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Dessecação antecipada na soja: por que fazer?

Saiba quais são as vantagens que essa técnica proporciona à lavoura. Confira também como aplicar os dessecantes e o momento ideal para isso13 de agosto de 2024 /// 16 minutos de leitura

A dessecação consiste na aplicação de herbicidas dessecantes na lavoura. Porém, essa técnica pode ser realizada em diferentes momentos ao decorrer da safra, como na pós-colheita ou por meio da chamada dessecação antecipada, que acontece em torno de 20 dias antes da semeadura da cultura.

No sistema soja-milho, por exemplo, essa prática serve para eliminar os restos culturais da safrinha, cultivos de cobertura ou pousio, assim, irá produzir palha para o plantio direto, diminuir a presença de plantas daninhas na lavoura e otimizar o rendimento operacional da safra.

"Essa prática contribui para que a área esteja mais limpa no momento do plantio e ainda mantê-la limpa por muito mais tempo, evitando problemas de espécies de difícil controle. Outro benefício é que as plantas daninhas não vão se multiplicar, portanto, o banco de sementes não vai aumentar", explica Dionísio Luiz Piza Gazziero, pesquisador da Embrapa.

A dessecação, portanto, oferece muitas vantagens, como:

  • O controle eficiente de plantas daninhas elimina as plantas invasoras, reduzindo significativamente a competição por nutrientes.

  • Melhora a germinação e emergência porque, com menos interferência de plantas daninhas, a cultura poderá acessar mais facilmente os recursos necessários para o seu desenvolvimento.

  • Economia de tempo e recursos. Quando a dessecação antecipada é eficiente, o número de aplicações de herbicidas durante a safra é reduzido. Além da economia de tempo, é possível reduzir gastos com produtos e operações.

  • Manejo de resistência de plantas daninhas, pois o uso indiscriminado de herbicidas pode selecionar espécies de plantas daninhas resistentes. Porém, com a dessecação antecipada, as plantas daninhas são controladas no estágio mais vulnerável, dispensando a necessidade de repetição de pulverizações.


Como fazer a dessecação antecipada

"É fundamental observar as condições climáticas porque elas interferem no desempenho do produto, além de outros atributos, como o tamanho das plantas daninhas. São vários aspectos ligados especificamente ao produto, então, para resumir, leia a bula", acrescenta o pesquisador.

O primeiro passo para fazer a dessecação antecipada é verificar quais espécies de plantas daninhas estão presentes na lavoura, além de sua densidade e estágio de desenvolvimento para que o produto utilizado seja o mais adequado.

Na hora de escolher o herbicida, opte por um produto com alta tecnologia para trazer mais efetividade e segurança na aplicação, bem como contribuir para o plantio no limpo, redução da matocompetição e proteção da produtividade.

Além disso, é importante observar o efeito residual que cria uma camada na superfície do solo, com o objetivo de inviabilizar a germinação e a emergência de plantas daninhas nas primeiras semanas após o plantio da soja.


Combo de herbicidas Bayer: eficácia contra plantas daninhas

O portfólio da Bayer conta com o combo de produtos Xtend® herbicidas: o Xtendicam® e o Xtend® Protect2, recomendados com o uso da plataforma Intacta2 Xtend® que traz maiores benefícios quando aliada à aplicação de Xtendicam® e maior valor do produto em dessecação.

"Esse combo é muito eficaz no controle de plantas daninhas de folhas largas, principalmente aquelas resistentes ao glifosato, como buva, caruru, picão-preto, losna e corda-de-viola, que são muito bem controladas pelo Xtendicam®. Já o Xtend Protect2® ajuda a reduzir a deriva e a volatilidade da aplicação, com eficácia em folhas largas de difícil controle, além do efeito de solo", comenta Felipe Stefaroli, responsável técnico pelas culturas de soja, feijão e algodão na Bayer.


Condições ideais para a aplicação de herbicidas

É importante evitar a aplicação de herbicidas quando a umidade relativa do ar for menor que 60%, o que pode ocorrer durante um longo período sem chuvas e entre 10 horas e 17 horas.

Temperaturas mais elevadas e ventos mais fortes também podem prejudicar a aplicação por aumentarem as chances de volatização e deriva. "É preciso trabalhar com a barra de pulverização a 50 centímetros do alvo no máximo, para que o vento não leve o produto e reduza a eficácia", orienta o especialista da Bayer.

Por fim, deve-se utilizar equipamentos apropriados e pulverizadores bem regulados, com bicos em adequado estado de conservação. Assim, além de melhorarem o controle das plantas daninhas, reduzem os custos e aumentam a segurança para o aplicador na hora da dessecação.

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