Silagem de qualidade: como posicionar o híbrido?

A escolha do híbrido é o primeiro aspecto para o correto posicionamento de milho para a silagem. Para isso, determinados parâmetros bromatológicos precisam ser levados em conta, como:

• Boa arquitetura foliar;

• Alta produção de grãos e de matéria seca,

• Parte fibrosa mais digerível;

• Resistência a pragas e doenças;

• Ciclo de enchimento de grãos mais longo;

• Resistência ao acamamento e quebramento do colmo;

• Ciclo vegetativo compatível com o manejo de corte da planta para ensilar.

"O foco da produção de grãos é o volume produzido, já para a silagem, a fração da planta é importante. Então, os híbridos de milho para silagem apresentam melhor digestibilidade e qualidade de fibra no momento da colheita do que os híbridos de grãos. Afinal, são plantas com um objetivo final diferente", explica Patrick Schmidt, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Além disso, é importante optar por híbridos de grão dentado por serem mais macios, porosos e com menor densidade e vitreosidade.

Enquanto isso, os híbridos de grão duro ou semiduro, apesar de possuírem maior quantidade de amido na massa colhida e maior produção de grãos, têm uma janela de corte mais estreita o que afeta negativamente a colheita com alto teor de matéria seca.

"A escolha do híbrido é só o primeiro passo, depois vêm todas as etapas do processo de ensilagem e que vão fazer a transformação de uma boa planta de milho numa boa silagem de milho", acrescenta o professor.

Para isso, as marcas de sementes Agroceres, Agroeste e Dekalb oferecem estes híbridos de milho para auxiliar na sua lavoura:

Agroceres

AG7098TRE - verão e safrinha

AG8701PRO4 - verão e safrinha

AG8480PRO4 - verão e safrinha

AG8606PRO4 - verão e safrinha

Dekalb

DKB360PRO3 - verão e safrinha

DKB335PRO4 - verão e safrinha

DKB356PRO4 - verão

DKB358PRO4 - verão e safrinha

DKB390PRO4 - verão e safrinha

Agroeste

AS1868PRO4 - verão e safrinha

AS1850PRO4 - verão e safrinha

AS1988PRO4 - verão e safrinha

AS1820PRO4 - verão e safrinha

Essas sementes contam com alto potencial produtivo, sanidade, estabilidade e boa qualidade de grãos, colmo e raiz.

De olho nas condições de solo

O segundo ponto a ser observado são as condições do solo como a fertilidade, pH, textura e drenagem, que precisam ser adequadas para receber essa semente. O cultivo de milho é bastante exigente em nitrogênio e potássio, mas é importante se atentar ao fato de que a produção de milho para silagem não deixa parte da planta no solo, o que impacta na ciclagem de nutrientes e, portanto, precisa de maiores doses de potássio. O plantio direto, a adubação verde e a rotação de culturas são algumas estratégias para esse cenário.

Evite atrasos na época de plantio

A época de plantio é outro tópico que precisa ser considerado no posicionamento dos híbridos. O atraso na semeadura pode causar perdas acima de 60 quilos por hectare, bem como alterações na relação entre colmo, folha e espiga, entre outras características que impactam na qualidade da silagem, entre elas, a produção de matéria seca e composição da planta. Dessa forma, é imprescindível respeitar a janela de plantio recomendada para promover o desenvolvimento saudável da lavoura.

Densidade adequada de plantas por hectare

O próximo ponto para fazer o posicionamento de híbridos de milho está relacionado à densidade do plantio que exerce influência sobre a produtividade e qualidade da silagem. Isso porque não adianta implementar a lavoura com altas populações se essas plantas não receberem as condições necessárias para o desenvolvimento.

A Embrapa recomenda que a população de plantas de milho deve variar entre 55 mil e 72 mil por hectare ou entre 45 e 50 mil plantas por hectare em condições de sequeiro.

Além disso, o espaçamento entre fileiras deve ser de 0,55 a 0,8 metros com 3,5 a 5 plantas por metro.

Clima e incidência de pragas

Por fim, os dois últimos tópicos que precisam ser considerados para posicionar corretamente híbridos de milho para silagem são conhecer as condições climáticas locais de forma a coincidir os períodos críticos de desenvolvimento da planta com a melhor disponibilidade dos recursos do ambiente e conhecer também o histórico de pragas e doenças a fim de optar por híbridos com tolerância aos problemas de maior incidência nas áreas.