Blog do Agro

6 pontos para ficar de olho na safrinha!

Saiba quais são os principais passos para planejamento, plantio e manejo da segunda safra
13 de julho de 2020 /// 7 minutos de leitura

Quer saber como ter os melhores resultados com sua lavoura de milho safrinha? Reunimos 6 dicas com os principais fatores que potencializam a produtividade na segunda safra.

1- Planejamento da janela climática

Um dos primeiros passos para ter sucesso com o milho safrinha é definir a melhor época para o plantio.

O Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) disponibiliza informações sobre o período indicado de semeadura, a ser realizado de acordo com a cultura, região, características do clima, tipo de solo e ciclo das cultivares, por meio de um painel de zoneamento agrícola de risco climático com amplo acesso no próprio site do MAPA. Em meio a tantas incertezas climáticas que impactam diretamente nas produções das lavouras, uma saída interessante é o Seguro Agrícola.

João Paulo Fernandes, sócio-diretor da Agristamp, conta que a grande vantagem de utilizar o Seguro Agrícola, pensando principalmente no milho safrinha, que é uma cultura de inverno, é a proteção contra riscos climáticos.

"O Seguro Agrícola vem para proteger o investimento do produtor e proteger sua lavoura, mantendo a sustentabilidade dentro e fora das porteiras", conta.

O crescimento acelerado da contratação de um Seguro Agrícola é uma realidade. Atenta à essa demanda, a Bayer lançou um projeto pioneiro para oferecer subvenção privada ao produtor rural. "Esta é uma grande inovação da Bayer, que é a primeira indústria privada a trazer essa solução", destaca João Paulo.

A ação é um benefício exclusivo dos clientes Impulso Bayer. Quem participa do programa de fidelidade pode ter parte do prêmio da apólice de seguro paga pela empresa para proteger suas culturas. João Paulo explica que os produtores 2 estrelas conseguem ter até 5% de subvenção privada; os de 3 estrelas têm 10%; e os de 4 a 5 terão subsídios de até 15% de uma apólice de milho safrinha.

2 - Escolhas das sementes

As sementes do milho safrinha devem ser selecionadas levando em consideração diversos aspectos como ciclo, finalidade, primeira ou segunda safra, época de plantio, altitude, condição do solo e clima.

Mas algumas características devem ser observadas independentemente disso tudo, como bom arranque inicial, alta performance, tolerância a déficit hídrico e resistência às principais doenças e pragas, como explica Paulo Garollo, Especialista de Desenvolvimento de Mercado. "A escolha de um material genético de alto padrão de qualidade é fundamental. Hoje em dia, o agricultor precisa produzir mais, plantando na mesma área ou até em menos área. O que realmente vai gerar lucratividade para o agricultor é a escolha de híbridos adequados a cada tipo de talhão."

Com isso, vale lembrar que os híbridos, além de gerarem plantas mais homogêneas, também possuem melhor potencial produtivo. A tecnologia VT PRO4® , da Bayer, trouxe inovação nesse sentido, pois amplia a proteção da lavoura, da raiz até a espiga.

3- Como lidar com a ocorrência de pragas

O uso da biotecnologia contribui para o manejo das principais lagartasque comprometem a produtividade do milho safrinha. São elas: lagarta da espiga (Helicoverpa zea); lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus); lagarta rosca (Agrotis ipsilon); e a temida lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) que pode causar perda de 40% na produção, segundo estudos da Embrapa.

Outra praga que deixa os produtores preocupados é a cigarrinha do milho. Algumas estratégias para controlar o ataque dessa praga são:

  • Eliminação de plantas de milho tigueras;
  • Uso de cultivares resistentes aos enfezamentos;
  • Rotacionar cultivares com níveis de resistência diferentes entre as safras;
  • Evitar o plantio tardio e cultivo subsequente demilho;
  • Evitar o cultivo próximo a lavouras, com presença de enfezamentos;
  • Concentrar as épocas de semeadura;
  • Fazer o tratamento de sementes;
  • Realizar o tratamento químico na parte aérea.

4- Manejo de plantas daninhas

De acordo com Paulo Garollo, o plantio numa área com ervas daninhas no solo, ou em um terreno onde não foi feita dessecação, causa problemas de uniformidade até no pendoamento da cultura, o que acaba, às vezes, aumentando o número de óvulos não fecundados, ou seja, diminuiu a quantidade de grãos do milho safrinha.

Para evitar esse problema, o Adengo é um herbicida da Bayer exclusivo para o milho. Ele tem um amplo espectro para o controle de daninhas com dois modos de ação de alta eficácia no manejo de resistência, tanto para folhas estreitas como para folhas largas. Além disso, possui uma formulação estável e duradoura que pode ser usada com ou sem palhada.

Rogério Berton é produtor rural, sócio proprietário da Safras e Safras. Ele conta que o histórico de perda de produção por planta daninha nas lavouras que atende, em anos secos, é de 20 a 25%, em anos chuvosos, de 10 a 15%.

Para melhorar o controle de daninhas, ele começou a utilizar o Adengo. "Quando eu fiz a aplicação de Adengo na lavoura de milho, percebi uma matocompetição muito inferior, em uma área que já vinha com histórico de cerca de 6 anos com duas, três e até quatro aplicações de herbicida. Nós trabalhamos com Adengo, pré-emergente, uma aplicação de herbicida e não foi feita mais nenhuma aplicação" conta Rogério.

5 - Manejo de adubação

Para construção de fertilidade no perfil do solo, é ideal que a calagem, gessagem e adubação equilibrada com macro e micronutrientes sejam realizadas antes de iniciar o plantio. É importante também se atentar à análise de solo e fazer a adubação nitrogenada no plantio e em cobertura, com menos perdas por lixiviação.

6- Plantas por área e arranjo no campo

O espaçamento reduzido, associado à maior densidade de plantio, permite melhor controle das plantas daninhas e da erosão, além de possibilitar uma otimização das máquinas semeadoras e maior aproveitamento de água, luz e nutrientes.

"As plantas precisam estar muito bem distribuídas entre si para diminuir o sombreamento entre elas. Quando adequamos o disco, a velocidade, a profundidade, o espaçamento, tudo isso produz uma distribuição espacial. Dessa forma, é possível chegar ao final com plantas mais desenvolvidas, espigas mais uniformes e grãos mais cheios", esclarece Garollo.

O serviço da Geração Agro de certificação de plantadeira pode auxiliar na lavoura por meio de um diagnóstico técnico completo. Com isso, o produtor poderá adequar seus equipamentos e oferecer um treinamento para que os próprios operadores possam identificar todos os componentes que devem ser observados para o sucesso no plantio.

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