Como realizar uma colheita eficiente de algodão em 4 etapas

A colheita do algodão pode ser feita de forma manual ou mecanizada. Na colheita mecanizada, a adoção de tecnologia otimiza tempo, além de contribuir para maior produtividade e rentabilidade.

Confira as quatro principais recomendações para ter sucesso na colheita mecanizada e planejar a operação da melhor forma.

1 - Colheita assertiva e otimizada

As ações de preparo para a colheita precisam ser feitas de forma assertiva e otimizada, considerando o tempo reduzido para realizá-la. Para isso, são aplicados produtos como desfolhantes e aceleradores de maturação que induzem a queda das folhas, intensificam a abertura das últimas maçãs maduras e impedem a retomada de crescimento da planta. "O produtor deve ficar de olho na maturação do algodão. A desfolha do algodão para a colheita deve ser feita a partir de 70% a 80% das maçãs abertas. Se o produtor desfolhar antes do tempo, pode ocorrer fibra imatura. Esse é um ponto importante que o produtor tem que levar em consideração", explica Valdinei Sofiatti, pesquisador da Embrapa Algodão.

2 - A hora certa de colher

A colheita deve ser iniciada quando as plantas apresentarem 100% dos capulhos abertos para que não fiquem expostas, percam o peso das plumas e a qualidade das fibras. O algodão pronto para colher não pode ficar mais tempo que o necessário no campo. Antes mesmo de realizar a desfolha, é preciso dimensionar a capacidade de colheita do maquinário em função do tamanho da área plantada.

3 - Monitoramento da umidade das plumas

A terceira dica de ouro para ter mais sucesso na hora de colher o algodão é o monitoramento da umidade das plumas. Elas vão indicar a hora certa de iniciar o processo de colheita. "O produtor deve colher o algodão quando ele tem uma umidade adequada entre 9% e 10%, ou acima disso, até 12%. No mínimo, 7% de umidade é o ideal. A partir das 9 horas, há uma condição de umidade para a colheita mecânica", conta Sofiatti.

4- Adoção da agricultura digital

A quarta dica é a adoção da agricultura digital. Essa tecnologia é uma importante aliada por proporcionar maior transparência e rastreabilidade no processo produtivo. O uso de sensores ópticos possibilita um levantamento de dados que avalia uma maturação da cultura, fazendo com que o produto tenha maior índice de pureza e maior valor comercial. "A agricultura de precisão e as novas ferramentas de agricultura digital têm auxiliado muito o produtor de algodão. Na colheita, por exemplo, o produtor pode fazer mapas de produtividade que ajudam nas futuras tomadas de decisão, permitindo que ele identifique áreas na lavoura que tenham menor produtividade e a faça as correções para as próximas safras", acrescenta o pesquisador da Embrapa.

Esses quatro pontos são indispensáveis para maior eficiência na colheita, buscando elevar ainda mais a produtividade da cultura.

Além disso, uma dica bônus é investir em sementes com alta tecnologia. Esse pode ser um grande diferencial para a sua lavoura. Deltapine possui sementes de alta performance, desenvolvidas em conjunto com a tecnologia Bollgard® 3 RRFlex , que proporciona proteção adicional aos complexos Helicoverpa e Spodoptera. Com isso, os produtores ganham sanidade, produtividade e qualidade de fibra.

"Além dessa ferramenta de proteção para lepidópteros, tem a questão do manejo de ervas, pois a biotecnologia Bollgard traz a flexibilidade na aplicação do Roundup Ready. Por isso, é possível fazer a aplicação de herbicidas em diferentes fases da cultura. É um herbicida seletivo que livra a matocompetição que tanto influencia no potencial produtivo", conclui Samir Gomes da Costa, coordenador de desenvolvimento de mercado de algodão da Bayer.