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Como proteger a soja contra os danos do mofo-branco

Saiba mais sobre as características desse fungo e as melhores estratégias de manejo para evitar prejuízos na sua lavoura18 de outubro de 2023 /// 6 minutos de leitura

O mofo-branco é agressivo e tem uma ampla gama de plantas hospedeiras, atingindo ao menos 400 espécies diferentes. Além disso, ele prolifera-se rapidamente dentro da lavoura, pois cada planta afetada pode produzir dezenas de escleródios (estruturas de sobrevivência do fungo), que podem permanecer viáveis por até 10 anos no solo. Isso facilita a disseminação pelo vento, água, sementes contaminadas e trânsito de máquinas entre as áreas.
De acordo com a Embrapa, o mofo-branco é encontrado em quase 30% das lavouras de soja no Brasil e pode causar perdas de produtividade de até 70%.

A doença é caracterizada por sintomas como lesões em talos encharcados d'água e com margens claras, murchamento, clareamento da cor das plantas e fragmentação de talos.

"O mofo-branco tem um meio de se introduzir dentro da semente ou junto da semente, por meio dessas estruturas. Uma vez introduzida, a doença tem uma característica de perpetuação durante vários anos", explica Senio Prestes, engenheiro agrônomo.


Características do mofo-branco

As vagens infectadas comprometem o enchimento dos grãos, que se tornam menores, enrugados e com uma coloração anormal.

A fase mais vulnerável da soja vai do estágio da floração plena até o início da formação das vagens, já que o patógeno ataca as estruturas reprodutivas. E atenção: o mofo-branco é favorecido em ambientes úmidos, temperaturas amenas (abaixo de 20 graus) e alta umidade.

É por isso que o monitoramento à procura de apotécios no solo deve ser feito com atenção redobrada quando as condições estiverem favoráveis ao fungo e antes da planta chegar em seu período crítico de infecção. Em áreas com histórico de ocorrência, é grande a probabilidade que o mofo-branco ocorra novamente. Dessa forma, sua erradicação se torna ainda mais difícil, por isso, medidas de prevenção à sua entrada são fundamentais.


Como proteger sua lavoura

Para não sofrer com esses impactos, algumas estratégias culturais são importantes para prevenir a contaminação pelo mofo-branco na soja. São elas:

  • Sistema de plantio direto sobre palha;
  • Rotação ou sucessão de culturas não hospedeiras;
  • Escolha de cultivares pouco ramificadas e com folhas pequenas para favorecer uma boa aeração entre as plantas;
  • População de plantas e espaçamento entrelinhas adequadas às cultivares;
  • Utilização de sementes de boa qualidade sanitária e fisiológica;
  • Limpeza bem-feita dos maquinários.

Além de todas essas estratégias, o controle químico com fungicidas continua sendo uma das principais medidas.

Para esse manejo, a Bayer oferece uma nova solução para controle de mofo-branco: o fungicida Attila. 
A primeira aplicação de Attila deve ser feita de forma preventiva, quando as primeiras flores aparecem na porção inferior das plantas.

A partir desse ponto, uma segunda aplicação e, em alguns casos, até uma terceira serão necessárias, a depender das condições ambientais e da presença de flores e apotécios nas áreas. Attila traz ainda toda a potência e eficácia do fluopiram, um novo ativo para elevar o controle dessa doença.

"Attila tem uma característica muito importante para o controle do mofo-branco, que é a sua sistemicidade. Ou seja, quando aplicado sobre a planta de soja, vai proteger as flores que são a porta de entrada do fungo na planta. É também um produto que não vai ser lavado, não sai com a chuva. Essa é outra característica importantíssima desse fungicida", ressalta Lucas Cardoso Santos, gerente de fungicidas da Bayer.

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