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Plantio de algodão: como potencializar o rendimento da sua lavoura

22 de julho de 2022

Você sabia que, no cultivo do algodão, o manejo inadequado das principais pragas e doenças pode gerar perdas de até 70%, além do aumento de 10% nos custos de produção , de acordo com dados da Embrapa.

Por isso, para ter uma boa produção de algodão, é preciso tomar decisões importantes antes de iniciar o plantio e utilizar técnicas eficazes para potencializar seus resultados.

Fernando Garcia Landi, assistente técnico comercial da Bayer, fala sobre os cuidados necessários para um estande de plantas adequado. Segundo ele, os cuidados começam antes da semeadura, na dessecação. Adessecação é feita no pré-plantio, analisando e eliminando os pontos verdes, com atenção especial para as pragas que estiverem no solo. "É o momento de observar se há necessidade de aplicar o inseticida junto com essa dessecação", explica.

As recomendações do profissional da Bayer não param por aí. Ele também chama a atenção para o uso de sementes certificadas para garantir maior vigor, uniformidade e germinação.

Outro ponto é o tratamento de sementes que, de acordo com Landi, é uma ferramenta a mais para manter a uniformidade do estande. "Por último é preciso levar para essas sementes as melhores condições possíveis de solo e de pluviometria, com isso vamos explorar o melhor potencial produtivo da semente de algodão", acrescenta.

Biotecnologia auxilia na alta produtividade

Do ponto de vista genético, as variedades oferecidas no mercado são cada vez mais sofisticadas. A nova tecnologia Bollgard 3 RRFlex eleva a proteção contra as lagartas do algodão, aumenta o potencial de produtividade da lavoura e ainda ajuda a preservar a qualidade da fibra.

Ao todo, 6 lagartas que atacam a cultura do algodão são cobertas por essa tecnologia: falsa-medideira (Chrysodeixis includens), curuquerê (Alabama argilácea), lagarta-rosada (Pectinophora gossypiella), lagarta-das-maçãs (Chloridea virescens) e, agora, o Bollgard 3 RR Flex, também confere proteção contra as lagartas dos complexos Helicoverpa e Spodoptera. A tecnologia ainda oferece tolerância ao glifosato, permitindo um controle mais eficiente de plantas daninhas e maior flexibilidade no manejo. Dessa forma, os cotonicultores poderão ver resultados ainda mais expressivos em campo.

É o caso do José Victor Vezs, que tem propriedade em Campo Verde, Mato Grosso, e vinha sofrendo com a lagarta Spodoptera. "Foi um problema grave. Combinado com um ano de muita chuva, o controle foi difícil. O algodão estava crescendo bastante, estava difícil de controlar no regulador de crescimento, dificultando cada vez mais as aplicações para a lagarta. Ela foi um dos maiores problemas desses últimos anos", relembra o produtor e engenheiro agrônomo.

Vezs conta que houve perda econômica de uma ou duas maçãs por metro, além da alta quantidade de aplicações que foram necessárias. "Como o controle estava difícil, tivemos que entrar com uma bateria para bicudo-do-algodoeiro e, junto, com a aplicação para a lagarta Spodoptera."

A virada veio com a utilização de Bollgard, que garantiu aplicações mais eficazes, destaca o cotonicultor.

Tratamento das sementes

Cultivar algodão é uma atividade nobre, mas cheia de desafios. Um deles é fazer um tratamento de sementes para proteger as plântulas contra pragas e fungos.

Nesse sentido, o Cropstar é um tratamento de sementes com tecnologia exclusiva que combate os riscos da fase inicial, protegendo seu investimento contra um amplo espectro de insetos e nematóides. Além disso, tem uma boa tecnologia de formulação, proteção da parte aérea e proteção das tecnologias BT, sendo uma ferramenta para o manejo sustentávelcom boa seletividade aos inimigos naturais.

As sementes poderão expressar também o potencial produtivo à medida que forem adequadas às condições de cultivo. A definição da data de plantio é muito importante nessa etapa. O algodoeiro é uma das plantas mais exigentes em relação à época de semeadura. As condições climáticas ideais são temperaturas diurnas de 30 graus e noturnas de 22 graus, já que o estresse térmico impacta na produtividade, afetando o número e peso de capulhos.

E quando o assunto é semente de alta performance, Deltapine é a marca líder mundial em inovação e pesquisa, com portfólio fruto do maior banco de germoplasma de sementes de algodão do mundo. E algumas delas já contam com a biotecnologia Bollgard 3 RRFlex.

"As variedades Deltapine são reconhecidas mundialmente pela excelência em produtividade e qualidade de fibra. Nossos lançamentos aqui no Brasil são a DP 1866 Bollgard 3 RRFlex e a DP 1857 Bollgard 3 RRFlex com germoplasma avançado, que vem para garantir o desempenho superior em solo brasileiro", afirma João Gabriel Tovajar, líder comercial de algodão da Bayer.

A DP 1866 é responsiva em ambientes de alta produtividade, com bom rendimento de fibra e traz estabilidade. Já a DP 1857 Bollgard 3 RRFlex traz um rendimento de fibra alto com estabilidade e adaptabilidade para diversos ambientes com ciclo de precoce a médio. Esses lançamentos são pensados para maximizar a produtividade e qualidade de fibra para os cotonicultores, destaca Tovajar.

Não há dúvidas de que os produtores brasileiros produzem fibra de alta qualidade e isso tem sido possível graças à inserção de novas tecnologias ao sistema de produção, como biotecnologias, melhoramento em genética de cultivares, nutrição e manejo fitossanitário. Ou seja, cada vez mais se faz necessária a implementação de ações integradas em todo o setor algodoeiro do país, no acesso a inovações, novos cultivares e uso de técnicas estratégicas. Assim, vamos contribuir para o crescimento da cotonicultura brasileira e a permanência cada vez mais frequente no mercado internacional.