online e gratuito com discussões sobre diversos temas relevantes para o agro, apresentadas pelos principais nomes do setor. O evento vai contar ainda com um estande virtual da Bayer.

E você, cliente Impulso Bayer, lembre-se que você só tem até esta sexta-feira, dia 15 de outubro, para aproveitar o crédito de 5 mil pontos no cadastro de uma nota fiscal válida no programa, ação que faz parte da campanha Impulso Turbinado. Então não perca tempo! Separe suas novas, faça o cadastro na plataforma Orbia e aproveite todos os serviços e vantagens que o programa oferece para impulsionar seus resultados no campo.

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