Milho sem mancha-branca: como controlar essa doença!
A mancha-branca pode causar perdas de até 60% na produção de milho. Saiba o que fazer para não deixar essa doença chegar perto da sua plantaçãoA mancha-branca é uma doença agressiva. Os danos causados começam com lesões circulares aquosas e verde-claras que se desenvolvem em manchas necróticas de cor palha, com diâmetro que pode variar de 0,3 a 1 cm.
Geralmente, as lesões são dispersas no limbo foliar e os sintomas aparecem primeiramente nas folhas inferiores do milho e progridem rapidamente para as superiores.
Vale lembrar que a mancha-branca também pode causar seca precoce das folhas, o que reduz a produtividade.
Folhas com 10% a 20% de severidade da doença apresentam uma diminuição em torno de 40% na taxa fotossintética líquida em cultivares suscetíveis.
Os fatores que favorecem a ocorrência dessa doença na lavoura de milho são:
- Temperaturas entre 15 e 20 graus
- Umidade relativa do ar maior que 60%
- Plantios tardios que promovem o florescimento da cultura em época do ano com condições ideais para a doença.
- Plantas tigueras e restos culturais
- Ventos e gotículas de chuva que podem espalhar a mancha-branca pela lavoura
- Plantio de híbridos suscetíveis em áreas com histórico da doença
As melhores estratégias de controle
Diante disso, as melhores estratégias para combater a mancha-branca são:
- O controle genético com uso de cultivares resistentes
- O controle cultural, fazendo a rotação de culturas com plantas tolerantes ao patógeno para que ele não sobreviva em restos culturais durante a entressafra.
- A antecipação da semeadura, para não coincidir com a fase suscetível da lavoura com clima ideal para doença.
Além isso, é indicado o controle químico, com aplicação de fungicidas de forma preventiva ou curativa, dependendo do estágio de desenvolvimento da mancha-branca no milharal.
Por isso o monitoramento é tão importante, afinal, a aplicação de fungicidas é muito mais efetiva quando o fungo ainda não se espalhou.
"Quando você já tem a doença estabelecida, evoluindo nas plantas, a aplicação tardia pode ser inefetiva. Então esse é um ponto de atenção: conhecer a suscetibilidade do híbrido, se o ambiente é favorável para o desenvolvimento da doença e fazer o monitoramento das doenças nas lavouras", alerta Aildson Pereira Duarte, pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas.
Evolução é rápida e agressiva
A mancha-branca possui alta capacidade de evolução no campo, por isso, o monitoramento constante da lavoura precisa ser feito, a fim de identificar logo os primeiros sintomas da doença.
Um estudo realizado pela Embrapa mostra a evolução dos sintomas em uma folha de milho durante 10 dias. Em média, sob condições favoráveis à doença, os sintomas levam 1 dia para passar de uma fase à outra. Já o número de lesões pode até triplicar nesse mesmo período.
Manejo preventivo: a melhor estratégia contra a mancha-branca
Por isso, o manejo preventivo pode ser a estratégia mais eficaz para proteger a lavoura. Nesse caso, é fundamental utilizar o fungicida que tem em sua composição mais de um grupo químico.
Essa característica melhora a performance do produto e ajuda a evitar a resistência de doenças a fungicidas.
No cenário desafiador da produção de milho em duas safras durante o mesmo ano, os fungicidas Nativo® e Fox® Xpro são as soluções adequadas para o manejo da mancha-branca. Além disso, possuem proteção para a ferrugem comum, ferrugem polissora, mancha foliar e cercosporiose. Fox® Xpro também atua contra a mancha-de-bipolaris.
"Com esses dois produtos, você consegue ter uma proteção mais equilibrada. Nativo® é um produto de melhor custo-benefício, para ser utilizado contra doenças um pouco mais fáceis de serem controladas. Já Fox® Xpro é o melhor produto do mercado atualmente, e serve para o controle das principais doenças que acometem o milho", conta Clever Matyak, responsável pela proteção de cultivos na Bayer.
Nativo® é um fungicida mesostêmico e sistêmico, dos grupos químicos estrobilurina e triazol. Ele deve ser utilizado de maneira preventiva em relação ao aparecimento das doenças, garantindo maior potencial de controle dos fungos.
Fox® Xpro também é um fungicida mesostêmico e sistêmico, mas com três modos de ação dos grupos químicos carboxamida, triasolidiona e estrobilurina, eficazes para prevenção da doença ou a partir da identificação dos primeiros sintomas.
"Os produtos mais antigos oferecem um bom controle, mas eles não são suficientes para algumas doenças. Temos visto produtos premium, como é o caso do Fox® Xpro, proporcionando um controle muito superior às principais doenças que estão acometendo a cultura do milho", conclui o especialista da Bayer.