Estratégias de manejo do percevejo-verde-pequeno

Com somente um indivíduo e em apenas um mês na lavoura, o percevejo-verde-pequeno pode comprometer até um hectare inteiro de soja.

O que torna essa praga tão nociva é a combinação de fatores extremamente desfavoráveis ao produtor. O percevejo-verde-pequeno apresenta um comportamento alimentar agressivo: além de atacar diretamente a semente, provoca diversos outros sintomas na planta.

"O ataque de uma grande quantidade de percevejos pode deixar a planta verde por mais tempo, isso vai atrasar a época de colheita e prejudicar o rendimento da lavoura. Ele tem um ataque direto, sugando e depreciando a sementes, com um sintoma parecido com a soja louca", explica Pedro Yamamoto, professor da Esalq/USP.

Como identificar o percevejo-verde-pequeno

Diante de tantos riscos, a melhor estratégia é identificar corretamente o percevejo-verde-pequeno antes de iniciar o manejo das pragas.

Na fase adulta, o inseto mede cerca de 1 cm de comprimento, apresenta coloração verde-amarelada e possui uma listra transversal marrom-avermelhada no dorso do tórax. Seus ovos, de cor preta, são dispostos em fileiras duplas e pareadas, variando de 10 a 20 por postura.

Geralmente, os ovos do percevejo-verde-pequeno são encontrados nas vagens, mas também podem estar na face inferior das folhas, no caule ou nos ramos da planta.

As melhores estratégias de controle do percevejo-verde-pequeno

O percevejo-verde-pequeno costuma ser mais frequente no estágio de floração da soja, mas o ideal é monitorar a lavoura desde o início do ciclo para identificar precocemente sua presença.

"É necessário fazer um bom monitoramento da praga porque é preciso controlá-la em um nível baixo. Quando fazemos isso no início da infestação, obviamente o controle vai ser mais efetivo. Sei que para algumas pessoas é economicamente pouco viável, mas o levantamento populacional permite o controle no momento correto" acrescenta o professor.

Ao identificar que os percevejos-verde-pequeno atingiram o nível de controle, a recomendação é apostar na combinação de Curbix® e Connect® , uma estratégia eficaz no manejo de pragas.

"No estágio vegetativo, os percevejos estão vulneráveis porque a soja está mais aberta. Sugerimos a aplicação de Connect® na dose de mil ml por hectare. Comparado a outros produtos concorrentes, ele consegue controlar muito bem o percevejo-verde-pequeno, além de outras pragas como o metaleiro e a mosca-branca", conta Luciana Freitas, gerente de desenvolvimento de mercado para inseticidas na Bayer.

Segundo ela, é crucial escolher produtos que não provoquem desequilíbrio dos inimigos naturais, aliados importantes no manejo de percevejos-verde-pequeno.

Quando a lavoura entra em seu período mais crítico, entre a formação do canivete e o preenchimento dos grãos, o aumento populacional do percevejo-verde-pequeno pode ser altamente prejudicial. Nesse momento, entra em cena o Curbix®, um inseticida de contato e ingestão à base de etiprole, molécula inédita para soja e milho.

"Curbix® é um produto que tem excelente efeito de choque e consegue baixar rapidamente a população de adultos. Ele também controla ninfas e tem um excelente efeito tarsal, que acaba contaminando os percevejos. Além de tudo, é pouco lavável à chuva comparado com outros produtos disponíveis no mercado. Enquanto produtos da concorrência têm efeito de 5 a 7 dias, Curbix® tem efeito prolongado de 10 a 14 dias", destaca Luciana.

Com essa combinação, a lavoura de soja fica protegida e livre de pragas que, apesar de pequenas, podem causar grandes prejuízos e comprometer a rentabilidade.