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Milho sem mancha-branca: como controlar essa doença!

A mancha-branca pode causar perdas de até 60% na produção de milho. Saiba o que fazer para não deixar essa doença chegar perto da sua plantação14 de fevereiro de 2024 /// 9 minutos de leitura

A mancha-branca é uma doença agressiva. Os danos causados começam com lesões circulares aquosas e verde-claras que se desenvolvem em manchas necróticas de cor palha, com diâmetro que pode variar de 0,3 a 1 cm.

Geralmente, as lesões são dispersas no limbo foliar e os sintomas aparecem primeiramente nas folhas inferiores do milho e progridem rapidamente para as superiores.

Vale lembrar que a mancha-branca também pode causar seca precoce das folhas, o que reduz a produtividade.

Folhas com 10% a 20% de severidade da doença apresentam uma diminuição em torno de 40% na taxa fotossintética líquida em cultivares suscetíveis.

Os fatores que favorecem a ocorrência dessa doença na lavoura de milho são:

  • Temperaturas entre 15 e 20 graus
  • Umidade relativa do ar maior que 60%
  • Plantios tardios que promovem o florescimento da cultura em época do ano com condições ideais para a doença.
  • Plantas tigueras e restos culturais
  • Ventos e gotículas de chuva que podem espalhar a mancha-branca pela lavoura
  • Plantio de híbridos suscetíveis em áreas com histórico da doença

As melhores estratégias de controle

Diante disso, as melhores estratégias para combater a mancha-branca são:

  • O controle genético com uso de cultivares resistentes
  • O controle cultural, fazendo a rotação de culturas com plantas tolerantes ao patógeno para que ele não sobreviva em restos culturais durante a entressafra.
  • A antecipação da semeadura, para não coincidir com a fase suscetível da lavoura com clima ideal para doença.



Além isso, é indicado o controle químico, com aplicação de fungicidas de forma preventiva ou curativa, dependendo do estágio de desenvolvimento da mancha-branca no milharal.

Por isso o monitoramento é tão importante, afinal, a aplicação de fungicidas é muito mais efetiva quando o fungo ainda não se espalhou.

"Quando você já tem a doença estabelecida, evoluindo nas plantas, a aplicação tardia pode ser inefetiva. Então esse é um ponto de atenção: conhecer a suscetibilidade do híbrido, se o ambiente é favorável para o desenvolvimento da doença e fazer o monitoramento das doenças nas lavouras", alerta Aildson Pereira Duarte, pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas.


Evolução é rápida e agressiva

A mancha-branca possui alta capacidade de evolução no campo, por isso, o monitoramento constante da lavoura precisa ser feito, a fim de identificar logo os primeiros sintomas da doença.

Um estudo realizado pela Embrapa mostra a evolução dos sintomas em uma folha de milho durante 10 dias. Em média, sob condições favoráveis à doença, os sintomas levam 1 dia para passar de uma fase à outra. Já o número de lesões pode até triplicar nesse mesmo período.


Manejo preventivo: a melhor estratégia contra a mancha-branca

Por isso, o manejo preventivo pode ser a estratégia mais eficaz para proteger a lavoura. Nesse caso, é fundamental utilizar o fungicida que tem em sua composição mais de um grupo químico.

Essa característica melhora a performance do produto e ajuda a evitar a resistência de doenças a fungicidas.

No cenário desafiador da produção de milho em duas safras durante o mesmo ano, os fungicidas Nativo® e Fox® Xpro são as soluções adequadas para o manejo da mancha-branca. Além disso, possuem proteção para a ferrugem comum, ferrugem polissora, mancha foliar e cercosporiose. Fox® Xpro também atua contra a mancha-de-bipolaris.

"Com esses dois produtos, você consegue ter uma proteção mais equilibrada. Nativo® é um produto de melhor custo-benefício, para ser utilizado contra doenças um pouco mais fáceis de serem controladas. Já Fox® Xpro é o melhor produto do mercado atualmente, e serve para o controle das principais doenças que acometem o milho", conta Clever Matyak, responsável pela proteção de cultivos na Bayer.

Nativo® é um fungicida mesostêmico e sistêmico, dos grupos químicos estrobilurina e triazol. Ele deve ser utilizado de maneira preventiva em relação ao aparecimento das doenças, garantindo maior potencial de controle dos fungos.

Fox® Xpro também é um fungicida mesostêmico e sistêmico, mas com três modos de ação dos grupos químicos carboxamida, triasolidiona e estrobilurina, eficazes para prevenção da doença ou a partir da identificação dos primeiros sintomas.


"Os produtos mais antigos oferecem um bom controle, mas eles não são suficientes para algumas doenças. Temos visto produtos premium, como é o caso do Fox® Xpro, proporcionando um controle muito superior às principais doenças que estão acometendo a cultura do milho", conclui o especialista da Bayer.

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