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Cana-soca: os principais cuidados para as daninhas não invadirem a plantação!

Confira quais são as técnicas que ajudam a proteger o canavial dessas invasoras, evitando prejuízos econômicos
21 de março de 2023 /// 5 minutos de leitura

A matocompetição com plantas daninhas pode derrubar a produtividade dos canaviais em até 85%, de acordo com a Universidade Federal de Lavras (UFLA). Por isso, é importante ter alguns cuidados especiais com a cana-soca para não deixar essas invasoras prejudicarem sua plantação.

A soqueira da cana, cultivada a partir da rebrota da cana-planta, merece mais atenção para manter uma boa produção e rentabilidade. Nesse sentido, uma das maiores ameaças são as plantas daninhas, que representam um grande desafio aos produtores quando estabelecidas na plantação, afetando a qualidade dos canaviais

Existem diversas espécies de plantas daninhas que podem infestar as lavouras de cana-de-açúcar, como a grama-seda, a corda-de-viola, a mucuna-preta, o capim-colchão e o capim-braquiária.

O leque é grande e envolve plantas de folhas estreitas ou largas. Portanto, os produtores devem ficar atentos para impedir essa proliferação e evitar prejuízos econômicos.

Tecnologia ajuda a monitorar plantas daninhas no canavial

Para auxiliar nesse monitoramento, o produtor de cana pode adquirir o Mapeamento de Plantas Daninhas em Cana-de-Açúcar da Safra 4.0, com resgate de pontos do programa Impulso Bayer.

O serviço realiza imagens aéreas com drones para detectar, por meio de inteligência artificial, as principais daninhas que estão no canavial e que causam prejuízos por competirem com a cultura por água, luz, nutrientes e espaço.

Técnicas para proteger a cana das plantas daninhas

Existem algumas técnicas que ajudam a proteger o canavial dessas ameaças. Uma delas é o manejo preventivo, feito pelo uso de mudas sadias e a limpeza tanto de equipamentos agrícolas como de áreas adjacentes que possam produzir sementes.

Outra técnica são as medidas culturais, por meio de cultivares de crescimento mais rápido ou pela diminuição do espaçamento entre as mudas para permitir um sombreamento precoce das entrelinhas.

A terceira técnica é o controle mecânico, com realização de capinas.

Por fim, o controle químico, feito pelo uso de herbicidas, é o método predominante por ser mais eficiente. "É um manejo muito técnico, você tem que observar as condições climáticas porque os herbicidas, para sua eficácia no controle de plantas daninhas, dependem muito das condições de umidade do solo. Como é o principal manejo, é necessário conhecer muito bem essa dinâmica da molécula em condições variáveis de umidade do solo, seja no início ou no final da safra", explica Ricardo Victória, professor titular da USP/Esalq.

Além disso, é importante saber o histórico das espécies de plantas daninhas na área para o correto manejo dos herbicidas. É necessária, ainda, a identificação do estádio de desenvolvimento das daninhas no momento da aplicação do produto.

Herbicidas pré-emergentes ajudam a diminuir a matocompetição

O uso de herbicidas em pré-emergência é uma excelente alternativa para os produtores de cana-de-açúcar. O efeito de proteção prolongado de produtos pré-emergentes no solo auxilia na eliminação da matocompetição inicial e reduz em quase 100% as espécies que geram danos para a cana.

O uso desses produtos também traz flexibilidade no manejo, já que as espécies que se desenvolvem após o uso surgem em menores quantidades e mais fracas, permitindo que a aplicação de produtos pós-emergentes, se necessária, seja feita mais tarde no ciclo da cana.

Nesse sentido, o produtor que já utilizou o herbicida Provence® Total para fazer o manejo de controle em soca-seca pode continuar contando com o portfólio Bayer também na época úmida.

O Alion® é mais uma opção e possui um amplo espectro para plantas daninhas de folhas largas e folhas estreitas. Ele é seletivo para a cultura e possui período de controle prolongado, portanto, é indicado para cana-planta e soca úmida.

"O Alion® tem um excelente poder residual que se deve à característica físico-química da sua molécula. Outro diferencial são as baixas doses de aplicação, são necessários apenas 50 ml do produto", destaca Thiago Liccioti, engenheiro agrônomo de desenvolvimento de mercado Bayer.

Armando Filho, produtor rural de Batatais, no interior de São Paulo, utiliza o Alion® em sua lavoura de cana e conta o que tem achado do produto: "É uma molécula revolucionária que funciona muito bem na cana-planta, quando você faz o plantio na época úmida. É um herbicida de ótimo controle pré-emergência."

Ele ainda faz um alerta sobre a importância de ter um canavial mais limpo: "Você planta cana, não planta mato, nem erva daninha. Então, tem que deixar a lavoura limpa, e o Alion® é a ferramenta para isso", conclui o produtor.

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