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O que vem pela frente no mercado da soja?

Preços de fertilizantes devem ser quase 90% maiores na próxima safra. Nos Estados Unidos, o clima é motivo de preocupação e agita o mercado do grão. Saiba como deve ficar a margem da soja para o ciclo 2022/23 e mais notícias do agro21 de julho de 2022 /// 2 minutos de leitura

Um relatório divulgado pelo Rabobank indica que os preços dos fertilizantes para a soja, na safra 2022/23, devem ficar por volta de R$ 2.450 por hectare, quase 86% maior do que na safra passada. Quando comparado à média dos últimos 5 ciclos, os preços são quase 172% superiores.

Esse cenário tem preocupado agricultores, principalmente por conta das incertezas sobre como ficarão as margens e a rentabilidade com a soja.

"Nas nossas análises, imaginamos que a margem vai ser reduzida em relação ao ano anterior, mas, ainda assim, pode haver uma boa margem na safra de soja do ano que vem", explica o analista sênior do Rabobank Brasil, Bruno Fonseca, sobre as previsões para o próximo ciclo.

Ele também dá dicas para os produtores melhorarem a gestão e os resultados com o cultivo do grão. De acordo com o analista, é indicado que os produtores sempre tenham em mãos os últimos valores pagos para os insumos que estão adquirindo e façam uma relação para avaliar se está dentro de um custo de produção que garanta uma boa rentabilidade.

Se por um lado os preços dos insumos permanecem altos, por outro, as cotações da soja têm sofrido altas relevantes nos últimos dias, especialmente por conta do clima seco e quente afetando as lavouras nos Estados Unidos. Apesar de ainda ser cedo para avaliar os impactos no campo, o relatório divulgado nesta semana pelo USDA indica que as condições boas e excelentes das lavouras já foram reduzidas em 1 ponto percentual cada em relação à semana passada, enquanto as condições ruins e médias foram ampliadas em 1 ponto cada, indicando a piora no desenvolvimento dos campos.

O professor Marcos Fava Neves comenta que as condições vegetativas das lavouras nos Estados Unidos têm preocupado, mas ainda é possível recuperá-las, já que estão no início. "Temos que considerar também que essa safra foi plantada um pouco mais tarde em algumas regiões e vai correr algum tipo de risco maior na colheita desses grãos. É preciso ficar de olho nesse aspecto da safra americana", observa o Doutor Agro.

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Giro de notícias no agro

A citricultura gerou quase 28 mil novas vagas de emprego nos nove primeiros meses da safra 2021/22, um crescimento de mais de 20% em relação ao mesmo período do ciclo passado, de acordo com a Citrus BR.

No setor de máquinas agrícolas, a venda cresceu 26% em 2021, atingindo 58 mil unidades. Já o faturamento do setor superou os 38 bilhões de reais, segundo o Itaú BBA e a Fenabrave.

No trigo, o plantio de inverno avançou para 55,4% da área do Brasil até 18 de junho. Há um ano, o progresso era de quase 67%, informa a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Por fim, para a próxima semana, o Doutor Agro recomenda que os produtores fiquem de olho no clima da segunda safra no Brasil; no clima nos Estados Unidos; nas colheitas na Ucrânia e na Rússia, já que a Ucrânia está com níveis muito altos de estoques, além do cenário político e econômico brasileiro.

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