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Como está a compra de insumos na safra 2023/2024?

Confira dicas para se proteger dos riscos do mercado. E mais: previsão de novo recorde na moagem de cana-de-açúcar, entre outros destaques do agro06 de outubro de 2023 /// 6 minutos de leitura

O Brasil importou quase 4 milhões de toneladas de adubos e fertilizantes químicos em setembro, o que resultou em um investimento de 1,23 bilhão de dólares.

O volume foi 22% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, mas o valor foi 39% menor. Isso porque os preços desses insumos agrícolas caíram pela metade no intervalo de um ano.

Por outro lado, no acumulado de janeiro a setembro, o volume importado de adubos alcançou 28,6 milhões de toneladas, quantidade 5% menor do que em 2022.

Esse cenário mostra que as compras para a safra 2023/2024 foram feitas com atraso e parte das decisões acabaram sendo tomadas pela necessidade de realizar o plantio e não em momentos favoráveis aos negócios.

O professor Marcos Fava Neves comenta sobre a compra de insumos para a safra 2023/2024: "Foram dois anos muito complexos para a compra de fertilizantes. No começo do ano passado, o produtor antecipou as compras, pagando um preço extremamente elevado. Nesta safra, aconteceu o contrário: ele até passou do momento de compra, gerando um estresse na cadeia de abastecimento. Com isso, agora estamos vendo dificuldades de entrega."


Previsão de recorde na moagem de cana

A moagem de cana-de-açúcar deve atingir um novo recorde na temporada 2024/2025 na região Centro-Sul do Brasil, de acordo com dados da consultoria Stonex. A produção foi estimada em 629,3 milhões de toneladas, o que representa um aumento anual de quase 1%, renovando o recorde já projetado para o ciclo atual, que foi revisado para mais de 623,6 milhões de toneladas.

O crescimento foi estimado apesar da esperada queda na produtividade dos canaviais - foram alcançados níveis históricos no acumulado da temporada 2023/2024, chegando a uma média de 92,8 toneladas por hectare. A área colhida deve ser 6% maior, passando para 7,7 milhões de hectares.

Além disso, a consultoria projeta que a concentração de açúcares na cana cresça em torno de 0,5%, totalizando 138,5 quilos por tonelada. Isso deve ocorrer por conta da projeção de um clima atípico na região em 2024, com menores precipitações e temperaturas mais baixas.


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Giro de notícias

O plantio de soja chegou a 5,3% da área total do Brasil, patamar mais alto da série histórica para o período. O estado do Paraná segue liderando as atividades, seguido por Mato Grosso.

A exportação de milho no Mato Grosso deve alcançar 31,2 milhões de toneladas. O crescimento é de 0,7% em relação ao divulgado no mês passado. Com isso, a demanda deve obter um aumento mensal de 0,3%.

O USDA revisou para cima a safra de trigo 2023/2024 dos Estados Unidos. Apesar da revisão, o órgão norte-americano estima que 49,3 milhões de toneladas foram colhidas - o menor valor em três anos.


Carbon Science Talks: agricultura e o mercado de carbono

Você sabia que o mercado de carbono pode render 120 bilhões de dólares até 2030? E 15% desse potencial de captura de carbono por meios naturais está no Brasil. Considerando a relevância deste tema, a Bayer realizou a segunda edição do Carbon Science Talks. O evento trouxe conhecimento para avançar na construção de uma agricultura de ecossistema tropical mais sustentável. Diversos pesquisadores, empresas e agências reguladoras compartilharam resultados de ações que estão sendo desenvolvidas para possibilitar que a agricultura faça parte do mercado de carbono.

Daniel Potma Gonçalves, professor da Universidade Estadual de Ponta Grossa, participou do evento e contou que a agricultura é uma das únicas atividades que retém carbono no solo, o que permite reduzir as emissões. "A agricultura pode ser uma das partes mais importantes para a solução desse problema. A tendência desse mercado, que cresce cada vez mais no mundo, é englobar diferentes setores porque existem várias metas de redução, mas atividades capazes de sequestrar carbono, como a agricultura, são poucas."

Renata Ferreira, líder de certificações de Carbon Venture, ressalta que os créditos de carbono são apenas uma das oportunidades dentro desse mercado. "É possível trabalhar com soluções para a descarbonização. Hoje, empresas que se comprometem a ser Net Zero precisam, antes de mais nada, reduzir suas emissões e depois compensar as remanescentes".


Agenda da semana

Por fim, o Doutor Agro traz os pontos para os produtores ficarem de olho na próxima semana:

  • Números da colheita nos Estados Unidos;
  • Andamento do plantio no Brasil;
  • Preços do petróleo;
  • Câmbio;
  • Logística de fertilizantes.
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