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Manejo do coró-da-soja: saiba como fazer

22 de dezembro de 2022

coro

Os primeiros relatos dos ataques envolvendo corós aconteceram na década de 1990, no estado do Paraná. De lá para cá, o Coró-da-soja se tornou uma das pragas de solo mais importantes e com grande potencial de danos.

Continue esta leitura para saber mais sobre o coró-da-soja e conhecer os métodos de manejo para esta praga.

CARACTERÍSTICA DO CORÓ-DA-SOJA

De modo geral, o complexo de corós engloba várias espécies de besouros. O gênero Phyllophaga (Insecta: Coleoptera) é identificado como o principal responsável pelas espécies que atacam culturas de interesse econômico no Brasil.

Dentro deste complexo, há dois corós que atacam a cultura da soja:

  • Phyllophaga capillata
    Comum nas regiões do Distrito Federal e Goiás, é conhecido como Coró-da-soja-do-cerrado.
  • Phyllophaga cuyabana
    Presente nas regiões Oeste e Centro-Oeste do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, é denominado Coró-da-soja.

Por estar mais distribuída no país, o coró-da-soja (P. cuyabana) será o foco desse artigo.

Segundo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a espécie P. cuyabana se reproduz apenas uma única vez ao ano. A reprodução do inseto ocorre quando os adultos começam aparecer, a partir do final de outubro.

Todo o desenvolvimento do coró-da-soja ocorre no interior do solo. As larvas do inseto se mantêm no solo por um período de 130 dias, período em que se alimentam das raízes secundárias da soja.

De acordo com o livro Soja: manejo integrado de insetos e outros artrópodes-praga, na fase adulta, a fêmea se alimenta de pequenas quantidades de folhas, e os machos fazem revoadas noturnas para acasalamento.

O clima é um dos fatores que determinam o início das revoadas dos adultos. Após a revoada, os machos voltam para o solo, onde permanecem em profundidades de 5 a 15 cm.

Danos causados pelo coró-da-soja

É durante a fase de larva que o coró-da-soja apresenta o maior potencial para causar danos na cultura da soja. Este período pode durar de 12 a 20 meses.

A publicação da Embrapa Soja aponta que essa praga de solo ataca em reboleiras ou manchas, atingindo poucos metros a dezenas de hectares, distribuídos de forma irregular na lavoura.

O Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Crébio Ávila, explica que, além de consumir as raízes das plantas, o coró-da-soja se alimenta dos nódulos de Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN). Como consequência, a capacidade de absorção de água e nutrientes da planta é reduzida.

O impacto do ataque do coró-da-soja pode ser ainda maior em plantas cultivadas em solos pobres em fertilidade, compactados e sob condições de déficit hídrico.

Os sintomas de ataque de coró-da-soja são plantas com desenvolvimento atrasado, seguido por amarelecimento e murcha completa. Plantas mortas também podem indicar o ataque de corós.

Em alta infestação, os danos da praga podem causar até 100% de perda de produtividade na lavoura, especialmente nas regiões onde as larvas estão mais desenvolvidas.

Manejo integrado do coró-da-soja

Para realizar o bom manejo do coró-da-soja, é necessário considerar o sistema produtivo como todo, monitorando também as culturas na sequência, como milho, algodão, milheto ou girassol.

Conforme a Embrapa Cerrados, a amostragem do solo antes do início da semeadura da soja é útil para identificação das áreas infestadas, do estádio e nível populacional do coró-da-soja.

Ao identificar o coró-da-soja na lavoura, deve-se realizar o manejo integrado da praga, adotando as medidas abaixo:

  • Uso de armadilhas luminosas para captura de adultos de coró-da-soja;
  • Semeadura direta antes do período da revoada dos adultos;
  • Uso de coberturas verdes;
  • Rotação de culturas sobretudo com Crotalaria spectabilis que visa controlar as larvas nas fases iniciais de desenvolvimento;
  • Eliminação de plantas daninhas altas que servem como áreas de acasalamento entre adultos de coró-da-soja;
  • Inoculação com bactérias fixadoras de nitrogênio;
  • Adição de matéria orgânica e adubação equilibrada visando o equilíbrio do microambiente;
  • Uso de tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos e de contato.

O tratamento de sementes Cropstar, da Bayer, é uma boa opção para proteger o estande inicial da lavoura do coró-da-soja. O produto conta com inseticida sistêmico do grupo químico dos neonicotinóides (Imidacloprido) e inseticida de contato e ingestão do grupo químico metilcarbamato de oxima.

Para saber mais sobre a tecnologia Cropstar e outras soluções voltadas para o manejo do coró-da-soja, acesse um Representante Bayer em sua região.